Tarifa Social: saiba se você pode ter desconto na conta de luz

O Último Plano #4: A Realidade do Real
Primeiro passo para ter acesso ao benefício é se inscrever no Cadastro Único, principal porta de entrada para programas do governo federal. Conta de luz
Reprodução/TV Globo
A Tarifa Social de Energia Elétrica foi criada pelo governo federal em 2002. Por meio do programa, famílias de baixa renda conseguem descontos na conta de luz.
Os benefícios podem chegar a 100% de desconto, a depender do consumo mensal, e valem apenas para consumidores residenciais — ou seja, para moradia.
Veja abaixo perguntas e respostas sobre o programa.
Quem tem direito?
Quais as regras de consumo?
Como solicitar?
Quais os documentos necessários?
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Quem tem direito?
O primeiro passo para ter acesso ao benefício é se inscrever no Cadastro Único (CadÚnico), principal porta de entrada para programas do governo federal.
Em geral, o programa é destinado às famílias com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa.
Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.412. Para saber a renda mensal por pessoa, basta somar todos os rendimentos da casa e dividir pelo número de integrantes da família.
Mas, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), há outras exceções. Também têm acesso ao benefício:
famílias com renda mensal de até três salários mínimos (R$ 4.236) que tenham pessoa com deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual ou múltipla), cujo tratamento necessite de aparelhos que consumam energia elétrica;
idosos acima de 65 anos;
pessoas com deficiência que recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
e famílias indígenas e quilombolas inscritas no Cadastro Único.
Quais as regras de consumo?
De acordo com o MME, os descontos contemplam famílias com consumo de até 220 kilowatts/hora (kWh) por mês.
Para as famílias de baixa renda, as faixas de desconto são as seguintes:
consumo mensal de até 30 kWh/mês – desconto de 65%
consumo mensal de 31 kWh a 100 kWh/mês – desconto de 40%
consumo mensal de 101 kWh a 220 kWh/mês – desconto de 10%
Para famílias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico, as condições são diferentes:
consumo mensal de até 50 kWh/mês – desconto de 100%
consumo mensal de 51 kWh a 100 kWh/mês – desconto de 40%
consumo mensal de 101 kWh a 220 kWh/mês – desconto de 10%
Quase oito milhões de famílias têm direito à tarifa social pra conta de luz mas não recebem benefício
Como solicitar?
A Tarifa Social é concedida automaticamente para as famílias que estão inscritas no CadÚnico, segundo o MME.
Caso a família atenda aos requisitos e ainda não esteja no cadastro, basta ir a um dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) pelo Brasil, realizar o cadastro e fazer o requerimento do benefício.
Veja como se inscrever no Cadastro Único para ter acesso a benefícios sociais.
Quais os documentos necessários?
Para família inscrita no CadÚnico com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo nacional:
CPF e RG ou documento de identificação com foto;
Número de Identificação Social (NIS);
Conta de luz/código da unidade consumidora.
Para famílias indígenas e quilombolas:
Caso não tenha RG ou CPF, pode ser apresentado o RANI (Registro Administrativo de Nascimento Indígena).
Enquanto isso, as famílias com renda mensal de até três salários mínimos que tenham pessoa com deficiência (cujo tratamento necessite de aparelhos que consumam energia elétrica) precisam comprovar também as condições apresentadas.
Por fim, para idosos com 65 anos ou mais e para beneficiários do BPC, é preciso apresentar documento com foto e, no caso do BPC, o número do benefício.

Com VW Amarok e T-Cross renovados, revendas passam a dar descontos; preço da picape cai até R$ 60 mil

O Último Plano #4: A Realidade do Real
Com poucas unidades nas concessionárias, picape e SUV são ofertados muito abaixo da tabela para renovar os estoques das lojas. VW Amarok 2024 tem mais de R$ 60 mil de desconto para zerar os estoques das concessionárias. Mas precisa procurar bastante
Divulgação | Volkswagen
Prestes a ter uma nova geração lançada no Brasil, a Volkswagen Amarok 2025 está com descontos de até R$ 60 mil, conforme apurado pelo g1.
A produção da terceira geração da Amarok começou em 4 de julho, em General Pacheco, na Argentina. A modelo chegará ao mercado brasileiro até o fim do ano. Com isso, as unidades da segunda geração que restaram nas revendas estão com ótimas promoções.
O mesmo acontece com o SUV T-Cross, que acabou de lançar o modelo 2025 com design renovado. Acontece que o T-Cross é um dos sucessos de venda da marca, e a procura mais alta faz com que os descontos sejam mais modestos.
Nesta semana, o g1 consultou concessionários de cinco estados em busca de descontos nos modelos antigos. E também ouviu especialistas para saber quando a compra de um modelo defasado pode ser um bom negócio.
Veja abaixo.
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Amarok com descontos
A Amarok já foi uma das picapes médias mais desejadas do segmento. Hoje, amarga uma 10ª posição entre as mais vendidas do segmento, com 2.397 unidades comercializadas no primeiro semestre deste ano. A Toyota Hilux, primeira colocada, vendeu 22.289 unidades.
A Amarok é vendida atualmente em três versões:
Comfortline, que parte de R$ 301.390;
Highline, que custa R$ 319.290;
Extreme, que sai por R$ 340.690.
São preços de tabela, disponíveis no site da marca. Mas quase não existem mais unidades da versão de partida Comfortline e da intermediária Highline nas concessionárias.
O g1 encontrou apenas a Extreme, que é a mais completa. E a maioria delas já com pacote de opcionais de protetor de caçamba e capota marítima (R$ 1.600); rodas e retrovisores escurecidos (R$ 2.540) e pintura metálica (1.750). O valor cheio, portanto, totaliza R$ 346.580.
Nova VW Amarok 2025 começou a ser produzida na Argentina em 4/7 e chega ao Brasil até o final do ano
Divulgação | Volkswagen
Em lojas em São Paulo (SP) e em Curitiba (PR), os descontos chegaram a R$ 60.680, quase o valor de um carro popular. A configuração Extreme com os opcionais foi ofertada por R$ 285.900.
A maioria das Amarok disponíveis em estoque eram do ano/modelo 2023, mas todas zero quilômetro.
Segundo os concessionários, os descontos maiores só são possíveis com entrada de 50% do valor total e o saldo pode ser quitado em até 36 vezes sem juros. As parcelas ficariam abaixo de R$ 4 mil.
Em Belo Horizonte (MG), a diminuição de preço não foi tão generosa. O melhor desconto para a Amarok foi de R$ 15 mil para a versão Highline e R$ 12 mil para a Extreme.
O vendedor ressaltou, no entanto, que não há nenhuma unidade em estoque, e que seria preciso fazer um pedido para a fábrica. Também não foi oferecida taxa zero para a picape.
Em Florianópolis (SC), não encontramos Amarok à venda.
Para frotistas, foi encontrada uma boa oferta no Fortaleza (CE). Segundo o vendedor, a compra de quatro picapes ou mais gera um desconto de 24%.
A versão Highline é vendida de R$ 317,9 mil por R$ 241 mil, uma economia de R$ 76,9 mil. O montante daria para comprar um Renault Kwid Intense (R$ 76.530), com sobras.
T-Cross 2024 por R$ 23 mil a menos
O T-Cross é o SUV mais vendido do Brasil. No primeiro semestre de 2024, foram emplacadas 31.519 unidades, segundo dados da Fenabrave. A nova versão 2025, reestilizada pela primeira vez desde o lançamento do modelo, chegou ao mercado em maio.
São duas principais versões:
Comfortline, que sai por R$ 160.990;
Highline, vendido por R$ 175.990.
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O melhor desconto foi encontrado em Florianópolis (SC). O T-Cross Highline 2024, cor prata, passa de R$ 177.740 para R$ 154.605, um desconto de R$ 23.135.
Para chegar a este valor, o consumidor tem que dar 60% de entrada e quitar o restante em até 36 meses. Nessas condições, a parcela fica ligeiramente acima de R$ 1,7 mil.
Em Fortaleza (CE), o T-Cross Highline 2024 era vendido por R$ 191.305 ao incorporar alguns opcionais como pintura bicolor (R$ 1.750); pacote com itens escurecidos (R$ 2.600); teto solar (R$ 7.360) e as tecnologias de assistência de direção (R$ 3.490).
Completão, a concessionária deu R$ 14.605 de desconto pela unidade que saiu de linha, ofertado por R$ 176.700.
Já a configuração Comfortline pode ser encontrada por R$ 149.900, diferença de R$ 12.840, considerando que o preço inicial cobrado pela mesmo concessionário é de R$ 162.740.
Carro que sai de linha vale a pena?
Segundo a planejadora financeira Paula Bazzo, escolher um veículo que está saindo de linha pode ser uma boa opção para quem pretende ficar com o modelo por bastante tempo. E é nesse momento que o cliente pode negociar para ter ainda mais vantagens.
“Aproveite o momento para pedir adicionais, já que as montadoras estão propensas a queimar o estoque o quanto antes, e podem estar dispostas a fornecer complementos que normalmente não dariam, como película antivandalismo, IPVA pago e por aí vai”, afirma a especialista.
Um carro que sai de linha costuma desvalorizar acima do usual. E se o carro não fizer mais parte do portfólio da marca, seria importante verificar se o modelo terá peças de reposição para futuras manutenções.
Entretanto, no caso desses carros da Volkswagen, a desvalorização tende a não ser tão alta. “Se mecanicamente o veículo permanece o mesmo, a disponibilidade de peças de reposição e a confiabilidade do veículo não devem ser problema. Vale a pena avaliar a questão de reposição de peças e garantia, e até escutar opinião de pessoas que têm o veículo”, aconselha a planejadora financeira.

Evite multas! Farol desregulado pode gerar infração grave; veja como rodar dentro da lei

O Último Plano #4: A Realidade do Real
Não é somente nas estradas que as luzes precisam estar adequadas para trafegar sem tomar multas. Confira como deixar as luzes do seu carro em dia e fuja de infrações. Rodar com luzes queimadas, desreguladas ou simplesmente desligadas pode gerar multas, e até a remoção do veículo. Existem diversas resoluções e artigos do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) indicando a forma correta de utilização das luzes de um veículo para evitar infrações.
Luzes de freio, faróis, lâmpadas auxiliares e até a luz de rodagem diurna (DRL, do inglês Daytime Running Light) parecem ser apenas elemento de design, mas a verdade é que elas precisam estar nos conformes para deixarem o veículo visível aos outros atores na via.
A Resolução do Contran 993/2023, em seu Anexo I, estabelece e regulamenta todos os equipamentos obrigatórios que um veículo deve ter para trafegar com segurança. Dentre eles, o sistema de iluminação completo que cada veículo precisa ter, independentemente do porte e peculiaridades técnicas.
Levando isso em conta, e que muitas vezes não é claro quando se se deve utilizar um ou outro equipamento de iluminação, separamos uma série de dicas para você ajustar as luzes do seu carro ou moto e escapar de infrações.
Vamos a elas:
Faróis desregulados ofuscam a visão de outros motoristas
Vinicius Montoia | g1
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Faróis desregulados
Muitas pessoas já se depararam com uma situação como na foto acima, onde um facho fortíssimo de luz, refletido no retrovisor interno, ofusca a visão do motorista. Ou pior, quando um carro no sentido contrário dispara uma luz fora do padrão.
Situações como essas podem causar acidentes graves. Por isso, a legislação é bastante detalhada sobre a iluminação dos automóveis.
Segundo Artigo 223 do Código de Trânsito Brasileiro, "transitar com farol desregulado ou com facho de luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor" gera infração.
INFRAÇÃO: grave, cinco pontos;
MULTA: R$ 195,23.
Farol alto
Essa ferramenta é uma das mais polêmicas e que gera muitas dúvidas. O farol alto é voltado para utilização de vias sem iluminação, para que o motorista possa visualizar o trajeto e objetos presentes a uma distância maior.
De acordo com a Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN), do Ministério dos Transportes, "o farol alto deve ser desligado automaticamente quando um veículo se aproxima ou é detectado a frente, de modo a não causar distração, desconforto ou brilho para outros usuários da via".
Em resumo:
▶️ Quando usar: Em vias públicas sem iluminação, mas sem prejudicar a visão dos demais usuários da via.
▶️ Quando não usar: Em vias públicas iluminadas. Caso o motorista insista na utilização desse equipamento, estará sujeito às penalidades previstas no CTB.
Penalidade:
INFRAÇÃO: leve, três pontos;
MULTA: R$ 88,38.
No caso de veículos que possuam a tecnologia do farol alto automático, de acordo com o Policial Federal Antoniel Lima, o item pode ficar sempre acionado, desde que o equipamento esteja funcionando corretamente: diminuindo o facho quando se tem um veículo à frente ou vindo em mão oposta.
Se o farol alto automático não estiver regulado, o motorista também estará sujeito a multa.
Farol baixo e auxiliares
Os faróis baixos normalmente são ativados depois de ligar a luz da lanterna, no estágio do meio em um carro convencional.
Assim, na chave onde se acionam as luzes do veículo, ele fica na posição intermediária entre a luz da lanterna (de posição) e a do farol alto. Confira na imagem abaixo a definição de cada símbolo e não erre mais:
Luz de posição, baixa e alta. Todas elas possuem um momento específico de utilização
g1
▶️ Quando ligar a luz baixa: No Artigo 250, Inciso I do CTB, estipula-se que um veículo será autuado caso rode à noite ou de dia sob chuva, neblina ou cerração ou em túneis sem ligar a luz baixa. Assim, é preciso ligar o farol baixo em todas essas situações.
❗️LEMBRE-SE: motos, motonetas e transporte coletivo de passageiros (ônibus e vans) também devem manter os faróis acesos nos cenários citados.
Além disso, também poderá ser multado o motorista que rodar com as luzes baixas do carro apagadas em rodovias simples (uma pista), exceto para aqueles que possuem DRL. O mesmo vale para ônibus e caminhões.
"Se o veículo estiver rodando com farol de luz baixa apagado, a infração já foi cometida. Infelizmente, a norma não nos permite apenas fazer uma orientação para esse condutor, é preciso lavrar a multa”, orienta o agente rodoviário federal Antoniel Lima.
"O agente pede para o motorista ligar o sistema e só depois que os faróis estiverem acesos é que o condutor poderá prosseguir com a viagem."
INFRAÇÃO: média, quatro pontos;
MULTA: R$ 130,16.
Luz de rodagem diurna (DRL)
Segundo o Anexo I da Resolução 993 do Contran, somente o veículo que tiver farol de rodagem diurna (DRL) de luz branca é que estará habilitado para rodar apenas com ela em rodovias, sem a necessidade de ligar o farol baixo.
Como o próprio nome diz, a luz de rodagem diurna é para ser utilizada durante o dia. Desta forma, o motorista que trafegar apenas com ela durante a noite, sem ligar o farol baixo, também poderá ser multado.
Sistema DRL traz iluminação automática de fábrica
Reprodução/TV Gazeta
Setas
As luzes de seta são fundamentais para indicar a direção de um veículo, seja mudando de faixa ou migrando para outra via. Entretanto, ao rodar com as lâmpadas de indicação de direção queimadas, o infrator estará sujeito a duas multas, mas que não se acumulam:
1️⃣ Por defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou com lâmpadas queimadas (artigo 230 do CTB, Inciso XXII)
INFRAÇÃO: média, quatro pontos;
MULTA: R$ 130,16.
2️⃣ Por deixar de indicar com antecedência a mudança de direção ou de faixa de circulação (Artigo 196).
INFRAÇÃO: grave, cinco pontos;
MULTA: R$ 195,23.
Segundo Lima, o policial de trânsito só consegue constatar que o equipamento de seta está defeituoso quando aborda o veículo. Portanto, por mais que seja apenas uma lâmpada queimada, a maioria das infrações são registradas por não dar seta.
Vale a pena checar antes de sair com o carro para escapar de prejuízos.
Como saber se a lâmpada de seta está queimada?
Nos veículos mais modernos e, consequentemente, mais caros, o próprio computador de bordo já indica se há alguma lâmpada queimada.
No caso da luz de seta, em carros mais simples, é possível verificar pela intermitência do pisca. Quando a velocidade da lâmpada fica "frenética", é indicativo que uma das duas daquele respectivo lado está queimada. Na primeira oportunidade — e em local seguro —, pare o carro e verifique.
Luzes de lanterna e freios
A mesma lógica da seta queimada se aplica às luzes de freios e lanternas traseiras.
INFRAÇÃO: média, quatro pontos;
MULTA: R$ 130,16.
Como saber se um carro passou por enchente?
Como é feita a fiscalização das luzes?
Segundo o policial Rodoviário Federal Antoniel Lima, a fiscalização é realizada por meio dos comandos, embora também exista a abordagem de policiais, em viaturas, que escoltam o motorista até que ele encoste o carro.
“A gente tem um padrão que é parar o veículo. Realizamos a abordagem para que o veículo possa encostar. Após essa etapa, solicitamos a habilitação do condutor, o documento do veículo e aí começamos as checagens dos equipamentos obrigatórios. Entre eles, todo o sistema de iluminação: faróis, lanternas, dispositivos auxiliares, iluminação das placas, setas”, explica o oficial.
A partir daí é que o agente utiliza dos seus critérios para determinar se o carro está em conformidade com o que o CTB estabelece. "Nós não temos um gabarito para averiguar a intensidade de luzes, mas conseguimos determinar a direção dos fachos de luz", afirma.
Em contrapartida, a Senatran diz que "a desregulagem do farol é feita somente em situações que há alguma avaria no conjunto óptico que evidencie problemas na fixação das lâmpadas, indicando um possível problema de regulagem".
"Dito isso, em ações de fiscalização, os agentes de trânsito não dispõem de um regloscópio, dispositivo capaz de alinhar, ajustar e regular os faróis. Por tal razão, esclarecemos que apenas a desregulagem do facho de luz emitido pelo farol é uma condição difícil de ser verificada pelo agente de trânsito durante a fiscalização", prossegue
▶️ Regloscópio é um equipamento que se destina a realizar o processo de alinhamento, ajustes e regulagem de faróis automotivos.
Em casos nos quais basta ligar ou desligar o farol para seguir viagem, a retenção do veículo é apenas momentânea.
O agente de trânsito pode, no entanto, reter o documento do veículo (CRLV), seja ele físico ou digital, em situações nas quais há alguma lâmpada queimada. Nesses casos, o proprietário do veículo tem até 30 dias para consertar o equipamento e recuperar o CRLV.
E isso está garantido no Código de Trânsito Brasileiro no Artigo 270, Incisos 1 e 2: “quando a irregularidade puder ser sanada no local da infração, o veículo será liberado tão logo seja sanada a situação. Quando não for possível sanar a falha no local da infração, o veículo, desde que ofereça condições de segurança para circulação, deverá ser liberado e entregue a condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual, contra apresentação de recibo, assinalando-se ao condutor prazo razoável, não superior a 30 (trinta) dias, para regularizar a situação, e será considerado notificado para essa finalidade na mesma ocasião”.
De acordo com Lima, em casos nos quais a instalação de equipamentos extras não são permitidos por lei, como faróis auxiliares de motocicletas que piscam de forma intermitente e não são facilmente removíveis, o oficial de trânsito pode remover o veículo para um pátio até que o equipamento seja desinstalado.
Segundo o Ministério dos Transportes, "os dispositivos utilizados para produzir flashes regulares de luz, mencionados como 'luzes piscantes', são vedados exceto para os veículos de emergência e para os veículos prestadores de utilidade pública".
Assim, luzes estroboscópicas são proibidas e podem resultar no recolhimento do veículo. “A remoção é o último caso, em situações em que não seja possível regularizar o veículo e quando fica evidente que ele causa risco para os demais usuários”, diz Lima.

IPVA à vista ou parcelado: veja como se organizar para a sua realidade financeira

O Último Plano #4: A Realidade do Real
O g1 procurou especialistas para entender qual o melhor caminho a tomar: juntar o dinheiro desde já, ou usar um bom recurso de parcelamento para diluir o custo ao longo do tempo. IPVA pode ser quitado à vista ou parcelado
Pedro Guerreiro / Ag. Pará
O Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) costuma bagunçar o bolso do motorista em todo início de ano. Os especialistas em finanças sempre reforçam que pagar à vista pode trazer uma série de benefícios, como descontos.
Mas a dificuldade de fazer uma grana sobrar em meio ao pagamento de outros impostos (caso do IPTU) e gastos extraordinários (material escolar, reajustes de mensalidades, entre outros) tem aumentado a procura pelo pagamento parcelado.
Um levantamento realizado pela Zapay, fintech especializada em pagamentos, mostra que 50,2% dos clientes de sua base, com mais de 600 mil pessoas, quitaram o IPVA de forma parcelada no período de janeiro a junho deste ano. Trata-se de um aumento de 147% em relação ao ano anterior. (saiba mais abaixo)
A pouco menos de seis meses do fim do ano, o g1 procurou especialistas para entender qual o melhor caminho a tomar: procurar juntar o dinheiro desde já, ou usar um bom recurso de parcelamento para diluir o custo ao longo do tempo.
Veja a seguir.
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Quando terei que pagar o IPVA?
O IPVA é uma tributação anual e obrigatória. Normalmente, ele começa a ser cobrado já em janeiro.
O imposto é calculado através de uma alíquota que é definida por cada estado. Em São Paulo, por exemplo, o valor é definido por meio do cálculo de 4% do valor venal estabelecido pela tabela Fipe.
▶️ EXEMPLO: Se o carro vale R$ 100 mil, o imposto será de R$ 4 mil.
💵 No Tocantins e em Santa Catarina, onde a alíquota é de 2%, o IPVA para o mesmo carro seria a metade do que é cobrado em São Paulo.
Atualmente, o carro mais em conta do Brasil é o Fiat Mobi na versão Like, que custa R$ 72.990. Assim, o imposto para possuir este, que é o carro zero quilômetro mais barato do Brasil, seria de R$ 2.929,60 em São Paulo — ou R$ 1.464,80 em Tocantins ou Santa Catarina.
Quando devo pagar o IPVA à vista?
O principal benefício do pagamento à vista é o desconto no valor cheio do imposto. Em São Paulo, o desconto para quem paga o IPVA de uma única vez é de 15%.
Voltando ao exemplo do carro de R$ 100 mil, o IPVA de R$ 4 mil cairia para R$ 3,4 mil. Mas quando aproveitar o desconto de R$ 600?
O que especialistas em finanças costumam reforçar é que a pessoa não pode ficar descapitalizada para aproveitar o desconto. Ou seja, só é vantajoso aproveitar o valor menor se as reservas financeiras não ficarem comprometidas em troca do benefício.
Em outras palavras: não é recomendável que a pessoa arrisque ficar sem dinheiro para emergências em troca do desconto.
Outro ponto de atenção é o custo de oportunidade. O que compensa mais: ter o dinheiro agora para outro uso (ou para uma remuneração de um investimento) ou usar essa quantia disponível para pagar o IPVA à vista?
“Se a pessoa decidiu pagar à vista, significa que ela tem o recurso total. Mas se o contribuinte não for organizado financeiramente, se não tiver disciplina para cuidar das contas ou não tem tempo para fazer esse microgerenciamento, é melhor pagar à vista", alerta a planejadora financeira Paula Bazzo.
"Assim também elimina a chance de esquecer o pagamento e acabar pagando juros, o que pode trazer um efeito rebote”, explica.
Uma boa opção para quem pretende pagar o IPVA à vista em 2025 é começar já. Em vez de jogar a conta parcelada para a frente, o ideal nesse caso é reservar um pouquinho a cada mês, até o fim do ano, para tentar fazer o pagamento de uma só vez, com valor menor.
Como saber se um carro passou por enchente?
Quando devo parcelar o IPVA?
Tanto para a situação em que o contribuinte não tem todo o montante para quitar o IPVA, quanto para os momentos em que gastar a quantia de uma única vez não vale a pena, há o parcelamento.
Paula Bazzo lembra que é importante fazer um bom manejo do dinheiro justamente nessa época de pagamento do imposto, pois há um acúmulo de contas que chegam ao mesmo tempo.
“Nessa época do ano tem compra de material escolar, IPTU, matrículas escolares, gastos com compras de fim de ano e outras obrigações financeiras. É um momento em que as famílias têm um desembolso muito elevado sem uma contrapartida. Fracionar o IPVA pode ser mais saudável financeiramente, para manter o fluxo de caixa”, orienta.
O segundo aspecto, afirma a especialista, é se só existirem descontos com porcentagem menor do que uma taxa de crescimento de um determinado investimento.
"Hoje, a taxa Selic está em 10,5% ao ano. Para tirar o dinheiro de uma aplicação para pagar o IPVA com desconto, é preciso que esse desconto seja de 10,5% ou mais. Se a alíquota do desconto for menor, é aconselhado deixar o dinheiro investido e pagar parcelado”, aconselha a especialista.
Paula Bazzo reforça, porém, que qualquer aplicação feita com esse propósito precisa ser do tipo mais conservador possível, que evite qualquer risco de perda. É o caso do Tesouro Direto ou títulos de renda fixa que pagam 100% do CDI.
Com todo o cuidado no uso, um item que pode facilitar a vida de quem opta pelas parcelas é a utilização do cartão de crédito.
O levantamento da Zapay mostra que 55,6% dos clientes utilizaram essa modalidade na hora de quitar o débito com o Detran. E 33% deles escolheram dividir as parcelas em 12 meses.
“O parcelamento no cartão de crédito proporciona maior flexibilidade e uma chance de alívio no bolso dos brasileiros, permitindo que mantenham seus veículos em dia sem comprometer fortemente o orçamento mensal”, diz Adalberto Da Pieve, CMO da Zapay.
A consideração a ser feita é ter atenção ao comprometimento da renda mensal com as parcelas do cartão de crédito, que é a modalidade com juros mais altos no mercado e fruto da maior parte do endividamento dos brasileiros.
A recomendação é avaliar bem se as parcelas alongadas por tempo demais não comprometem o limite ou a capacidade de conciliar o pagamento do IPVA com as outras contas no cartão.
Planejamento
Independentemente da modalidade de pagamento do IPVA, o melhor a se fazer é se planejar. Para não ter surpresas, consulte sempre o valor do seu veículo na tabela Fipe e cheque a alíquota do seu estado na tabela abaixo:

▶️ LEMBRE-SE: IPVA e licenciamento são impostos diferentes.
O IPVA deve ser pago por todos aqueles que possuem um veículo automotor, seja moto, carro, caminhão ou ônibus.
O licenciamento só pode ser pago após a quitação do IPVA, e é cobrado pelo direito de ir e vir com esse bem. É como se fosse uma “autorização” que o estado te dá para rodar com a sua propriedade pelas ruas e rodovias.
Em 2023, a arrecadação do IPVA resultou em mais de R$ 81 bilhões para os cofres públicos, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
De acordo com a Secretaria da Fazenda de São Paulo, o total arrecadado é destinado para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb, que fica com 20%); 40% vai para o Governo Estadual e outros 40% ficam com o município onde o veículo está registrado.
Essa regra vale para qualquer estado brasileiro.

O Último Plano #4: A Realidade do Real

No quarto e último episódio do podcast sobre a criação do Plano Real, a moeda finalmente ganha as ruas, mudando a vida da população. E uma viagem pra Argentina vira quase uma viagem no tempo. Você pode os quatro episódios de O Último Plano no g1, no Spotify, no Castbox, no Youtube Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer, na Amazon Music ou na sua plataforma de áudio preferida.
No episódio final, o real ganha as ruas com suas notas impressas na África e o exército organizando o troca-troca do dinheiro. Agora, com uma moeda de um real você conseguia comprar leite, quatro pães e manteiga e ainda sobrava troco – era uma nova realidade.
E o real ainda por cima valia mais que o dólar – só que isso teve consequências para o país, tanto boas quanto ruins. Mas, se o Brasil conseguiu derrotar a hiperinflação há 30 anos, por que países como a Argentina ainda sofrem com a alta desenfreada de preços? Damos um pulo na nossa vizinha para tentar entender o que acontece lá hoje – uma viagem comum que pareceu uma viagem no tempo.
Episódio 1: O reino do caos
Episodio 2: A mágica fica pro final
Episódio 3: O sacerdote do real
O Último Plano foi criado e produzido por Renata Ribeiro, Lucas Paulino e Renato Ghelfi. O roteiro é assinado por Valentina Castello Branco e Mariana Pinheiro; edição: Thiago Kaczuroski; coordenação e supervisão: Cláudia Croitor; pesquisa no acervo: Jeferson Ferreira e Fábio Luci; trilha sonora: Marion Lemonnier
O trauma público e as reviravoltas políticas
Uma história real, de gente real, com um enredo repleto de reviravoltas e acontecimentos improváveis. Assim é O Último Plano, novo podcast do g1 lançado em 1º de julho, dia em que o Plano Real completa 30 anos.
A série mergulha nos bastidores da criação da nossa moeda atual e mostra, em detalhes, as movimentações que antecederam o fim de uma era caótica em que a hiperinflação chegou a 2.000% ao ano, gerando graves consequências à vida dos brasileiros. Idealizado e apresentado pela jornalista Renata Ribeiro, o podcast traça uma linha do tempo com os principais marcos políticos e históricos que influenciaram o declínio econômico brasileiro e o plano que pôs fim a ele.
Também ilumina a perspectiva de quem vivenciou esse turbilhão de acontecimentos entre cidadãos comuns, jornalistas e economistas que lideraram a criação do Real. “Esse não é um podcast de economia. A explicação econômica sobre como tudo isso aconteceu é muito interessante. Mas as histórias de quem fez isso acontecer são muito mais”, diz Renata.
Batizado de ‘O Reino do Caos’, o episódio de estreia mostra as tentativas frustradas de conter o caos financeiro. “A inflação vem de antes de eu nascer e cresceu bem mais rápido do que eu nos anos1980. Nessa época, eu ficava atrás da porta ouvindo meus pais cogitarem a venda do carro, da casa ou me tirar da escola. A economia descontrolada era parte de uma realidade indiscutível e o Brasil tinha um problema sem solução. Talvez tenha sido para entender tudo isso que eu fui ser repórter de economia”, revela Renata.
Com preços subindo três vezes ao dia, uma sucessão de planos econômicos fracassados, gente dormindo na fila do supermercado, racionamento de comida e salários-mínimos que não chegavam à metade do mês, a obra deixa claro ao ouvinte como era impossível viver em paz.