Vendas de champanhe têm queda de 15% no 1º semestre, e produtores vão limitar a colheita de 2024

Apagão cibernético prejudica bolsas de valores e mercados de commodities e câmbio pelo mundo
Para associação de produtores, a situação geopolítica e econômica sombria, e uma inflação generalizada estão impactando o consumo familiar da bebida mais tradicional da França. Uvas são retratadas no vinhedo Brun de Neuville durante a tradicional colheita de Champagne em Bethon, França, em 2020.
REUTERS/Charles Platiau/File Photo
Os produtores de champanhe da França solicitaram nesta sexta-feira (19) uma redução na colheita de uvas deste ano, devido a uma queda de mais de 15% nas vendas do vinho durante o primeiro semestre. A redução de demanda acontece em meio a um cenário econômico mais incerto, que levou os consumidores a apertarem os gastos.
De acordo com dados divulgados nesta sexta, as remessas de champanhe no primeiro semestre de 2024 totalizaram 106,7 milhões de garrafas, o que representa uma queda de 15,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando os números estavam mais próximos dos níveis vistos em 2019.
David Chatillon, presidente da Union des Maisons de Champagne, declarou que "a situação geopolítica e econômica global sombria, além da inflação generalizada, estão impactando o consumo familiar".
"O champanhe também está lidando com os efeitos do excesso de estoque que os varejistas acumularam em 2021 e 2022", conforme comunicado emitido pela associação que representa os produtores da região.
Garrafas de champagne são vistas na adega da Bollinger durante a tradicional colheita de champagne em Ay, França, em 2016.
REUTERS/Benoit Tessier/File Photo
O comitê mencionou que a colheita deste ano em Champagne foi afetada por condições climáticas adversas desde o início do ano, incluindo geadas e chuvas que aumentaram os problemas com míldio nos vinhedos — uma das pragas mais importantes que afetam as plantas.
Como resposta, foi estabelecido um limite máximo de 10 mil kg de uvas por hectare para a colheita deste ano, abaixo dos 11.400 kg/ha registrados em 2023.
Ao contrário de outras vinícolas, a produção de champanhe geralmente envolve uma mistura de várias safras, utilizando estoques de anos anteriores. Essas reservas são acumuladas em anos de boas colheitas e podem compensar períodos de baixa produção.
Apanhador de uvas colhe frutas de um vinhedo durante a tradicional colheita de Champagne em Bethon, França, em 2020.
REUTERS/Charles Platiau/File Photo
Esta não é a primeira vez que a região enfrenta perdas significativas devido a condições climáticas desfavoráveis. Em 2021, a produção caiu 25% em comparação com a média dos últimos cinco anos, atingindo o nível mais baixo em 35 anos.
A colheita deste ano está programada para começar entre 10 e 12 de setembro. Diferentemente do ano passado, o comitê não divulgou previsões para as vendas e exportações para o ano completo.
Por que o espumante se tornou a bebida da festa de ano novo

CrowdStrike e Microsoft: entenda a interrupção cibernética que deu ‘tela azul’ em vários países

Apagão cibernético prejudica bolsas de valores e mercados de commodities e câmbio pelo mundo
Segundo especialistas, falha de atualização em uma ferramenta da empresa CrowdStrike, que serve para detectar possíveis invasões hackers, ocasionou o apagão global desta manhã. Um dos clientes afetados foi a dona do Windows. Tela azul da morte
REUTERS/Bing Guan
O mundo ainda enfrenta uma interrupção cibernética global na manhã desta sexta-feira (19) causada por uma falha em um dos sistemas de segurança da empresa norte-americana CrowdStrike. A companhia informou que sua ferramenta, chamada Falcon, que serve para detectar possíveis invasões hackers, teve um problema na atualização (update) de software.
Especialistas suspeitam que esse erro no update foi responsável pelo apagão que ocorreu em todo o mundo (entenda mais abaixo).
Um dos clientes impactados pela falha foi a Microsoft, que teve todos os seus serviços interrompidos. Usuários em todo o mundo relataram nas redes sociais que, ao ligar o computador, o sistema Windows travou, exibindo "tela azul"(como na imagem acima).
Isso se deu porque a Microsoft tem um software de computação em nuvem (ou "cloud", em inglês) chamado Azure, que usa a ferramenta Falcon.
☁️ Computação em nuvem é um serviço de armazenamento usado por empresas de vários setores para hospedar grandes informações, como dados de clientes, por exemplo. Além da Microsoft com a Azure, outras gigantes da tecnologia, como Google e Amazon, oferecem soluções em cloud a outras companhias.
ACOMPANHE AO VIVO: Apagão cibernético afeta voos, bancos e serviços ao redor do mundo
A dona do Windows afirmou por volta das 8h10 (horário de Brasília) que a falha já havia sido resolvida, mas que problemas residuais ainda poderiam ocorrer. Os aplicativos Teams, PowerBI e Fabric, por exemplo, apresentavam instabilidade até a última atualização desta reportagem.
O site Downdetector, que acusa interrupções em canais digitais, apontou que reclamações foram registradas em aplicativos da Microsoft a partir da noite de quinta-feira (18).
Reclamações de acesso a aplicativos da Microsoft
Reprodução/Downdetector
Ao longo desta manhã, a Microsoft informou que os seguintes serviços afetados já voltaram a operar:
Microsoft Defender;
Microsoft Defender para Endpoint;
Microsoft Intune;
Microsoft OneNote;
OneDrive;
SharePoint Online;
Windows 365;
Viva Engage
"Os clientes que continuarem ter problemas devem entrar em contato com a CrowdStrike para obter assistência adicional", idisse a Microsoft, em nota.
Segundo a agência de notícias Reuters, qualquer cliente que ligar para a companhia ouvirá a seguinte mensagem: "obrigado por entrar em contato com o suporte da Crowdstrike. Estamos cientes dos relatos de falhas".
O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, declarou no X que o problema na atualização já foi identificado, isolado e uma correção foi instalada.
Apagão cibernético atrasa voos e prejudica serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo
Para o presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, Hiago Kin, essa situação destaca a importância de processos rigorosos de testes e validação em atualizações de software, especialmente em produtos de segurança cibernética com amplo uso global.
"Faltou Implementar testes exaustivos em ambientes de pré-produção que simulem cenários reais antes de liberar atualizações, garantindo que novas atualizações não causem regressões, testando todas as funcionalidades existentes."
Apagão no mundo
O Escritório Federal Suíço de Segurança Cibernética (BACS) disse que uma atualização ou configuração incorreta da empresa de segurança cibernética levou a interrupções tecnológicas internacionais nesta manhã. O site The Verge também culpabilizou a CrowdStrike pelo apagão global.
As companhias aéreas American Airlines, United e Delta — as principais dos Estados Unidos – por exemplo, paralisaram todos os voos e estão sem previsão de decolagem. No Brasil, usuários reclamam que apps de bancos estão fora do ar.
A CrowdStrike, no entanto, não confirmou se o apagão global desta manhã está relacionado com a falha no sistema da empresa de segurança. De todo modo, o CEO da companhia pediu desculpas pela falha técnica na atualização da Falcon. A declaração foi feita em entrevista ao canal de televisão norte-americano NBC.
Entenda o que provocou apagão cibernético que afetou o mundo

CrowdStrike e Microsoft: entenda a interrupção cibernética que afetou o mundo nesta sexta

Apagão cibernético prejudica bolsas de valores e mercados de commodities e câmbio pelo mundo
CEO da CrowdStrike, Kurtz, confirma que a interrupção não foi um “incidente de segurança ou ataque cibernético”. Ele acrescentou que os clientes foram afetados pelo defeito em uma atualização no sistema da empresa. Tela azul da morte
REUTERS/Bing Guan
O mundo ainda enfrenta uma interrupção cibernética global na manhã desta sexta-feira (19) causada por uma falha em um dos sistemas de segurança da empresa norte-americana CrowdStrike. A companhia informou que sua ferramenta, chamada Falcon, que serve para detectar possíveis invasões hackers, teve um problema na atualização (update) de software.
Especialistas suspeitam que esse erro no update foi responsável pelo apagão que ocorreu em todo o mundo (entenda mais abaixo).
Um dos clientes impactados pela falha foi a Microsoft, que teve todos os seus serviços interrompidos. Usuários em todo o mundo relataram nas redes sociais que, ao ligar o computador, o sistema Windows travou, exibindo "tela azul da morte"(como na imagem acima).
Isso se deu porque a Microsoft tem um software de computação em nuvem (ou "cloud", em inglês) chamado Azure, que usa a ferramenta Falcon.
☁️ Computação em nuvem é um serviço de armazenamento usado por empresas de vários setores para hospedar grandes informações, como dados de clientes, por exemplo. Além da Microsoft com a Azure, outras gigantes da tecnologia, como Google e Amazon, oferecem soluções em cloud a outras companhias.
ACOMPANHE AO VIVO: Apagão cibernético afeta voos, bancos e serviços ao redor do mundo
A dona do Windows afirmou por volta das 8h10 (horário de Brasília) que a falha já havia sido resolvida, mas que problemas residuais ainda poderiam ocorrer. Os aplicativos Teams, PowerBI e Fabric, por exemplo, apresentavam instabilidade até a última atualização desta reportagem.
O site Downdetector, que acusa interrupções em canais digitais, apontou que reclamações foram registradas em aplicativos da Microsoft a partir da noite de quinta-feira (18).
Reclamações de acesso a aplicativos da Microsoft
Reprodução/Downdetector
Ao longo desta manhã, a Microsoft informou que os seguintes serviços afetados já voltaram a operar:
Microsoft Defender;
Microsoft Defender para Endpoint;
Microsoft Intune;
Microsoft OneNote;
OneDrive;
SharePoint Online;
Windows 365;
Viva Engage
"Os clientes que continuarem ter problemas devem entrar em contato com a CrowdStrike para obter assistência adicional", idisse a Microsoft, em nota.
Segundo a agência de notícias Reuters, qualquer cliente que ligar para a companhia ouvirá a seguinte mensagem: "obrigado por entrar em contato com o suporte da Crowdstrike. Estamos cientes dos relatos de falhas".
O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, declarou no X que o problema na atualização já foi identificado, isolado e uma correção foi instalada.
Apagão cibernético atrasa voos e prejudica serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo
Para o presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, Hiago Kin, essa situação destaca a importância de processos rigorosos de testes e validação em atualizações de software, especialmente em produtos de segurança cibernética com amplo uso global.
"Faltou Implementar testes exaustivos em ambientes de pré-produção que simulem cenários reais antes de liberar atualizações, garantindo que novas atualizações não causem regressões, testando todas as funcionalidades existentes."
Apagão no mundo
O Escritório Federal Suíço de Segurança Cibernética (BACS) disse que uma atualização ou configuração incorreta da empresa de segurança cibernética levou a interrupções tecnológicas internacionais nesta manhã. O site The Verge também culpabilizou a CrowdStrike pelo apagão global.
As companhias aéreas American Airlines, United e Delta — as principais dos Estados Unidos – por exemplo, paralisaram todos os voos e estão sem previsão de decolagem. No Brasil, usuários reclamam que apps de bancos estão fora do ar.
A CrowdStrike, no entanto, não confirmou se o apagão global desta manhã está relacionado com a falha no sistema da empresa de segurança.
Entenda o que provocou apagão cibernético que afetou o mundo

Bancos têm instabilidade após apagão cibernético e clientes reclamam nas redes

Apagão cibernético prejudica bolsas de valores e mercados de commodities e câmbio pelo mundo
Segundo o site Downdetector, Bradesco, Neon, Next e Banco Pan já haviam registrado reclamações. Em nota, Bradesco afirmou que apagão causou indisponibilidade de seus sistemas e que as equipes trabalham para regularização o mais breve possível. Aplicativo do Bradesco fora do ar em 19 de julho de 2024, dia de apagão global
Diogo Mustaro/g1
Alguns bancos e fintechs brasileiros apresentavam problemas em seus aplicativos nesta sexta-feira (19), após um apagão cibernético que afetou vários lugares ao redor do mundo.
O site Downdetector, que acusa problemas em canais digitais, apontava reclamações em pelo menos quatro instituições financeiras: Banco Pan, Bradesco, Neon e Next.
Vários clientes também reclamavam nas redes, alertando que os aplicativos estavam fora do ar e relatando problemas para fazer login e pagamentos. Procurado, o Bradesco afirmou que os sistemas dos seus canais digitais ficaram indisponíveis nesta manhã por conta do apagão cibernético global.
"Equipes estão atuando para regularização o mais breve possível. Os terminais de autoatendimento do banco funcionam normalmente", informou o banco em nota.
As demais instituições financeiras não haviam respondido até a última atualização desta reportagem.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), alguns sistemas de instituições financeiras chegaram a ser "temporariamente afetados em diferentes escalas" pela falha, mas não houve "nada que comprometesse a prestação de serviços de forma relevante".
"A maioria das instituições financeiras brasileiras já normalizou seus serviços e as demais estão em avançado estado de normalização e trabalhando para garantir o funcionamento de seus serviços rapidamente", informou a federação em nota.
O Banco Central do Brasil (BC) reportou que os seus sistemas estavam funcionando normalmente.
Bancos de vários países relataram problemas em suas operações ou interrupções significativas na madrugada desta sexta-feira (19). Na Austrália, por exemplo, o Commonwealth Bank, maior banco do país, afirmou que alguns clientes não conseguiram transferir dinheiro devido à interrupção de serviços.
O mesmo aconteceu com a Capitec, da África do Sul, que informou que pagamentos com cartão, caixas eletrônicos e serviços de aplicativos sofreram interrupções significativas e precisaram ser restaurados.
Além disso, várias grandes mesas de negociação de petróleo e gás em Londres e Cingapura estavam lutando para executar negociações após o apagão cibernético.
Apagão cibernético afeta operação de empresas aéreas, bancos e serviços de saúde pelo mundo

Veja algumas reclamações de clientes nas redes sociais:
Initial plugin text
Initial plugin text
Initial plugin text
Initial plugin text
Initial plugin text
Initial plugin text

Apagão cibernético prejudica bolsas de valores e mercados de commodities e câmbio pelo mundo

Apagão cibernético prejudica bolsas de valores e mercados de commodities e câmbio pelo mundo
Negociações ainda estavam em processo de normalização em vários lugares do mundo. Homem na Bolsa de Valores de Xangai, distrito financeiro de Pudong, na China, em 28 de fevereiro de 2020
Aly Song/Reuters
Os comerciantes de petróleo, gás, energia, ações, moedas e títulos de alguns lugares do mundo sentiram dificuldades para operar nesta sexta-feira (19), após um apagão cibernético afetar uma série de operações.
A LSEG Group, que administra a bolsa de valores de Londres, por exemplo, informou que suas plataformas de notícias e de dados sofreram uma interrupção que afetou usuários em todo o mundo, devido a um "problema técnico global de terceiros".
Já a Bolsa Europeia de Energia, por sua vez, afirmou que os clientes que usam a plataforma de comércio de energia e gás Trayport estavam tendo problemas para negociar "devido a problemas de infraestrutura com prestadores de serviços terceirizados".
Pelo menos seis fontes comerciais de grandes petrolíferas disseram que as operações foram afetadas. Shell, BP e Vitol não responderam ao pedido de comentários feito pela Reuters.
"Estamos tendo a mãe de todas as interrupções no mercado global", afirmou um operador do mercado financeiro à agência de notícias Reuters.
Bancos ao redor do planeta também sofreram interrupções. Na Austrália, por exemplo, o Commonwealth Bank, maior banco do país, afirmou que alguns clientes não conseguiram transferir dinheiro devido à interrupção de serviços.
O mesmo aconteceu com a Capitec, da África do Sul, que informou que pagamentos com cartão, caixas eletrônicos e serviços de aplicativos sofreram interrupções significativas e precisaram ser restaurados. Na Alemanha, as operações chegaram a ser interrompidas, mas já foram normalizadas.
Bancos têm instabilidade após apagão cibernético e clientes reclamam nas redes
Efeitos nos mercados
O apagão cibernético também já começa a afetar os negócios. Os futuros dos índices de ações dos Estados Unidos, por exemplo, operavam em queda nesta sexta-feira, à medida que investidores abandonavam ações de tecnologia enquanto avaliavam o impacto da interrupção tecnológica mundial que atingiu empresas de todos os setores.
As ações da Microsoft, por exemplo, chegaram a cair mais de 2,7% nas negociações pré-mercado, após a interrupção na nuvem. Nvidia e Apple, por sua vez, recuavam 0,9% e 0,3%, respectivamente.
Em nota, a Microsoft afirmou que a causa subjacente da falha cibernética global foi resolvida, mas alertou que o impacto residual dos problemas de segurança cibernética continua afetando alguns aplicativos e serviços do Office 365.
Já os papéis da CrowdStrike Holdings recuaram 19% depois que o governo australiano disse que algumas interrupções no país pareciam estar ligadas a um problema na empresa.
A interrupção tecnológica acontece depois de duas sessões cansativas para Wall Street, com investidores avaliando os lucros do segundo trimestre.
As bolsas da Europa, por sua vez, operavam em queda nesta sexta-feira e devem registrar perdas semanas, pressionadas pelos preços mais baixos das commodities e pela queda das ações globais de tenologia.
Na Ásia, as bolsas chinesas encerraram a semana em alta, marcando a sétima sessão de ganhos nesta sexta-feira. Hong Kong, por sua vez, teve a maior perda semanal em quase dois meses.
Apagão cibernético afeta operação de empresas aéreas, bancos e serviços de saúde pelo mundo