Dólar volta a subir e fecha a R$ 5,45 após a ata do Copom e dados econômicos dos EUA; Ibovespa cai

Tendência no CMN é de manutenção da meta de inflação em 3%; e de publicação da meta contínua
A moeda norte-americana teve alta de 1,16%, cotada em R$ 5,4534. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou em queda de 0,25%, aos 122.331 pontos. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar fechou em alta nesta terça-feira (25), voltando ao patamar dos R$ 5,45. Investidores repercutiram os sinais da condução da taxa básica de juros brasileira, a Selic, presentes na ata da última reunião do Copom divulgada hoje.
A ata da reunião mostra que o grupo avaliou que "eventuais ajustes futuros" na taxa de juros, com possíveis aumentos na Selic, "serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta".
Para analistas, o texto confirma que os juros brasileiros ficarão mais altos por mais tempo, em meio ao cenário de dificuldade de trazer a inflação de volta para a casa dos 3%, além de BC não fechar a porta para aumentos. (entenda mais abaixo)
Além disso, o mercado espera novos dados de inflação aqui e no exterior para entender o futuro dos juros na economia global. A declaração de uma diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também reiterou que os juros americanos devem permanecer altos por mais tempo.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar avançou 1,16%, cotado a R$ 5,4534. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,4564. Veja mais cotações.
Com o resultado de hoje, acumulou ganhos de:
0,23% na semana;
3,89% no mês; e
12,38% no ano.
No dia anterior, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 5,3909.

Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,25%, aos 122.331 pontos.
Na véspera, o índice fechou com alta, aos 122.636 pontos.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
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O que está mexendo com os mercados?
O destaque na agenda nacional nesta terça-feira (25) ficou com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Após sete reduções seguidas na taxa Selic o colegiado decidiu fazer uma pausa no ciclo de cortes e manter os juros em 10,50% ao ano.
A decisão veio em linha com as atuais expectativas do mercado, mas ainda representa uma previsão maior de juros para 2024 em relação ao observado no começo do ano, além de indicativos de que os riscos que o BC leva em conta para mexer na Selic estão mais preocupantes.
O comitê informou, no documento, que o controle das estimativas de inflação, que estão em alta, requer uma "atuação firme" da autoridade monetária, e acrescentou que se manterá "vigilante".
Além disso, avaliou que "eventuais ajustes futuros" na taxa de juros, com possíveis aumentos na Selic, "serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta".
A instituição disse que seu papel na fixação da taxa de juros é técnico, e que busca conter a inflação e colocá-la dentro da meta de 3% para 2024, podendo variar entre 1,5% e 4,5%.
Até maio deste ano, a inflação acumulada em 12 meses era de 3,93%, enquanto o acumulado em 2024, até aqui, era de 2,27%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas as expectativas do mercado vêm piorando, o que acende um alerta dentro do BC.
"O cenário das contas públicas ainda é um grande problema, e estamos entrando em período eleitoral e de possível aumento de gastos. Essa é uma preocupação do Copom e do mercado financeiro", diz Helena Veronese, economista-chefe da B. Side Investimentos.
"Além disso, o BC trouxe projeções de inflação mais altas, que podem em breve ultrapassar o teto da meta. Isso piora a percepção de risco da economia e impacta o câmbio", explica.
Apesar de os números ainda mostrarem uma inflação dentro da meta, o IPCA vem acelerando nos últimos meses e, em maio, subiu acima das expectativas do mercado: alta de 0,46%, contra projeções de 0,42%.
A alta foi puxada, sobretudo, pelos aumentos expressivos nos preços dos alimentos. A alta do dólar também gera preocupação, tendo em vista que boa parte dos produtos consumidos no Brasil são importados e, com a moeda americana mais cara, os preços também tendem a subir.
"Ficou nítida a preocupação do comitê em criar uma mensagem dura o suficiente com vistas a pelo menos iniciar o processo de recuperação de sua credibilidade e, consequentemente, estabilizar as expectativas no médio e longo prazo", destaca Matheus Pizzani, economista da CM Capital.
Para Leonado Costa, economista do ASA, a ata indica um "aumento da incerteza do cenário, com piora no ambiente externo e na ancoragem das expectativas" de inflação, que agora estão em níveis mais distantes da meta de 3%.
Além disso, diz o economista, confirma a interrupção do ciclo de quedas e manutenção de uma taxa Selic mais alta, em um patamar contracionista para a economia, até que se consolide o processo de desinflação após esse repique.
Também nesta terça-feira, a diretora do Federal Reserve Michelle Bowman reiterou sua opinião de que manter a taxa de juros dos Estados Unidos estável "por algum tempo" provavelmente será suficiente para deixar a inflação sob controle.
Juros mais altos nos Estados Unidos tornam os emergentes menos atrativos, o que inclui o Brasil. Assim, os investidores levam investimentos para economias desenvolvidas e o real tende a se desvalorizar ainda mais.
"A inflação nos EUA continua elevada, e ainda vejo vários riscos de aumento da inflação que afetam minha perspectiva", disse Bowman em comentários preparados para uma apresentação em Londres.
Bowman disse ainda que conflitos regionais podem pressionar para cima os preços da energia e dos alimentos, e condições financeiras mais frouxas ou estímulos fiscais também podem estimular a inflação.
"Se os dados que estão chegando indicarem que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à nossa meta de 2%, será apropriado em algum momento reduzir gradualmente a taxa de juros para evitar que a política monetária se torne excessivamente restritiva", disse ela.
Entretanto, Bowman destacou que a economia "ainda" não chegou a esse ponto, acrescentando que "permanecerá cautelosa" em sua abordagem da política monetária e previu que os bancos centrais de outros países poderão afrouxar mais cedo ou mais rapidamente do que o Fed.
Entre os dados econômicos, a confiança do consumidor dos Estados Unidos diminuiu ligeiramente em junho em meio a preocupações com as perspectivas econômicas, mas menos do que o mercado esperava para indicar um controle da inflação por lá.
O Conference Board disse que seu índice de confiança do consumidor diminuiu para 100,4 este mês, de 101,3 em maio em dado revisado. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia para 100,0 em relação aos 102,0 em maio relatados anteriormente.
Amanhã, o mercado nacional analisará na quarta-feira novos dados do IPCA-15 para junho, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,45% na base mensal, ante 0,44% no mês anterior.
No cenário externo, os investidores estarão atentos à divulgação na sexta-feira de números do índice PCE de maio, o indicador de inflação preferido do Federal Reserve. Analistas projetam estabilidade, ante alta de 0,3% em abril.

Lula define sistema de meta contínua de inflação e alvo fica em 3%; cotado ao BC, Galípolo participa de reunião

Decreto que muda de ano-calendário para a meta contínua deve sair em reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta quarta-feira (26). Diretor de política monetária do Banco Central, Galípolo é o mais cotado para ser o substituto de Campos Neto e se encontrou com Lula no Planalto. Lula define meta contínua de inflação e decreto sai nesta quarta
O Conselho Monetário Nacional (CMN), formado pelo Ministério do Planejamento, Ministério da Fazenda e pelo Banco Central (BC) decidiu manter a meta de inflação em 3% para os próximos anos, mas o grupo decidiu pela mudança no sistema de metas de inflação.
O sistema era o chamado "ano-calendário", que analisa a inflação de janeiro até dezembro. Foi decidido que vai virar um sistema de "meta contínua", em que vai se analisando continuamente se a meta está dentro do que foi definido, se a inflação está dentro da meta definida.
O decreto do presidente Lula (PT) deve sair nesta quarta-feira (26) após reunião do CMN, o que, do ponto de vista técnico da parte do governo, é necessário para trazer credibilidade maior para a meta de 3%.
Galípolo se reúne com Lula para discutir meta de inflação
O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que é o mais cotado para ser o substituto de Campos Neto, foi ao Palácio do Planalto na tarde desta terça-feira para a reunião com Lula sobre a troca do sistema de meta de inflação. A participação dele o coloca bem à frente na discussão sobre quem será o novo presidente do BC.
Contudo, pode-se questionar a presença dele, porque é um diretor do Banco Central, órgão que deve mostrar autonomia do governo. Galípolo está indo em uma direção que não é a direção de Lula neste momento. É uma busca por uma construção de imagem de um BC independente do governo.
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Boletim Focus: pela 3ª vez seguida, economistas do mercado elevam estimativa de inflação para 2024
Nesta terça-feira (25), acontece uma reunião no Palácio do Planalto com o presidente Lula para definir as questões sobre a mudança no sistema de meta de inflação no país.
A decisão pela mudança no sistema de meta contínua de inflação é importante porque ajuda, inclusive, a chegada de Gabriel Galípolo ao comando do BC porque ele vem respaldado pela própria decisão da ata do Copom na semana passada, que teve aval do Ministério da Fazenda. Não foi um aval explícito, mas é uma aval implícito. Assim, o governo deixa Galípolo ficar mais livre para ganhar credibilidade.

Dólar sobe aos R$ 5,45 após a ata do Copom e dados econômicos dos EUA; Ibovespa cai

Tendência no CMN é de manutenção da meta de inflação em 3%; e de publicação da meta contínua
A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 5,3909 na véspera. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira teve alta, aos 122.636 pontos. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar opera em alta nesta terça-feira (25), aos R$ 5,45. Investidores repercutem os sinais da condução da taxa básica de juros brasileira, a Selic, presentes na ata da última reunião do Copom divulgada hoje.
A ata da reunião mostra que o grupo avaliou que "eventuais ajustes futuros" na taxa de juros, com possíveis aumentos na Selic, "serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta".
Para analistas, o texto confirma que os juros brasileiros ficarão mais altos por mais tempo, em meio ao cenário de dificuldade de trazer a inflação de volta para a casa dos 3%, além de BC não fechar a porta para aumentos. (entenda mais abaixo)
Além disso, o mercado espera novos dados de inflação aqui e no exterior para entender o futuro dos juros na economia global. A declaração de uma diretora do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também reiterou que os juros americanos devem permanecer altos por mais tempo.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em baixa.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 14h20, o dólar avançava 1,10%, cotado a R$ 5,4504. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,4524. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 5,3909.

Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,34%, aos 122.217 pontos.
Na véspera, o índice fechou com alta, aos 122.636 pontos.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
O que está mexendo com os mercados?
O destaque na agenda nacional nesta terça-feira (25) fica com a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Após sete reduções seguidas na taxa Selic o colegiado decidiu fazer uma pausa no ciclo de cortes e manter os juros em 10,50% ao ano.
A decisão veio em linha com as atuais expectativas do mercado, mas ainda representa uma previsão maior de juros para 2024 em relação ao observado no começo do ano, além de indicativos de que os riscos que o BC leva em conta para mexer na Selic estão mais preocupantes.
O comitê informou, no documento, que o controle das estimativas de inflação, que estão em alta, requer uma "atuação firme" da autoridade monetária, e acrescentou que se manterá "vigilante".
Além disso, avaliou que "eventuais ajustes futuros" na taxa de juros, com possíveis aumentos na Selic, "serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta".
A instituição diz que seu papel, na fixação da taxa de juros, é técnico, busca conter a inflação e colocá-la dentro da meta de 3% para 2024, podendo variar entre 1,5% e 4,5%.
Até maio deste ano, a inflação acumulada em 12 meses era de 3,93%, enquanto o acumulado em 2024, até aqui, era de 2,27%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas as expectativas do mercado vêm piorando, o que acende um alerta dentro do BC.
"O cenário das contas públicas ainda é um grande problema, e estamos entrando em período eleitoral e de possível aumento de gastos. Essa é uma preocupação do Copom e do mercado financeiro", diz Helena Veronese, economista-chefe da B. Side Investimentos.
"Além disso, o BC trouxe projeções de inflação mais altas, que podem em breve ultrapassar o teto da meta. Isso piora a percepção de risco da economia e impacta o câmbio", explica.
Apesar de os números ainda mostrarem uma inflação dentro da meta, o IPCA vem acelerando nos últimos meses e, em maio, subiu acima das expectativas do mercado: alta de 0,46%, contra projeções de 0,42%.
A alta foi puxada, sobretudo, pelos aumentos expressivos nos preços dos alimentos. A alta do dólar também gera preocupação, tendo em vista que boa parte dos produtos consumidos no Brasil são importados e, com a moeda americana mais cara, os preços também tendem a subir.
"Ficou nítida a preocupação do comitê em criar uma mensagem dura o suficiente com vistas a pelo menos iniciar o processo de recuperação de sua credibilidade e, consequentemente, estabilizar as expectativas no médio e longo prazo", destaca Matheus Pizzani, economista da CM Capital.
Para Leonado Costa, economista da ASA Investments, a ata indica um "aumento da incerteza do cenário, com piora no ambiente externo e na ancoragem das expectativas" de inflação, que agora estão em níveis mais distantes da meta de 3%.
Além disso, diz o economista, confirma a interrupção do ciclo de quedas e manutenção de uma taxa Selic mais alta, em um patamar contracionista para a economia, até que se consolide o processo de desinflação após esse repique.
Também nesta terça-feira, a diretora do Federal Reserve Michelle Bowman reiterou sua opinião de que manter a taxa de juros dos Estados Unidos estável "por algum tempo" provavelmente será suficiente para deixar a inflação sob controle.
Juros mais altos nos Estados Unidos tornam os emergentes menos atrativos, o que inclui o Brasil. Assim, os investidores levam investimentos para economias desenvolvidas e o real tende a se desvalorizar ainda mais.
"A inflação nos EUA continua elevada, e ainda vejo vários riscos de aumento da inflação que afetam minha perspectiva", disse Bowman em comentários preparados para uma apresentação em Londres.
Bowman disse ainda que conflitos regionais podem pressionar para cima os preços da energia e dos alimentos, e condições financeiras mais frouxas ou estímulos fiscais também podem estimular a inflação.
"Se os dados que estão chegando indicarem que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à nossa meta de 2%, será apropriado em algum momento reduzir gradualmente a taxa de juros para evitar que a política monetária se torne excessivamente restritiva", disse ela.
Entretanto, Bowman destacou que a economia "ainda" não chegou a esse ponto, acrescentando que "permanecerá cautelosa" em sua abordagem da política monetária e previu que os bancos centrais de outros países poderão afrouxar mais cedo ou mais rapidamente do que o Fed.
Entre os dados econômicos, a confiança do consumidor dos Estados Unidos diminuiu ligeiramente em junho em meio a preocupações com as perspectivas econômicas, mas menos do que o mercado esperava para indicar um controle da inflação por lá.
O Conference Board disse que seu índice de confiança do consumidor diminuiu para 100,4 este mês, de 101,3 em maio em dado revisado. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice cairia para 100,0 em relação aos 102,0 em maio relatados anteriormente.
Amanhã, o mercado nacional analisará na quarta-feira novos dados do IPCA-15 para junho, com expectativa de analistas consultados pela Reuters de alta de 0,45% na base mensal, ante 0,44% no mês anterior.
No cenário externo, os investidores estarão atentos à divulgação na sexta-feira de números do índice PCE de maio, o indicador de inflação preferido do Federal Reserve. Analistas projetam estabilidade, ante alta de 0,3% em abril.

Tendência no CMN é de manutenção da meta de inflação em 3%; e de publicação da meta contínua

Tendência no CMN é de manutenção da meta de inflação em 3%; e de publicação da meta contínua
Montagem com fotos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
TV Globo/Reprodução, Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo e Alan Santos/PR
O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve decidir pela manutenção da meta de inflação em 3% na reunião marcada para esta quarta-feira (26).
Atualmente, a meta de inflação no Brasil é de 3% ao ano, e é considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.
Outra tendência no colegiado – formado pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento), e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto – é de publicação de decreto que prevê que a meta, no patamar de 3%, seja contínua a partir de 2025.
Se as medidas se confirmarem, a expectativa é de que os ânimos se acalmem no mercado financeiro, uma vez que declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no ano passado geraram insegurança nos investidores.
Isso porque, em 2023, o petista questionou publicamente se havia necessidade de uma meta baixa de inflação em 3%.
Além disso, os ataques de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ao Comitê de Política Monetária (Copom) – órgão do BC responsável pela fixação da taxa básica de juros – também geraram desconfiança por parte de agentes econômicos.
Como no final deste ano haverá uma mudança no comando do Banco Central, com a provável definição de Gabriel Galípolo como presidente, a percepção de integrantes do CMN é que a publicação do decreto de meta contínua seria muito bem-vinda para sinalizar, com clareza, de que não haverá mudanças nas metas.
A política de metas contínuas é adotada por diversas nações e confere estabilidade e previsibilidade à trajetória inflacionária de um país.
Antes da reunião desta quarta-feira, no entanto, haverá discussões internas de integrantes do governo em busca de um aval do Palácio do Planalto para as medidas em discussão no CMN, onde o Executivo tem maioria.