O que faz a empresa CrowdStrike, apontada como responsável por apagão global

Boulos (PSOL) apresenta projeto de lei para que o governo federal compre a indústria bélica Avibras; entenda
Aeroportos em diferentes partes do mundo foram afetados e voos deixaram de decolar. Hospitais, serviços de emergência e postos de saúde também reportaram problemas na Europa e nos EUA. Apagão global está afetando bancos, aeroportos e diversos outros serviços que. usam softwares da Crowdstrike em sistemas Microsoft
Getty Images/BBC
Um apagão de tecnologia está provocando problemas em diversas partes do mundo, afetando bancos, empresas de mídia, aeroportos e até mesmo serviços de emergência.
Muitos voos não puderam decolar, com grandes filas e atrasos em aeroportos. Lojas e telecomunicações também foram afetados.
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Ainda não se sabe exatamente o que está provocando o apagão global.
Mas diversas empresas e entidades afetadas apontaram um problema técnico com softwares da empresa de segurança CrowdStrike em sistemas Windows, da Microsoft.
Ações da CrowdStrike desabaram 14% nas primeiras horas de negociações. As ações da Microsoft também caíram, assim como a de empresas no setor de turismo e viagens, que são as mais afetadas pelo apagão até agora.
A Crowdstrike é uma empresa de segurança online fundada em 2011 cujo objetivo é proteger algumas das maiores empresas do mundo de ataques cibernéticos.
Ela é especializada em proteção de segurança e busca evitar que softwares ou arquivos maliciosos atinjam redes corporativas. A CrowdStrike também é focada em proteção de dados para empresas que migraram suas bases de seus próprios computadores para servidores em nuvem.
A empresa foi fundada no Texas pelos empreendedores George Kurtz — que segue como CEO — e Dmitri Alperovitch. Ela está listada na bolsa Nasdaq desde 2019.
Apagão cibernético afeta operação de empresas aéreas, bancos e serviços de saúde pelo mundo
Desde que foi lançada a empresa teve um papel importante em ajudar empresas a investigarem ataques cibernéticos. Em 2016, o partido Democrata dos Estados Unidos contratou a empresa para investigar uma falha na sua rede de computadores.
O que diz a CrowdStrike
A empresa divulgou um comunicado nesta sexta-feira (19/7) em que afirma que o apagão global não se trata de um ataque cibernético — mas sim de um defeito em uma atualização de sistema.
"A CrowdStrike está ativamente trabalhando com clientes impactados por um defeito encontrado em uma atualização de conteúdo para servidores Windows. Servidores Mac e Linux não foram impactados. Este não é um incidente de segurança ou ataque cibernético", afirma a nota.
"O problema foi identificado, isolado e um concerto está sendo feito. Encaminhamos os clientes ao portal de suporte para as mais recentes atualizações e vamos continuar oferecendo atualizações completas e contínuas em nosso site."
"Nós também recomendamos que as organizações se certifiquem de que estão se comunicando com representantes da CrowdStrike através de canais oficiais. Nossa equipe está totalmente mobilizada para assegurar a segurança e estabilidade de clientes da CrowdStrike."
A Microsoft também emitiu uma declaração, através de seu porta-voz: "Estamos cientes de um problema afetando aparelhos Windows devido a uma atualização de uma plataforma de software terceirizada. Nós avisamos que uma solução está por vir".

Dólar abre em queda nesta sexta-feira, com apagão cibernético global e quadro fiscal no radar

Boulos (PSOL) apresenta projeto de lei para que o governo federal compre a indústria bélica Avibras; entenda
Na véspera, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,89%, cotada em R$ 5,5872. Já o principal índice de ações da bolsa teve queda de 1,39%, aos 127.652 pontos. Notas de 1 dólar
Rafael Holanda/g1
O dólar abriu a sessão desta sexta-feira (19) em queda, à medida que investidores continuam de olho cenário fiscal brasileiro e repercutem eventuais impactos nos mercados financeiros após o apagão cibernético que atingiu diversos lugares do mundo.
Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um bloqueio de R$ 11,2 bilhões no Orçamento de 2024, além de um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões. As medidas vieram como uma tentativa do governo de cumprir a regra de gastos prevista no arcabouço fiscal. O valor, no entanto, está abaixo do que queriam os agentes de mercado.
No exterior, além dos desdobramentos políticos e de juros nos Estados Unidos, os mercados também monitoram os efeitos do apagão cibernético global em ações de tecnologia. (entenda mais abaixo)
Veja abaixo o resumo dos mercados.
ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula
CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas
Dólar
Às 09h01, o dólar operava em queda de 1,05%, cotado em R$ 5,5288. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda fechou com um avanço de 1,89%, cotada em R$ 5,5872.
Com o resultado, acumulou:
alta de 2,88% na semana;
recuo de 0,02% no mês;
avanço de 15,14% no ano.

Ibovespa
As negociações no Ibovespa, por sua vez, só começam a partir das 10h.
Na véspera, o índice caiu 1,39%, aos 127.652 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,97% na semana;
ganhos de 3,02% no mês;
perdas de 4,87% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
O apagão cibernético que atrasou voos e prejudicou diversos serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo ficava no centro das atenções nesta sexta-feira (19). O problema estaria relacionado a sistemas que utilizam Windows na empresa CrowdStrike, uma fornecedora de serviços de segurança digital.
Em nota, a Microsoft informou que a falha já teria sido resolvida, mas que problemas residuais ainda podem ocorrer. Não há indícios de que o apagão esteja relacionado a um ataque hacker.
Ainda assim, os futuros dos índices acionários de Nova York já sentiam os efeitos do apagão nos negócios desta sexta-feira, com investidores se desfazendo de algumas ações de tecnologia no pré-mercado. Os papéis da Microsoft e da CrowdStrike sinalizavam queda.
Apagão cibernético prejudica bolsas de valores e mercados de commodities e câmbio pelo mundo
Nos Estados Unidos, a corrida eleitoral também continua no radar. Investidores seguem incerto sobre o futuro chefe de Estado da maior economia do mundo, em meio a um crescente favoritismo pelo ex-presidente Donald Trump e após o atual presidente dos EUA, Joe Biden, afirmar que "analisa alma" sobre desistir de sua candidatura.
Na agenda, dados econômicos e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) devem ficar na mira, à medida que o mercado segue em busca de novas pistas sobre o futuro dos juros no país.
Na véspera, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que o Fed não deveria cortar os juros "antes do final de 2024", destacando que o governo norte-americano precisa aumentar os impostos para desacelerar o crescimento da dívida federal.
Na Ásia, o Banco Central do Japão (BoJ) informou que recebeu um número considerável de solicitações para reduzir a compra mensal de títulos nos próximos anos. Já na China, a falta de estímulos econômicos pesou nos preços do minério de ferro, que recuaram nesta sexta-feira.
No mercado local, o cenário fiscal continua a fazer preço nos negócios, com as atenções dos investidores voltadas para as discussões em torno do Orçamento.
Na véspera, depois do fechamento do mercado, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciaram R$ 15 bilhões entre bloqueio e contingenciamento de verbas.
Agentes de mercado queriam ao menos R$ 30 bilhões contingenciados para que a meta de déficit zero seja cumprida.
A diferença entre bloqueio e contingenciamento é a seguinte:
Bloqueio: se refere a valores no Orçamento que têm que ser bloqueados para o governo manter a meta de gastos do arcabouço fiscal.
Contingenciamento: é uma contenção feita em razão de a receita do governo estar vindo abaixo do esperado.
Segundo Haddad, as medidas são necessárias para cumprir a regra de gastos do governo prevista no arcabouço fiscal.
O mercado já vinha mal com a perspectiva de que os cortes não fossem suficientes. Na quinta-feira, Tebet, descartou interromper programas sociais e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já iniciadas, principalmente nas áreas de saúde e educação. Tebet admitiu que o governo deve cortar gastos, mas afirmou que isso deve ser feito com os gastos "desnecessários".
"Não tem nenhuma, nenhuma sinalização, nenhuma, de que o PAC, especialmente na área da educação e da saúde, vai ter corte", disse Tebet ao programa "Bom Dia, Ministra" do CanalGov.
"Ainda que a gente tenha que fazer cortes temporários, contingenciamento ou bloqueios em obras de infraestrutura a gente faz naquelas que não iniciaram ou que não iniciariam agora para que a gente possa depois de dois meses –porque a cada dois meses a gente faz essa revisão — repor de outra forma", declarou Tebet.
A ministra destacou que o governo pretende reestruturar alguns programas sociais, com cortes de gastos "naquilo que estiver efetivamente sobrando", com fiscalização de fraudes e irregularidades.
"Obviamente, na hora que tiver que cortar, nós vamos reestruturar alguns programas. Nós temos que fazer reformas estruturantes para poder ter [recursos] para aquilo que mais precisa. Onde mais precisa? E eu sou professora, então educação, saúde", declarou.
Ainda na quinta-feira, o governo manteve em 2,5% a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024. Assim, o governo espera uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira, que cresceu 2,9% em 2023.
A informação consta no Boletim Macrofiscal, da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, que também trouxe:
A previsão para a inflação deste ano subiu de 3,7% para 3,90%.
A perspectiva para o PIB em 2025 caiu de 2,8% para 2,6%.
*Com informações da agência de notícias Reuters.

O que é deepfake e como ele é usado para distorcer realidade

Boulos (PSOL) apresenta projeto de lei para que o governo federal compre a indústria bélica Avibras; entenda
Técnica usa inteligência artificial (IA) e outros conteúdos verdadeiros, como foto e vídeo, para criar adulterações realistas. Deepfake com imagem do jogador de futebol Lionel Messi
Reprodução/EPTV
A criação de vídeos adulterados e realistas ficou muito mais simples com o chamado deepfake. Com ele, é possível colocar pessoas em situações constrangedoras ou, no mínimo, inusitadas.
Uma reportagem da BBC revelou um grupo de criminosos no Brasil que usa inteligência artificial (IA) e deepfake para criar, sob encomenda, imagens pornô falsas envolvendo mulheres.
A investigação mostrou que as negociações para criação desses deepfakes acontecem no aplicativo de mensagens Telegram.
➡️ Mas o que o termo deepfake significa? Deepfake é uma técnica que permite alterar um vídeo ou foto com ajuda de inteligência artificial (IA). Com ele, por exemplo, o rosto da pessoa que está em cena pode ser trocado pelo de outra; ou aquilo que a pessoa fala pode ser modificado.
O material falso é criado a partir de conteúdos verdadeiros da pessoa que são modificados por meio de aplicativos ou programas de edição que já existem no mercado.
Um dos usos mais preocupantes dessas ferramentas é justamente a criação de vídeos pornográficos com o rosto de outras pessoas. Em 2020, um relatório da empresa Sensity indicou que nudes falsos de mais de 100 mil mulheres estavam sendo compartilhados na internet.
As imagens adulteradas também são usadas na política. Em 2019, a ex-presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, foi vítima de um deepfake que se baseou em um vídeo autêntico para sugerir que a representante democrata tinha dificuldades na fala em um discurso.
O autor do deepfake desacelerou o vídeo original e editou a fala para dar a entender que ela estava tropeçando em suas palavras. O conteúdo com desinformação teve ampla circulação nas redes sociais e chegou a ser removido do YouTube.
Deepfake ao vivo
'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real
Também é possível encontrar o deepfake ao vivo. Essa solução é nova — surgiu em 2022 — e é uma evolução do "deepfake" que conhecemos hoje, explica Fernando Oliveira, especialista no tema e em inteligência artificial da FaceFactory.
Em 2023, cenas da novela "Travessia" (TV Globo) mostravam um pedófilo que se passava por uma adolescente em videochamada para enganar outra menina. Na trama, o criminoso tinha rosto e voz modificados por um programa de computador.
Segundo especialistas, fazer um deepfake ao vivo com a qualidade que é mostrada na novela exige um computador potente com capacidade para processar as alterações em tempo real.
Fernando afirma que seria necessário desembolsar muito dinheiro em equipamentos para chegar a esse nível. Mas também é possível fazê-lo com menos gastos, usando apps mais baratos, só que de qualidade bem inferior.
"Para conseguir a qualidade que é exibida na novela, não dá para usar só software (programa ou aplicativo). É preciso programar, com algoritmos que trabalham com dados e códigos", explica Fernando.
Esses algoritmos vão processando dados, que são a imagem e a voz de uma pessoa. Quanto mais dados, maior a eficiência de qualquer deepfake, explicam os especialistas.
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Alface ou árvore? Saiba como evitar que o pé cresça demais e as folhas fiquem amargas

Boulos (PSOL) apresenta projeto de lei para que o governo federal compre a indústria bélica Avibras; entenda
Isso pode acontecer quando a semente plantada tem baixa tolerância ao calor, o que faz com que o cultivo fique alto e emita o pendão floral (que deixa parecido com uma árvore). Telespectadora plantou alface e cresceu uma árvore: o que aconteceu?
Já tentou plantar alface, mas ela não ficou como aquela que você compra no supermercado e ainda adquiriu um gosto amargo? Foi o que aconteceu com a Márcia, de Minas Gerais. O pé que ela cultiva cresceu como uma pequena árvore. Veja na foto mais abaixo.
Isso pode acontecer quando a semente plantada tem baixa tolerância ao calor, o que faz com que o cultivo fique alto e emita o pendão floral (que deixa a alface parecida com uma árvore), explica Fábio Suinaga, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na unidade Hortaliças.
Foto de alface enviada por Márcia, de Minas Gerais ao Globo Rural
Reprodução / Globo Rural
Como evitar?
A alface é originária da região do Mar Mediterrâneo, que tem o clima mais ameno que o do Brasil, país tropical.
As altas temperaturas brasileiras fazem com que o ciclo vegetativo da planta se encurte e entre mais cedo reprodutiva. É uma estratégia de defesa dela: a alface floresce e produz sementes, para deixar descendentes para a próxima geração.
O clima ideal para este cultivo é de até 25°C. Em regiões em que esta temperatura é ultrapassada, a planta fica estressada. Nesses casos, é importante escolher variedades resistentes ao calor, como a BRS Mediterrâneo e a BRS Leila, desenvolvidas pela Embrapa.
Outra dica para o cultivo em regiões mais quentes é colher com um ciclo menor. No Norte e no Nordeste do Brasil, o ideal é 10 dias, já no Sul e no Sudeste, 25 dias.
Caso demore muito para colher, a alface pode acabar crescendo demais, o caule engrossa, solta látex, saem flores e o sabor fica mais amargo, impossibilitando o uso em salada.
Reveja abaixo a reportagem completa no vídeo no topo da reportagem.
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Boulos (PSOL) apresenta projeto de lei para que o governo federal compre a indústria bélica Avibras; entenda

Boulos (PSOL) apresenta projeto de lei para que o governo federal compre a indústria bélica Avibras; entenda
A crise na Avibras já se arrasta há pelo menos uma década. Os funcionários estão há mais de dois anos sem trabalhar e sem receber salários. A Justiça homologou este ano a recuperação judicial solicitada pela empresa, que está em tratativas para ser vendida a um grupo australiano. Avibras, em Jacareí
Claudio Vieira/Sindicato dos Metalúrgicos
O Deputado Federal Guilherme Boulos (PSOL) apresentou, nesta quinta-feira (18), um projeto de lei na Câmara dos Deputados, para que o governo federal compre a indústria bélica Avibras.
De acordo com o projeto de lei, a desapropriação da Avibras tem como objetivo:
reforçar a posição estratégica da defesa do Brasil e a segurança nacional;
permitir a retomada de investimento dos projetos em andamento e de novos projetos;
garantir às forças armadas o abastecimento perene de insumos estratégicos à operação;
e possibilitar que a administração pública direcione investimentos para projetos essenciais à defesa do Brasil.
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Com base no relatório da empresa, o deputado diz que “o governo federal poderia estabelecer um valor justo para desapropriação da Avibras por um valor próximo a R$ 2 bilhões”.
A proposta diz ainda que “a possibilidade de venda da Avibras a empresas estrangeiras pode prejudicar a segurança nacional e a defesa do Estado, bem como a autonomia e a indústria nacional”.
A crise na Avibras já se arrasta há pelo menos uma década. Os funcionários estão há mais de dois anos sem trabalhar e sem receber salários. A Justiça homologou este ano a recuperação judicial solicitada pela empresa, essa é uma das etapas necessárias para uma possível negociação.
No final de junho, a Avibras divulgou uma nota dizendo que segue em negociação para a venda da fábrica para a empresa australiana DefendTex,. O comunicado dizia que as companhias estão empenhadas em concluir o processo de aquisição e realizar o aporte de capital a partir do dia 30 de julho – leia mais abaixo.
Projeto de lei quer que o governo federal compre a Avibras
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Segundo a assessoria de imprensa da Câmara dos Deputados, a mesa diretora vai definir os próximos passos para a tramitação do projeto de lei, além de definir por quais comissões ele deverá ser avaliado e se vai passar por votação no plenário.
A Rede Vanguarda entrou em contato com a Avibras, mas a empresa disse que não vai se manifestar sobre o projeto de lei e nem sobre a negociação com a companhia australiana.
Venda da Avibras: negociações com empresa australiana continuam
Venda da Avibras
A Avibras emitiu um comunicado oficial no dia 28 de junho, no qual afirmou que continua em negociação para venda da empresa à DefendTex, companhia australiana.
No dia 13 de junho, o ministro a Defesa, José Múcio Monteiro, disse em uma evento que a empresa australiana havia desistido do negócio e que a indústria bélica brasileira havia recebido uma outra proposta.
No dia 28, porém, a Avibras informou que o contrato de investimento assinado com a DefendTex permanece em vigor.
"Ambas as empresas estão empenhadas em concluir o processo de aquisição (“closing” do contrato) e realizar o aporte de capital a partir do dia 30 de julho, visando a retomada das operações", disse a empresa brasileira.
Tudo começou em abril, quando a própria Avibras anunciou que tinha negociações em andamento para ser vendida à DefendTex. Segundo a empresa brasileira, as tratativas estavam avançadas.
Trabalhadores da avibras reivindicam salários atrasados
Recuperação judicial
Em 22 de março de 2022, a Avibras pediu recuperação judicial, alegando uma dívida de R$ 600 milhões. Em julho de 2023, credores aprovaram o plano de recuperação judicial da empresa.
A recuperação judicial serve para evitar que uma empresa em dificuldade financeira feche as portas. É um processo pelo qual a companhia endividada consegue um prazo para continuar operando enquanto negocia com seus credores, sob mediação da Justiça.
Fábrica da Avibras em Jacareí
Reprodução/TV Vanguarda
Demissões e greve
A crise na Avibras se arrasta há alguns anos. Em 18 de março de 2022, a empresa demitiu cerca de 400 trabalhadores na fábrica em Jacareí. Na época, o Sindicato dos Metalúrgicos informou que não houve nenhum comunicado prévio ou tentativa de negociação sobre medidas para evitar as demissões, como adoção de um layoff (suspensão de contratos), por exemplo.
A fábrica alegou que teve de adotar "ações de reestruturação organizacional da empresa, mantendo as atividades essenciais para o cumprimento dos compromissos contratuais assumidos junto aos seus clientes". Ao mesmo tempo em que fez o corte, pediu à justiça a recuperação judicial alegando dívida de R$ 600 milhões.
A entidade recorreu à Justiça do Trabalho e conseguiu reverter o corte porque o juiz entendeu que não seria possível ter recuperação, se não havia força de trabalho na empresa.
Com a readmissão, a empresa colocou os funcionários em layoff. Os trabalhadores da Avibras de Jacareí entraram em greve, reivindicando a garantia de estabilidade para todos os funcionários, pagamento dos salários atrasados e também para que a empresa adote um sistema de trabalho rotativo, no qual os grupos se revezem entre o layoff e o trabalho na fábrica.
Trabalhadores da Avibras protestam contra atrasos de salário e estatização em trecho da Rodovia dos Tamoios
Divulgação
A Avibras
A Avibras Aeroespacial é a maior indústria bélica do país e foi fundada em 1961 por engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), de São José dos Campos (SP). Ela é uma das primeiras empresas nacionais a atender o setor aeroespacial.
A empresa desenvolve tecnologia para as áreas de Defesa e Civil. A organização foi uma das primeiras no Brasil a construir aeronaves, desenvolver e fabricar veículos espaciais para fins civis e militares.
Presente no mercado nacional e internacional, a empresa tem sede em Jacareí, no interior de São Paulo, e desenvolve diferentes motores foguetes para a Marinha do Brasil e para a Força Aérea Brasileira, além de produzir sistemas fixos ou móveis de C4ISTAR (Comando, Controle, Comunicação, Computação, Inteligência, Vigilância, Aquisição de Alvo e Reconhecimento) e Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) – o Falcão.
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