Quina de São João com prêmio de R$ 220 milhões será sorteada neste sábado; veja como jogar

‘Navio’ de 17 metros, laboratórios educativos e jantares temáticos: veja estratégias das casas de swing para inovar e atrair público
Os números serão revelados a partir das 20h. Prêmio é o maior da história do concurso especial e não vai acumular. Leva a bolada quem acertar a maior quantidade de números. Quina de São João
Marcello Casal jr/Agência Brasil
O sorteio do concurso 6.462 da Quina de São João, com prêmio estimado em R$ 220 milhões, será realizado neste sábado (22), a partir das 20h. Esse é o maior valor da história do concurso especial, segundo a Caixa Econômica Federal.
As apostas para a 14ª edição da Quina de São João começaram no último dia 10 de junho e podem ser feitas até as 19h de hoje.
Assim como nos outros concursos especiais, o prêmio não acumula: leva a bolada quem acertar a maior quantidade de números.
Caso nenhum apostador acerte na faixa principal, o prêmio será dividido entre os acertadores de 4 números — e assim sucessivamente, conforme a regra da modalidade.
Como apostar
O apostador deve escolher de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis no volante. O jogo simples, com 5 dezenas, custa R$ 2,50. Quem quiser escolher 15 dezenas em um único jogo terá que desembolsar R$ 7.507,5​0.
Os jogadores também têm a opção de deixar que o próprio sistema escolha os números, por meio da Surpresinha.
De acordo com a Caixa, para apostar, podem ser utilizados tanto os volantes específicos da Quina de São João quanto os volantes regulares do concurso. Ganha prêmios quem acertar dois, três, quatro ou cinco números.
Os jogadores também podem optar por apostar em grupo, por meio de um bolão. O preço mínimo é de R$ 12,50 e cada cota não pode ser inferior a R$ 3,50. Nos canais digitais, o valor mínimo de compra é de R$ 20.
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Quanto rende o prêmio em investimentos?
Antônio Sanches, analista de research da Rico, simulou quanto renderiam os R$ 220 milhões caso o vencedor aplicasse o valor no Tesouro Selic, com a taxa de juros atual de 10,50% ao ano.
Nesse tipo de investimento, o rendimento mensal chegaria a R$ 1,8 milhão. Após o desconto de 22,5% de imposto, o valor seria de R$ 1,4 milhão por mês.
Já no ano, o rendimento seria de aproximadamente R$ 23 milhões sem imposto e de R$ 19 milhões após descontos de 17,5%, segundo cálculos do analista.
No caso da poupança, o rendimento em 30 dias seria de R$ 1,1 milhão, enquanto, em um ano, de R$ 13,5 milhões.
Veja abaixo:
Rendimento de R$ 220 milhões na poupança e no Tesouro Selic
"O prêmio é tão alto que é difícil até imaginar. Para gastar tudo em 50 anos, o ganhador precisaria desembolsar cerca de R$ 12 mil por dia", exemplifica Sanches.
Nas contas da Caixa Econômica Federal, caso um único apostador leve os R$ 220 milhões e aplique na poupança, ele terá um rendimento de R$ 1,2 milhão no primeiro mês.
Com o prêmio, o vencedor também consegue comprar 50 mansões, de R$ 4,4 milhões cada, destacou o banco.
Números mais sorteados
Historicamente, as dezenas que mais saíram em edições da Quina de São João foram 14, 15, 55 e 79, sendo 3 vezes cada uma delas).
Ainda considerando as 13 edições anteriores do concurso especial, São Paulo lidera o ranking dos estados com mais vencedores, com 505 apostas ganhadoras. Na sequência está Minas Gerais, com 202 vencedores.
Como funciona a Quina

Anatel publica medidas para combater venda online de celulares sem certificação de uso no país

‘Navio’ de 17 metros, laboratórios educativos e jantares temáticos: veja estratégias das casas de swing para inovar e atrair público
De acordo com texto publicado pela Anatel nesta sexta-feira (21), empresas que vendem celulares não homologados na internet poderão ser multadas em R$ 200 mil por dia. Pessoa mexendo no celular
Reprodução/TV Gazeta
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou, no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (21), uma série de medidas para coibir a venda online de celulares sem certificação de uso no país.
A Anatel decidiu publicar as regras diante do aumento expressivo da venda de aparelhos não homologados, que já são cerca de 25% dos celulares comercializados no país.
No primeiro trimestre deste ano, foram vendidos 8,5 milhões de smartphones legais. E 2,9 milhões não homologados.
De acordo com as regras publicadas pela Anatel nesta sexta, as empresas que vendem celulares em sites ou aplicativos de e-commerce devem:
incluir o número do código de homologação do aparelho celular no anúncio de venda
verificar se o código corresponde ao da base de dados da Anatel
impedir a venda e retirar o cadastro de celulares que não sigam essas regras
A Anatel informou ter um sistema para fiscalizar os anúncios dos aparelhos irregulares. Segundo a agência, a empresa de venda online que não seguir as novas determinações no prazo de 15 dias será multada em R$ 200 mil por dia.
Se o descumprimento persistir, o valor da multa pode chegar a R$ 6 milhões e pode haver o bloqueio da plataforma de venda.
Objetivo é proteger redes e usuários
O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, disse que o objetivo das medidas publicadas pela Anatel é proteger as redes de telecomunicação e os usuários.
"Tem diversos objetivos. Um é o de proteger o próprio funcionamento das redes para evitar interferências, pra evitar riscos de segurança cibernética, porque no processo de certificação também são verificadas questões de segurança cibernética", afirmou.
"Há uns anos, vocês vão lembrar que tinha um problema de bateria que explodia, carregador na tomada que dá choque. Então, para proteger o cidadão, para proteger o usuário e a usuária, existe também esses processos de certificação", completou Baigorri.
Origem chinesa
Cerca de 25% dos smartphones vendidos no Brasil não têm homologação da Anatel
A maioria dos aparelhos não certificados pela Anatel tem origem chinesa e entra no país de forma ilegal, sem o devido recolhimento de impostos.
Os preços dos produtos chegam a ser 30% mais baratos do que os de empresas que seguem todas as regras.
Como não passam por testes de segurança, esses celulares oferecem perigos, como:
superaquecimento e explosão de bateria devido ao uso de material de baixa qualidade
níveis inseguros de radiação de ondas eletromagnéticas
possibilidade de instalação de softwares maliciosos com acesso indevido a dado pessoais dos usuários
Além disso, esses aparelhos não oferecem garantia por não terem representante da marca no Brasil.
Já os celulares homologados pela Anatel têm um código de 12 dígitos. Esse selo de certificação garante que o celular está de acordo com as regras e normas de segurança e qualidade da agência.

Globo Rural: informações adicionais das reportagens do dia 23/06/2024

Globo Rural dá dicas sobre a criação de codornas e ensina uma canjica de milho branco da quitandeira Terezinha Cândida Pereira, de Goiânia. O José Antônio Rodrigues, de Guariba (SP) e o Roberto Padilha, de Nova Iguaçu (RJ) têm um pedido em comum: os dois vão começar uma criação de codornas e querem uma cartilha.
A gente indica um livrinho da Universidade Federal de Viçosa (MG) com informações sobre criação de codornas para a produção de carne e de ovos.
A publicação tem dicas sobre a instalação do galpão, dos equipamentos e o manejo dos animais
>>>Acesse aqui<<<
Canjica Dona Terezinha
O Globo Rural ensina também a receita de canjica de milho branco feita pela quitandeira Terezinha Cândida Pereira, de Goiânia. Em algumas regiões do país, o prato, quando feito com esse tipo de milho, é conhecido como mungunzá.
Ingredientes:
500g canjica de milho branco
1 litro e meio de leite
500g amendoim
400g de açúcar
1 pitada de sal
canela em pó a gosto
Modo de preparo:
O milho branco deve ser cozido na panela de pressão por 50 minutos. Em seguida, coloque em uma panela no fogo normal e acrescente o leite. Enquanto isso, triture o amendoim no liquidificador.
Quando o caldo ficar mais consistente, adicione o amendoim, o açúcar e uma pitada de sal.
A mistura deve ficar, em média, 40 minutos no fogo para o milho ficar bem macio.
Depois, é só polvilhar a canela e servir.

Imposto de Renda 2024: Consulta ao 2º lote de restituição está disponível; veja como fazer

‘Navio’ de 17 metros, laboratórios educativos e jantares temáticos: veja estratégias das casas de swing para inovar e atrair público
Ao todo, mais de 5,7 milhões de contribuintes serão contemplados, com um valor total de crédito de R$ 8,5 bilhões. Imposto de renda
Marcos Serra/g1
Já está disponível a consulta ao 2º lote de restituições do Imposto de Renda 2024. A Receita Federal liberou a consulta às 10h desta sexta-feira (21).
Ao todo, mais de 5,7 milhões de contribuintes serão contemplados, no valor total de R$ 8,5 bilhões. O lote também inclui restituições residuais de exercícios anteriores. Os pagamentos serão feitos a partir de 28 de junho. Veja como fazer a consulta.
Segundo a Receita Federal, 252.738 contribuintes domiciliados no Rio Grande do Sul (RS) foram priorizados e receberão suas restituições neste lote, devido ao estado de calamidade decretado no estado. Saiba mais aqui.
O valor total de R$ 8,5 bilhões refere-se ao quantitativo de contribuintes que têm prioridade no recebimento. São eles:
140.360 idosos acima de 80 anos
1.024.071 contribuintes entre 60 e 79 anos
66.287 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave
459.444 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério
3.812.767 contribuintes que receberam prioridade por utilizarem a declaração pré-preenchida ou optarem por receber a restituição via PIX.
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Veja quem é obrigado a declarar
Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina
Veja o calendário da restituição do IR 2024
Os pagamentos das restituições do IR 2024 serão feitos em cinco lotes, segundo informações da Receita. O prazo para entrega das declarações começou no dia 15 de março.
Veja as datas dos pagamentos:
1º lote: 31 de maio
2º lote: 28 de junho
3º lote: 31 de julho
4º lote: 30 de agosto
5º lote: 30 de setembro
Como fazer a consulta?
Assim que a consulta estiver disponível, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet e clicar na opção "Meu Imposto de Renda". Em seguida, basta clicar em "Consultar a Restituição".
A página oferece orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Caso identifique alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações.
A Receita Federal disponibiliza, também, aplicativo para tablets e smartphones que permite consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.
Malha fina
Ao realizar a consulta, o contribuinte também poderá saber se há alguma pendência em sua declaração que impeça o pagamento da restituição, ou seja, se ele caiu na chamada "malha fina".
Para saber se está na malha fina, os contribuintes também podem acessar o "extrato" do Imposto de Renda no site da Receita Federal no chamado e-CAC (Centro Virtual de Atendimento).
Ao fazer o login, selecione a opção “Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)”. Na aba “Processamento”, escolha o item “Pendências de Malha”. Lá, você poderá verificar se sua declaração está na malha fina e verificar qual o motivo pelo qual ela foi retida.
Para acessar o extrato do IR, é necessário utilizar o código de acesso gerado na própria página da Receita Federal ou certificado digital emitido por autoridade habilitada.
As restituições de declarações que apresentam inconsistência (em situação de malha) são liberadas apenas depois de corrigidas pelo cidadão, ou após o contribuinte apresentar comprovação de que sua declaração está correta.
Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024
quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado;
contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado;
quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto;
quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias;
quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022);
quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022);
quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023;
quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física;
Possui trust no exterior;
Deseja atualizar bens no exterior.

‘Navio’ de 17 metros, laboratórios educativos e jantares temáticos: veja estratégias das casas de swing para inovar e atrair público

‘Navio’ de 17 metros, laboratórios educativos e jantares temáticos: veja estratégias das casas de swing para inovar e atrair público
Levantamento realizado pelo site sexlog aponta aumento no número de novos adeptos às festas. Principal público tem entre 35 e 44 anos e o ticket médio por pessoa é de R$ 500. 'Navio' de 17 metros é atrativo em casa de swing; conheça por dentro
Locais com seguranças na porta, canhões de luz que iluminam a parte externa e filas de pessoas aguardando sua vez de entrar. Esse cenário não é estranho para quem conhece o bairro de Moema, em São Paulo, uma das regiões que abrigam a animada vida noturna da capital.
Aos olhos de quem passa por ali, esses locais parecem apenas mais uma balada paulistana — mas basta passar pela porta para perceber que a maioria desses lugares são, na verdade, as chamadas casas de swing.
Casa de swing Enigma Club.
Fabio Tito/ g1
🏠 Mas, primeiro, o que é uma casa de swing?
As casas funcionam como uma balada normal, contam com dj, pista de dança e bar com bebidas alcoólicas. O diferencial é o que acontece, normalmente, no fundo da festa ou no primeiro andar.
Os ambientes, conhecidos como labirintos, são um conjunto de salas usadas principalmente por casais para realizar fetiches sexuais, como troca de parceiros, ménage à trois (sexo envolvendo três pessoas) e cuckold (desejo sexual em ver o parceiro transar com outra pessoa), por exemplo.
As casas também costumam oferecer salas coletivas, onde diversos casais transam ao mesmo tempo, e algumas ainda permitem que as relações aconteçam no meio da festa — essas, por sua vez, são conhecidas como baladas liberais.
E com tantos quartos manjados nas festas, os frequentadores de swing — ou swingueiros — afirmam que o diferencial fica por conta da estrutura ou das novidades apresentadas pelas casas. Tanto que os proprietários precisam constantemente encontrar saídas para abraçar as demandas esse mercado.
Veja abaixo as estratégias usadas por algumas dessas casas para atrair público e se destacar no mercado:
🛥️ 'Navio' de 17 metros
O dono da Enigma Club, Assis Alves Junior, instalou a carcaça de um "navio" de 17 metros de comprimento e 25 metros de profundidade dentro da casa de swing para, segundo ele, dar uma experiência inusitada aos clientes – e ser um diferencial no mercado swingueiro de São Paulo.
Dentro do "navio", existe um bar e 30 cabines, que vão desde quartos de vidro a salas coletivas e ambientes para cuckold. A casa existe há mais de 20 anos e a embarcação foi criada há cerca de 10 anos.
Casa de swing Enigma Club.
Fabio Tito/ g1
Ao g1, ele contou que a parte da frente do navio custou aproximadamente R$ 40 mil. Os gastos com a estrutura, no entanto, já foram muito maiores, uma vez que Alves Junior constantemente realiza reformas e modificações para propor salas – ou cabines – novas. Para este ano, por exemplo, ele planeja alterar a parte superior do "navio", onde ficam os camarotes.
"Inicialmente, eu ia fazer um trem. Porém, os custos ficaram altíssimos e eu teria que fazer uma operação muito grande para montar a estrutura. Então, eu tive a ideia de um navio. E, desde que eu criei a estrutura, estou constantemente realizando reformas, fechando e abrindo salas, para que os clientes sempre tenham novidades", contou Assis.
O local tem um público na faixa dos 25 a 50 anos, sendo cerca de 200 casais por fim de semana. Os clientes têm um ticket-médio de R$ 200.
👨‍🏫 Palestra sobre swing
Fábio Leandro, dono da Spicy Club, resolveu promover esporadicamente palestras comandadas pelo casal de influencers Camila e Edgar Voluptas. Ambos apresentam por aproximadamente 2 horas as regras de uma casa de swing.
Segundo o proprietário, tem pessoas – principalmente homens – que não entendem muito como as casas funcionam. "[Tem gente que acha que] vai chegar e encontrar todo mundo pelado e transando. Não é assim. Existe uma logística".
E esse é o motivo pelo qual os homens, se forem sozinhos ao swing, tendem a pagar 4 vezes mais caro que um casal. A mulher, quando sozinha, muitas vezes entra de graça.
"Muitos caras acham que podem fazer o que quiserem se pagarem. Tem gente que quer pagar R$ 2 mil para entrar e eu não deixo. Além disso, se uma mulher está transando com cinco homens, ela tem o total direito de recusar um sexto. Não é não, e pronto", afirmou o proprietário.
Palestras sobre swing na Spicy Club
Divulgação/Spicy Club
Os encontros são gratuitos e acontecem antes da festa. "É como se fosse um laboratório educativo. Após aprenderem sobre swing, eles [clientes] conseguem colocar na prática", disse o proprietário. Em agosto e setembro, Leandro planeja lançar uma palestra para falar sobre fetiches e outra voltada somente aos homens, respectivamente.
Ele também promove mais de 15 festas com temáticas diferentes, com o objetivo de atrair todo tipo de público. Uma delas, chamada de Violet Bibi, é conhecida por ter participação de casais bissexuais. Já outra, a balada nudista – como o próprio nome já diz – é voltada para pessoas que querem dançar e conviver completamente sem roupa.
O preço de cada festa varia. Em uma noite mais voltada para o swing, por exemplo, um casal paga em torno de R$ 350 (considerando entrada e bebida). A média de público é em torno de 500 pessoas por noite.
Entre o desejo e o proibido: quando os fetiches sexuais podem fazer bem para a saúde?
🥣 Jantares temáticos
O consultor de entretenimento da Villa Imperium, Paulo Alexandre, por sua vez, resolveu anunciar jantares temáticos para os clientes como cortesia. As comidas variam de mexicana, noite de queijos, festa italiana e sopa. "Como qualquer negócio, precisamos sempre buscar satisfazer nossos clientes", afirmou.
Para ele, a escolha de oferecer comida é porque um casal que resolve ir para uma casa de swing tem um objetivo principal: praticar fetiches. Porém, ao chegarem, "[eles] vão encontrar além do que esperam, um lugar habitável, bonito e aconchegante. Tem mesa onde o pessoal consegue sentar, beber e tomar seu vinho".
O buffet é das 21h às 23h, com o objetivo dos clientes chegarem mais cedo. O custo médio para o casal no final de semana é de aproximadamente R$ 250, sendo R$ 100 de consumação caso cheguem até 23h30 – e a comida já está inclusa no preço.
De todo modo, Alexandre afirma que, "na prática, o que atrai o nosso público é a proposta [de uma casa de swing] em si. O resto, [como a comida], é apenas um floreamento'".
Anúncio da Villa Imperium no Instagram; noite de vinhos que acontece dentro da casa de swing
Redes sociais e divulgação
👭 Quem costuma frequentar?
Os donos das casas comentaram que existem principalmente três tipos de clientes: os que tem curiosidade e estão indo pela primeira vez; os que vão com uma certa frequência e os que combinam em aplicativos e sites voltados ao sexo de se encontrarem nas casas.
A pedido do g1, o site Sexlog, voltado para pessoas que querem marcar swing na America Latina, realizou um levantamento sobre o perfil dos frequentadores das casas. O estudo foi realizado com 9981 brasileiros, entre os dias 18 e 19 de junho.
No Brasil, o site possui 65,51% de homens que buscam swing e 26,6% de casais heteronormativos (formado por um homem e uma mulher). Já as mulheres são 6,53%.
Quanto a faixa etária:
Entre 18 e 24 anos, o público é de 7,14%
Entre 25 e 34 anos; 30,34%;
Entre 35 a 44 anos; 37,67%;
Entre 45 a 54 anos; 19,28%
54 anos ou mais; 5,56%
E o público, independente da idade, gasta em média R$ 500 por noite em uma casa de swing – o mesmo valor médio é desembolsado nas casas de São Paulo.
O estudo também apontou que houve um aumento no número de adeptos ao swing nos últimos anos. Veja no gráfico abaixo:

Vale destacar que os números de 2024 foram contabilizados até o último dia 19 de junho e que a estimativa é que o volume de novos visitantes até o final de 2024 supere o do ano anterior.
Segundo a CMO do Sexlog, Mayumi Sato, a expectativa é que haja um crescimento no segundo semestre no que diz respeito a "alternativas para explorar a sexualidade", incluindo um aumento de receitas para lojas — como sexshops, por exemplo —, redes sociais adultas e casas de swing.
"Historicamente o segundo semestre costuma ser muito forte nesse segmento, que tende a ser muito beneficiado pela 'ressaca' pós férias escolares em família, onde a a ida casas de swing é usada como válvula de escape. Algo como, as férias dos adultos depois das férias das crianças", disse a executiva.
Ainda de acordo com Sato, ainda há uma tendência crescente de que as pessoas encarem as casas de swing como um espaço de prazer e experimentação, não limitado à prática do fetiche em si.
"As pessoas estão mais abertas para falar sobre sexo, prazer, novas formas de se relacionar e também a experimentar mais, e isso acaba renovando o público das casas, que por isso mesmo têm investido em eventos com mais diversidade de tema e público", afirmou.
"A tendência é que uma visita à casa de swing passe a ser vista com cada vez mais naturalidade, afinal, ninguém sabe exatamente o que vai fazer por lá, fortalecendo assim este mercado", concluiu.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não é possível mapear dados econômicos desse mercado porque não existe cadastro para esse tipo de empresa no CNAE (Classificação Nacional das Atividades Econômicas). Tanto que, segundo o governo do Estado de São Paulo, as casas podem ser registradas como bar, restaurante, lanchonete, discoteca, espaço de reunião, etc.
🚫Swing não é bagunça e tem segurança
Outro ponto que atrai os swingueiros é a segurança que as casas têm. Marcos Rabelo, gerente da Asha Club, comenta que os estabelecimentos prezam pelo respeito e segurança total dos casais.
"Uma mulher hoje, por exemplo, é muito mais assediada em festas normais do que aqui. Os [nossos] clientes são mais conscientes", disse Rabelo.
E esse é justamente um dos pontos que faz com que a administradora Alice Vilas Boas, de 28 anos, se sinta à vontade para frequentar as casas.
"Eu adoro porque, além dos atrativos, tem tudo o que eu gosto: música, balada, sexo e segurança […] Se você deixar claro que não está interessada em alguém, ninguém irá forçar. Ninguém é obrigado a nada", afirmou a administradora.
Ela conta que mesmo tendo começado a frequentar casas de swing há menos de um ano, já uma frequentadora assídua desses locais, com presença marcada nas festas pelo menos três vezes por semana.
"Mesmo que eu esteja envolvida sexualmente com alguém. Se outra pessoa chegar e eu disser: 'não, valeu. Estamos tranquilos', não tem problema nenhum. Eu nunca passei por nenhum tipo de situação desagradável".
Alice Vilas Boas, de 28 anos, e Maria Edvania, de 35 anos
Arquivo pessoal
A estudante de enfermagem Maria Edvania, de 35 anos, e seu marido, Vanderson de França, de 46 anos, por sua vez, frequentam casas de swing há quase 9 anos. Ela também contou que prefere essas festas às baladas normais por conta da organização e da segurança.
"A parte de interação fica nos fundos ou no andar de cima. É bem organizado. Eu e meu esposo preferimos sair por Moema do que ir em um pancadão na nossa vila ou em um forró risca-faca. Lá [no swing] tem toda uma segurança que não vejo em outros lugares". O casal mora em Carapicuíba (SP), cerca de 25 quilômetros de distância das casas de swing paulistanas.
Ela ressalta que o lema do "meu corpo, minhas regras" é muito bem aplicado. Edvania conta que os homens olham para ela e perguntam se podem se relacionar com ela e o marido. Caso tenha interesse, confirma, caso não, sem problemas. "O Vanderson sempre me deixou livre para escolher com quem eu gostaria que participasse [das relações]".
"Eu sou exibicionista. Gosto de mostrar meu corpo e transar na frente de outras pessoas, mas isso não quer dizer que quero me relacionar com todo mundo ou que estou me oferecendo para qualquer um. E dizer não para um homem nunca foi um problema"
O objetivo do casal é principalmente sair da rotina e conhecer pessoas novas. "Como existem ambientes coletivos, quem gosta de se exibir não tem nenhum empecilho. Agora, quem quer algo mais privativo, também tem as cabines privativas. No final, a casa de swing é o lugar que eu conheço que mais abraça qualquer tipo de público e traz segurança", ressalta.