Mega-Sena, concurso 2.739: resultado

Dólar opera em baixa após decisão unânime do Copom de manter taxa Selic a 10,50% ao ano; Ibovespa sobe
Veja as dezenas sorteadas: 19 – 25 – 37 – 45 – 47 – 53. Prêmio é de R$ 58.978.258,80. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio
Marcelo Brandt/G1
O sorteio do concurso 2.739 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (20), em São Paulo. O prêmio para as apostas que acertarem as seis dezenas é de R$ 58.978.258,80.
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Veja os números sorteados: 19 – 25 – 37 – 45 – 47 – 53
A Caixa Econômica Federal ainda não divulgou o rateio do sorteio.
Mega-Sena, concurso 2.739
Reprodução/Caixa
Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos.
É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

Dólar sobe e fecha a R$ 5,46, no maior patamar registrado no governo Lula; Ibovespa sobe

Dólar opera em baixa após decisão unânime do Copom de manter taxa Selic a 10,50% ao ano; Ibovespa sobe
A moeda norte-americana avançou 0,38%, cotada a R$ 5,4622, no maior nível desde julho de 2022. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira encerrou com alta de 0,15%, aos 120.446 pontos. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar inverteu o sinal negativo visto pela manhã e fechou em alta nesta quinta-feira (20), a R$ 5,46, atingindo o maior valor registrado no governo Lula 3. Este também é o maior patamar desde julho de 2022, quando fechou em R$ 5,4977.
O movimento acompanhou o avanço da moeda no exterior, em dia de alta dos rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) e veio à medida que investidores repercutiam novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC).
Na véspera, o colegiado decidiu manter a Selic, taxa básica de juros, inalterada em 10,50% ao ano. A decisão já era amplamente esperada pelo mercado, tendo em vista a volta da aceleração da inflação e a disparada recente do preço do dólar.
No entanto, algo que agradou investidores foi o fato de decisão pela manutenção dos juros no atual patamar ter sido unânime entre todos os dirigentes do Copom. (entenda mais abaixo)
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), encerrou em alta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar avançou 0,38%, cotado a R$ 5,4622. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou altas de:
1,49% na semana;
4,06% no mês;
12,56% no ano.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,15%, cotada a R$ 5,4417.

Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou com alta de 0,15%, aos 120.446 pontos.
Na véspera, o índice fechou com alta de 0,53%, aos 120.261 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,50% na semana;
queda de 1,50% no mês;
recuo de 10,38% no ano.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
O que está mexendo com os mercados?
O destaque desta quinta-feira (20) ficou com a nova decisão do Copom. Após sete reduções seguidas na taxa Selic o colegiado decidiu fazer uma pausa no ciclo de cortes na véspera.
A decisão veio em linha com as atuais expectativas do mercado, mas ainda representa uma previsão maior de juros para 2024 em relação ao observado no começo do ano.
Para analistas, tão importante quanto a própria decisão do colegiado foi o fato de ela ter sido unânime. Votaram para manter a Selic no atual patamar todos os diretores do Copom e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que tem sido alvo de críticas do presidente Lula (PT).
Mesmo que o mercado enxergasse a unanimidade na votação do Copom como uma boa notícia, no entanto, novas falas de Lula nesta quinta-feira (20) voltaram a pressionar o dólar. O presidente lamentou a decisão dos diretores de manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, afirmando que o povo brasileiro é quem mais perde com a decisão.
"A decisão do Banco Central foi investir no mercado financeiro e nos especuladores. Nós queremos investir na produção", afirmou Lula durante entrevista à Rádio Verdinha, em Fortaleza.
Selic em 10,50%: por que o Banco Central interrompeu o ciclo de cortes e quais os sinais sobre o futuro dos juros
No começo desta semana, Lula já havia feito críticas à postura do BC em relação aos juros e ao próprio presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
"Temos situação que não necessita essa taxa de juros. Taxa proibitiva de investimento no setor produtivo. É preciso baixar a taxa de juros compatível com a inflação. Inflação está controlada. Vamos trabalhar em cima do real", afirmou.
Lula ainda disse que o BC é a "única coisa desajustada" no Brasil e que o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, "trabalha para prejudicar o país".
"Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está", afirmou Lula, em entrevista à Rádio CBN.
Além disso, ainda pesa a incerteza fiscal sobre o Brasil. Na segunda-feira (17), em entrevista a jornalistas após reunião com Lula para analisar as contas do governo e preparar a elaboração do Orçamento de 2025, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad e do Planejamento, Simone Tebet, afirmaram que o nível elevado de renúncias fiscais na conta do governo federal chamou a atenção do presidente.
"São duas grandes preocupações: o crescimento dos gastos da Previdência e da renúncia tributária. E o aumento dos gastos da Previdência está relacionado também ao aumento das renúncias tributárias", disse Tebet.
"Esses números foram apresentados ao presidente. Ele ficou extremamente mal impressionado com o aumento dos subsídios", acrescentou a ministra.
Por fim, ainda fica no radar os eventuais sinais sobre o futuro da taxa de juros nos Estados Unidos. Analistas previam que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deveria iniciar um ciclo de corte nas taxas no começo do ano, o que não aconteceu.
Agora, o mercado espera que isso ocorra somente uma vez nos últimos três meses de 2024, tendo em vista que a economia dos Estados Unidos se mostrou resiliente durante todo o primeiro semestre.
*Com informações da agência de notícias Reuters

Governo vai anunciar decreto que endurece regras para distribuidoras de energias e facilita suspensão da concessão

O governo vai anunciar nesta quinta-feira (20) um decreto que torna mais rigorosas as regras para distribuidoras de energia e facilita o fim das concessões em caso de serviços mal prestados. O g1 teve acesso ao decreto que será anunciado.
Em renovação de contrato com as empresas, o governo vai estabelecer critérios para a renovação por mais 30 anos.
O objetivo da medida é garantir uma melhora significativa na qualidade dos serviços prestados à população e assegurar a satisfação dos consumidores.
Com a renovação de contratos das distribuidoras, o governo implementará critérios rígidos para a extensão das concessões por mais 30 anos. Entre os novos requisitos estão:
Satisfação do Consumidor: A satisfação dos consumidores será um dos principais indicadores de avaliação das empresas.
Qualidade do serviço: As distribuidoras serão obrigadas a melhorar o nível de qualidade dos serviços entregues à população, com um padrão uniforme para todos os bairros da área de concessão.
Respostas a eventos climáticos extremos: As empresas terão que estabelecer metas claras para a recomposição dos serviços após situações de eventos climáticos extremos.
Saúde financeira: Anualmente, as distribuidoras deverão comprovar a saúde financeira, demonstrando capacidade de investimento e operação eficiente da rede.
Limitação de dividendos: O pagamento de dividendos aos acionistas será limitado caso as empresas descumpram obrigações de qualidade do serviço e atendimento.
Planos de investimento: As distribuidoras precisarão apresentar planos de investimento anuais, que serão aprovados a cada ciclo tarifário e fiscalizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Dólar inverte e passa a subir, com exterior e novas falas de Lula sobre Copom; Ibovespa sobe

Dólar opera em baixa após decisão unânime do Copom de manter taxa Selic a 10,50% ao ano; Ibovespa sobe
No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,15%, cotada a R$ 5,4417, renovando o maior patamar desde janeiro de 2023. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira fechou com alta de 0,53%, aos 120.261 pontos. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar inverteu o sinal negativo visto pela manhã e passou a operar em alta nesta quinta-feira (20), acompanhando o avanço da moeda no exterior e conforme investidores repercutiam novas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC).
Na véspera, o colegiado decidiu manter a Selic, taxa básica de juros, inalterada em 10,50% ao ano. A decisão já era amplamente esperada pelo mercado, tendo em vista a volta da aceleração da inflação e a disparada recente do preço do dólar.
No entanto, algo que agradou investidores foi o fato de decisão pela manutenção dos juros no atual patamar ter sido unânime entre todos os dirigentes do Copom. (entenda mais abaixo)
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), passou a oscilar entre altas e baixas.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 13h50, o dólar subia 0,33%, cotado a R$ 5,4599. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,15%, cotada a R$ 5,4417.
Com o resultado, acumulou altas de:
1,11% na semana;
3,67% no mês;
12,14% no ano.

Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,10%, aos 120.375 pontos.
Na véspera, o índice fechou com alta de 0,53%, aos 120.261 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,50% na semana;
queda de 1,50% no mês;
recuo de 10,38% no ano.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
O que está mexendo com os mercados?
O destaque desta quinta-feira (20) fica com a nova decisão do Copom. Após sete reduções seguidas na taxa Selic o colegiado decidiu fazer uma pausa no ciclo de cortes na véspera.
A decisão veio em linha com as atuais expectativas do mercado, mas ainda representa uma previsão maior de juros para 2024 em relação ao observado no começo do ano.
Para analistas, tão importante quanto a própria decisão do colegiado foi o fato de ela ter sido unânime. Votaram para manter a Selic no atual patamar todos os diretores do Copom e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que tem sido alvo de críticas do presidente Lula (PT).
Mesmo com a boa notícia da unanimidade na votação do Copom, no entanto, novas falas de Lula nesta quinta-feira (20) voltaram a pressionar o dólar. O presidente lamentou a decisão dos diretores de manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, afirmando que o povo brasileiro é quem mais perde com a decisão.
"A decisão do Banco Central foi investir no mercado financeiro e nos especuladores. Nós queremos investir na produção", afirmou Lula durante entrevista à Rádio Verdinha, em Fortaleza.
Selic em 10,50%: por que o Banco Central interrompeu o ciclo de cortes e quais os sinais sobre o futuro dos juros
No começo desta semana, Lula já havia feito críticas à postura do BC em relação aos juros e ao próprio presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
"Temos situação que não necessita essa taxa de juros. Taxa proibitiva de investimento no setor produtivo. É preciso baixar a taxa de juros compatível com a inflação. Inflação está controlada. Vamos trabalhar em cima do real", afirmou.
Lula ainda disse que o BC é a "única coisa desajustada" no Brasil e que o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, "trabalha para prejudicar o país".
"Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está", afirmou Lula, em entrevista à Rádio CBN.
Além disso, ainda pesa a incerteza fiscal sobre o Brasil. Na segunda-feira (17), em entrevista a jornalistas após reunião com Lula para analisar as contas do governo e preparar a elaboração do Orçamento de 2025, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad e do Planejamento, Simone Tebet, afirmaram que o nível elevado de renúncias fiscais na conta do governo federal chamou a atenção do presidente.
"São duas grandes preocupações: o crescimento dos gastos da Previdência e da renúncia tributária. E o aumento dos gastos da Previdência está relacionado também ao aumento das renúncias tributárias", disse Tebet.
"Esses números foram apresentados ao presidente. Ele ficou extremamente mal impressionado com o aumento dos subsídios", acrescentou a ministra.
Por fim, ainda fica no radar os eventuais sinais sobre o futuro da taxa de juros nos Estados Unidos. Analistas previam que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deveria iniciar um ciclo de corte nas taxas no começo do ano, o que não aconteceu.
Agora, o mercado espera que isso ocorra somente uma vez nos últimos três meses de 2024, tendo em vista que a economia dos Estados Unidos se mostrou resiliente durante todo o primeiro semestre.
*Com informações da agência de notícias Reuters

Dólar opera em baixa após decisão unânime do Copom de manter taxa Selic a 10,50% ao ano; Ibovespa sobe

Dólar opera em baixa após decisão unânime do Copom de manter taxa Selic a 10,50% ao ano; Ibovespa sobe
No dia anterior, a moeda norte-americana avançou 0,15%, cotada a R$ 5,4417, renovando o maior patamar desde janeiro de 2023. Já o principal índice acionário da bolsa de valores brasileira operava em alta nos últimos minutos do pregão. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar opera em bixa nesta quinta-feira (20), com investidores repercutindo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) de manter a Selic, taxa básica de juros, inalterada em 10,50% ao ano.
A decisão já era amplamente esperada pelo mercado, tendo em vista a volta da aceleração da inflação e a disparada recente do preço do dólar.
No entanto, algo que agradou investidores foi o fato de decisão pela manutenção dos juros no atual patamar ter sido unânime entre todos os dirigentes do Copom.
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira (B3), opera em alta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 10h45, o dólar caía 0,51%, cotado a R$ 5,4141. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,15%, cotada a R$ 5,4417. Na máxima do dia, no entanto, enquanto o mercado aguardava o Copom, chegou a bater R$ 5,4826.
Com o resultado, acumulou altas de:
1,11% na semana;
3,67% no mês;
12,14% no ano.

Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,93%, aos 121.379 pontos.
Na véspera, o índice fechou com alta de 0,53%, aos 120.261 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,50% na semana;
queda de 1,50% no mês;
recuo de 10,38% no ano.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
O que está mexendo com os mercados?
Após sete reduções seguidas na taxa Selic o Copom decidiu fazer uma pausa no ciclo de cortes nesta quarta-feira (19). A decisão veio em linha com as atuais expectativas do mercado, mas ainda representa uma previsão maior de juros para 2024 em relação ao observado no começo do ano.
Para analistas, tão importante quanto a própria decisão do colegiado foi o fato de ela ter sido unânime. Votaram para manter a Selic no atual patamar todos os diretores do Copom e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que tem sido alvo de críticas do presidente Lula (PT).
A reunião anterior do colegiado (em 8 de maio) foi marcada por uma divisão de votos: os antigos diretores queriam um corte de 0,25 pontos percentuais na taxa de juros, enquanto os novos diretores, indicados por Lula, votaram por um corte maior, de 0,50 ponto. O voto de minerva foi do presidente do BC — concretizando, então, o corte de 0,25 ponto.
Aquele cenário elevou os receios do mercado de que os novos diretores pudessem optar por uma condução mais frouxa da política monetária — em linha com o que quer o governo. Por isso, a nova decisão do Copom, mais dura e unânime, foi vista com alívio por investidores.
O grande destaque do dia fica com a reunião do Copom. A expectativa geral é que o BC mantenha os juros em 10,50% ao ano, mas o mercado aguarda mais detalhes que serão divulgados no comunicado da instituição após o encontro.
No início da semana, pesou sobre o mercado declarações feitas pelo presidente Lula, que voltou a criticar a postura do BC em relação aos juros, afirmando que o país não precisa de uma taxa elevada.
"Temos situação que não necessita essa taxa de juros. Taxa proibitiva de investimento no setor produtivo. É preciso baixar a taxa de juros compatível com a inflação. Inflação está controlada. Vamos trabalhar em cima do real", completou.
Lula disse que o BC é a "única coisa desajustada" no Brasil e que o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, "trabalha para prejudicar o país".
"Só temos uma coisa desajustada neste país: é o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Presidente que tem lado político, que trabalha para prejudicar o país. Não tem explicação a taxa de juros estar como está", afirmou Lula, em entrevista à Rádio CBN.
Sobre o presidente do BC, Lula disse que Roberto Campos Neto tem pretensões políticas e sugeriu que ele pode assumir um cargo no Governo do Estado de São Paulo quando seu mandato acabar: "A quem esse rapaz é submetido? Como vai a festa em SP quase assumindo candidatura a cargo no governo de SP? Cadê a economia dele?", questionou.
Vale lembrar que o mandato de Campos Neto acaba em 2024 e que, desde 2021, a legislação brasileira determina a autonomia do BC, que deve tomar suas decisões sem interferência política. No entanto, Lula afirmou que vai indicar para a presidência da instituição alguém com "compromisso com o crescimento do país".
A legislação determina que o presidente e os diretores do BC terão mandatos de 4 anos não coincidentes com a presidência da República – um novo presidente assume o BC, então, no terceiro ano de mandato de cada presidente da República.
Cabe ao presidente da república indicar nomes para o comando do BC, mas estes só serão aprovados com aval do Senado Federal.
'Só temos uma coisa desajustada no Brasil: é o comportamento do Banco Central', diz Lula
Junto a isso, pesa a incerteza fiscal sobre o Brasil. Na última semana, falas do presidente Lula aumentaram a percepção de que o governo não conseguirá reduzir seus gastos, o que fez disparar o preço do dólar.
Na entrevista à CBN, Lula também foi questionado sobre corte de gastos do governo, outr ponto de tensão nos mercados nos últimos dias. Ele afirmou que o governo prepara uma proposta de Orçamento para encaminhar ao Congresso, mas não deu detalhes sobre redução de despesas.
Perguntado sobre gastos com previdência, despesas com saúde e educação e aposentadoria de militares, Lula disse que "nada é descartável".
Na segunda-feira (17), em entrevista a jornalistas após reunião com o presidente Lula para analisar as contas do governo e preparar a elaboração do Orçamento de 2025, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad e do Planejamento, Simone Tebet, afirmaram que o nível elevado de renúncias fiscais na conta do governo federal chamou a atenção do presidente.
"São duas grandes preocupações: o crescimento dos gastos da Previdência e da renúncia tributária. E o aumento dos gastos da Previdência está relacionado também ao aumento das renúncias tributárias", disse Tebet.
"Esses números foram apresentados ao presidente. Ele ficou extremamente mal impressionado com o aumento dos subsídios", acrescentou a ministra.
Além disso, outro fator que tem impulsionado o dólar nas últimas semanas é a perspectiva de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos. Analistas previam que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deveria iniciar um ciclo de corte nas taxas no começo do ano, o que não aconteceu.
Agora, o mercado espera que isso ocorra somente uma vez nos últimos três meses de 2024, tendo em vista que a economia dos Estados Unidos se mostrou resiliente durante todo o primeiro semestre.