As novas motos de 2024: veja 13 modelos que serão lançados no 2º semestre

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Confira quais serão as motos mais importantes lançadas na segunda metade do ano. Montadoras prometem motocicletas premium com preço acessível. País vai receber novos modelos que vão de motos simples para o dia a dia até as mais robustas para encarar trilhas
g1
O segmento de motocicletas está a todo vapor em 2024. Basta ver que o número de motos vendidas teve aumento de 19,7% no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados da federação dos distribuidores (Fenabrave).
Outro número que chama atenção é o da produção de motocicletas no primeiro semestre de 2024, que teve aumento de 13,5% se comparado ao mesmo período de 2023. Os dados são da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo).
Essa alta pode ser explicada pela elevação nos preços dos carros e também pelo comportamento do consumidor, que vê nas motocicletas uma alternativa mais acessível para deixar o transporte público.
"O cenário econômico continua favorável e tivemos 19 lançamentos de motos na primeira metade do ano. A moto é um veículo que contribui muito a melhorar a mobilidade nas grandes cidades. A crise sanitária de Covid-19 aumentou o consumo de motocicletas em todas as modalidades: delivery, no dia a dia e para o lazer", afirmou Marcos Bento, presidente da Abraciclo.
A partir desta nova perspectiva dos compradores, as marcas estão investindo cada vez mais em comodidade e facilidade de pilotagem, conforme o g1 já mostrou com os lançamentos das novas Honda Pop 110i ES e da scooter Elite 125.
E não é só na reformulação de produtos no mercado que as marcas apostam, mas na forte ampliação de portfólio para captar o coração daquele cliente que ainda não faz parte do mundo sobre duas rodas.
Essa diversificação do perfil é provada através da divisão de mercado de cada fabricante. Segundo levantamentos da Fenabrave, a Honda dominava 80,36% do mercado, enquanto Yamaha abocanhava 12,56%, e na terceira posição aparecia a Dafra com 1,45% no período de janeiro a junho de 2014.
Hoje, 10 anos depois, o cenário demonstra um recuo do domínio da Honda, que fica com 70,76% do mercado. Ainda existe uma fatia grande para a montadora japonesa, mas houve um crescimento importante da Yamaha, que subiu para 17,52%, e da Shineray, com 3,27%, surgindo no pódio das três mais vendidas.
Abaixo, veja quais são os lançamentos mais importantes desse segundo semestre.
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BMW R12
BMW R 12
Divulgação | BMW
A BMW já começou a produzir a R12 na fábrica de Manaus e a motocicleta está prometida para setembro.
Com motor boxer de dois cilindros, ela é capaz de entregar potência de carro de entrada: 95 cv e 12 kgfm de torque. Suas rodas são de 19 polegadas na dianteira e 16 polegadas na traseira.
Além de ter um visual bastante chamativo, que mescla características de estradeiras (mais baixa e com posição mais confortável de pilotagem) e naked (deixando à mostra as partes técnicas como motor e sistema de escapes), a R12 tem um bom pacote tecnológico.
Tem controle de cruzeiro adaptativo (que segue um veículo à frente), assistente de partida em subidas (que segura a moto até engatar a marcha e começar a arrancar), controle de pressão dos pneus, painel TFT com conectividade para celular e chave presencial.
Preço estimado: entre R$ 65 mil e R$ 75 mil
Ducati Scrambler
Ducati Scrambler 2024
Divulgação | Ducati
Prevista para outubro, a Scrambler terá mudanças sutis no visual: novas abas para o tanque, iluminação totalmente em LED e o formato do farol em “X”.
Apesar de redesenhadas, as rodas permanecem com 18 polegadas na dianteira e 17 na traseira. O motor de dois cilindros possui 803 cilindradas e entrega 73 cv de potência e 6,7 kgfm de torque.
Para facilitar a pilotagem, o modelo italiano traz ainda acelerador eletrônico, quickshifter (que é a possibilidade de passar as marchas sem utilizar a embreagem), modos de pilotagem e ainda um novo painel em TFT.
Preço estimado: não divulgado
Honda
A Honda já reformulou alguns produtos no primeiro semestre (Pop, Elite e Tornado), mas ainda tem muitos outros para adequar ao PROMOT 5, o Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos que começa a valer a partir de janeiro de 2025.
Honda CG e Bros devem ter atualizações em seus propulsores de 160 cilindradas para se "alinharem" ao marco regulatório. Não se sabe, no entanto, se elas perderão potência, como tem ocorrido com algumas motocicletas da montadora para entrarem no novo padrão.
Procurada pelo g1, a Honda não comenta os lançamentos.
Abaixo, as novidades da marca.
NX 500
Honda NX 500
Divulgação | Honda
A Honda mantém segredo sobre suas estratégias de lançamento, mas há um fato: a marca afirmou que seriam 10 lançamentos em 2024 e até agora só três foram revelados.
Assim, tirando as atualizações de motores (CG e Bros), ainda faltam cinco. Uma delas é a NX 500, que deve ser lançada até o fim do semestre. Ela é a substituta da CB 500X.
Preço estimado: não divulgado
Hornet 500
Honda CB 500 Hornet
Divulgação | Honda
A outra é a CB 500 Honet, que foi apresentada no Salão de Milão deste ano. A Hornet chegará para substituir a CB 500F.
O motor é o mesmo para a versão aventureira (NX 500), com 471 cm³ que rende 48 cv de potência e 4,3 kgfm de torque. A Hornet virá com controle de tração para ficar mais dócil para motociclistas iniciantes.
Preço estimado: não divulgado
ADV 160
Assim como a PCX, a scooter mais vendida do Brasil, que passou por uma alteração de motor no ano passado, a ADV, versão aventureira, também passará pela mesma evolução.
Parece pouco, mas nesse segmento faz bastante diferença migrar de um motor de 150 cm³ para 160 cm³. Principalmente porque o novo propulsor 160 apresenta a potência de 15,8 cv, mas sobretudo o torque de 1,5 kgfm, em rotações mais baixas, o que auxilia nas melhores arrancadas e economia de combustível.
Se este motor, que já está presente na ADV na Indonésia, realmente vier para o Brasil, haverá um incremento de potência e torque significativo: mais 2,6 cv e 0,2 kgfm, respectivamente.
Preço estimado: não divulgado
Transalp 750
Honda Transalp 750
Divulgação | Honda
Apresentada no final de 2022 no mercado internacional, a Transalp 750 pode ser uma boa pedida para quem gosta de aventuras. Ela já está presente no mercado norte-americano e deve desembarcar até o final do ano no Brasil.
O motor é um bicilíndrico refrigerado a água e 755cm³. A potência é de 92 cv e o torque, 7,5 kgfm. O câmbio é de seis velocidades.
A motocicleta já deve estar na reta final de desenvolvimento e homologação em solo brasileiro, pois a Honda registrou a Transalp no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) em setembro do ano passado.
Preço estimado: não divulgado
Royal Enfield
Himalayan 450
Royal Enfield Himalayan 450
Divulgação | Royal Enfield
A nova Himalayan 450 não tem nada da antiga vendida aqui no país, a Himalayan 411. Entre as Trail vendidas no Brasil, ela tem o desempenho que menos agrada.
A principal diferença dos motores, além da cilindrada, é a refrigeração, que passa a ser líquida na nova Himalayan.
A sorte dos amantes do modelo é que a Himalayan 450 chegará com quase o dobro de potência da 411: são 40 cv contra 24,5 cv da atual. A chegada está prevista para o final de 2024.
Preço estimado: não divulgado
Shineray
A fabricante quer mudar a imagem de "marca que só tem motos de baixa cilindrada" e provar para o consumidor brasileiro que nem só de 150 cilindradas é feita uma grande montadora.
“O meu concorrente não é a marca X ou Y, mas o ônibus e o metrô. Nós crescemos 137,51% na comparação do primeiro semestre deste ano com o do ano passado”, afirma Wendel Lazko, gerente de expansão da Shineray Brasil.
A Shineray teve que tirar de linha as duas versões da Worker — a 125 e a 150 —, que não apresentaram bons volumes de venda. A marca vai passar de 10 modelos para 16: uma Crossover, uma Naked, uma nova Trail e três estradeiras (ao estilo Harley-Davidson).
Vamos a elas:
Storm 200
A primeira Crossover (termo utilizado para veículos que reúnem características de dois segmentos diferentes) da Shineray é a Storm 200, que chega no próximo mês. Ela une características das naked —motos que não têm as peças plásticas que auxiliam na aerodinâmica — com as trail — modelos voltados para quem precisa rodar na estrada com conforto e conveniência com pitada off-road.
A Storm 200 vai inaugurar o novo motor da marca no Brasil e deve ter 20,3 cv de potência e 1,8 kgfm de torque. O câmbio é manual de seis marchas. Para segurança, terá freios a disco nas duas rodas e ABS de dois canais. Ela estará disponível em três cores: amarelo, preto e cinza.
Preço estimado: R$ 18.990
Flash 250
Shineray Flash 250
Divulgação | QJ Motor
A Flash 250 será a primeira naked da Shineray, tipo de motocicleta que reúne a esportividade e uma posição mais atacante de pilotagem (deitado), mas não traz as carenagens das esportivas de pista.
Ela terá um grande apelo visual também por trazer motor e partes técnicas à mostra. O propulsor terá arrefecimento líquido, o que garante maior eficiência do sistema de resfriamento quando comparado com o arrefecimento a ar.
A transmissão será de seis marchas, o que indica que seu desempenho na estrada será mais confortável pois, com uma marcha a mais, é possível rodar em velocidades mais altas sem que o motor fique “gritando”.
A Shineray tem mais potência (mas menos torque) que a Honda CB 300F Twister. São 27,9 cv e 2,25 kgfm de torque, contra 24,7 cv e 2,67 kgfm.
A vantagem da Honda é ter um motor flex. A diferença fundamental está no valor: a Flash custará em torno de R$ 20 mil, enquanto a CB 300F Twister não sai por menos que R$ 22.370.
Preço estimado: R$ 20 mil
Iron 250
Shineray Iron 250
Divulgação | Shineray
Essa será a primeira cruiser (em tradução livre, estradeira) da marca chinesa por aqui. A marca quer chegar a outros públicos, sem perder a competitividade.
“Não podemos perder a essência que é atender o público com produtos acessíveis”, diz Thomas Medeiros, diretor comercial da Shineray Brasil.
Desta forma, a custom (sinônimo para o mesmo segmento) também terá um valor acessível, que a coloca entre os cinco modelos mais baratos do seu nicho.
Além das Haojue Chopper Road (R$ 13.885) e Master Rider (R$ 16.779), a Iron 250 vai bater de frente com a estradeira da Royal Enfield, a Hunter 350, que parte de R$ 19.990.
Preço estimado: R$ 18 mil
Titaniun e Denver
Shineray Titaniun 250
Divulgação | Shineray
Por falar em concorrência, as custom Titaniun e Denver estão chegando para rivalizar com as estradeiras de 350 cilindradas da Royal Enfield.
O preço da dupla ficará na casa dos R$ 22 mil, semelhante ao praticado pela marca indiana com a Meteor (a partir de R$ 23.770) e Classic (R$ 22.890).
“A Denver vai ser super clássica, com bastante cromado”, afirmou Medeiros, evidenciando que o alvo da Denver é a Classic.
Shineray Denver 250
Divulgação | Shineray
Flash, Iron, Titanium e Denver chegam entre setembro e outubro.
Para 2025, a Shineray promete trazer a sua marca de motos premium, a SWM, voltada para produção de modelos de 300 a 1.200 cilindradas.
As próximas que chegam para o mercado brasileiro, logo no início do primeiro semestre do ano que vem, são Scrambler 400 e Classic 400.
Motos da SWM, marca premium da Shineray, chegam no início de 2025 com motores de 300 a 1200 cilindradas
Divulgação | Shineray
Shi 250 EFI
A moto de trilha (trail) terá uma nova versão com motor de 250 cm³, de um cilindro, que vai entregar 27,9 cv de potência e 2,25 kgfm de torque.
A Shineray já tem uma configuração da Shi em linha com motor de 175 cilindradas. O motor de menor cilindrada disponibiliza 16,31 cv e 1,8 kgfm de torque. As duas vão conviver no mercado e a diferença de preço pode ultrapassar os R$ 4 mil, considerando o atual preço da Shi 175 que é de R$ 14.990.
Ela vai rivalizar com a Yamaha XTZ 250 Lander ABS, que custa R$ 25.790 que tem propulsor que entrega 20,7 cv e 2,1 kgfm. Essa versão chega em agosto.
Preço estimado: R$ 19 mil
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Governo quer colocar travas para apostadores compulsivos em bets e jogos, como o do tigrinho

Ideia é que plataforma monitore se apostador passará a ter comportamento fora do normal. Regras para setor vão ser publicadas até o fim do mês e começam a valer a partir de janeiro. O governo prepara travas para tentar evitar que pessoas se tornem dependentes e compulsivas em apostas esportivas e jogos online, como o jogo do tigrinho.
O Ministério da Fazenda deve concluir nos próximos 15 dias a definição de regras para as plataformas de apostas (popularmente conhecida como bets) e jogos de apostas online. As normas entrarão em vigor a partir de janeiro.
Até o fim do ano, as empresas têm um prazo para se regularizar no Brasil. Os sites que forem aprovados pelo governo poderão ser identificados pelo domínio ‘bet.br’.
“Educação é um jeito que a gente quer muito investir para que o apostador entenda que o lugar correto dele é na casa autorizada, onde ele vai ter de fato chance de se divertir de uma maneira responsável, sem colocar sua saúde mental e financeira em jogo e sem beneficiar, por exemplo, ilicitudes”, disse, em entrevista à TV Globo, Regis Dudena, que passou a chefiar a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda em abril.
A lei do ano passado que trata das bets também prevê regulamentação de apostas em jogos online, cuja atividade, segundo ele, se equipara a sites como o jogo do tigrinho, pois é uma aposta de cota fixa e o prêmio depende da sorte.
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Limites para apostas
Segundo Dudena, cada plataforma será obrigada a monitorar o comportamento dos apostadores e identificar se há compatibilidade com o perfil da pessoa.
“Uma vez vendo uma evolução [nos valores ou quantidades de apostas] que se descole do seu perfil, se descole do seu perfil de renda, se descole da sua própria atividade, o próprio operador vai ser obrigado, por meio da regulamentação, a fazer alguma espécie de aviso no primeiro momento e, eventualmente, quando necessário, [fazer] bloqueios”, explicou o secretário.
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O governo não deve estabelecer previamente qual será o tipo de comportamento que vai gerar esse aviso ou bloqueio. Isso vai depender de cada apostador e a avaliação poderá ser feita com base na quantidade de operações feitas em poucas horas ou num aumento acima do normal para os valores apostados.
As plataformas terão que mostrar para o Ministério da Fazenda qual é o critério usado para os usuários do site. Portanto, elas serão obrigadas a estabelecer limites.
A ideia é que, no futuro, haja também um cadastro unificado no país com os dados das pessoas que foram excluídas para que elas não consigam fazer apostas com outros operadores.
“Num primeiro momento essa restrição ainda não é feita, mas eu vejo como uma evolução possível da regulamentação é ter uma espécie de cadastro centralizado de apostadores excluídos”, afirmou,
Parceria com o SUS
A Secretaria de Prêmios e Apostas também articula um plano com o Ministério da Saúde para estabelecer ações nessa área, como medidas preventivas e tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As plataformas terão que oferecer um botão para o apostador se excluir automaticamente dos cadastros. O objetivo é criar uma porta de saída rápida para quem identificar os vícios nas apostas. Além disso, haverá um canal de contato eletrônico para o apostador compulsivo buscar ajuda com algum representante do site.
Jogo do tigrinho
Dudena informou que a regularização de apostas em jogos online, como o do tigrinho, depende de alguns critérios:
🎲 empresas habilitadas para dar essa certificação vão fazer uma averiguação
🎲 precisa comprovar que o jogo é justo, ou seja, se ele é de fato aleatório
🎲 precisa comprovar que o jogo é aposta de cota fixa, ou seja, o apostador sabe quanto ganhará a depender de quanto apostar e do resultado
🎲 jogo certificado também estará com domínio ‘bet.br’
Segundo ele, atualmente há diversas páginas que usam recursos semelhantes ao jogo original, o Fortune Tiger, e se aproveitam disso para cometer ilegalidades.
“Fraude e lavagem de dinheiro continua sendo ilegal e merece ser coibida pela lei. Isso não pode se misturar com os jogos. Então nós estamos criando essa regulamentação justamente para conseguir separar o que é meramente um jogo que, uma vez certificado e ofertado por um agente operador autorizado, possa ser apostado, do que é ilegalidades. As ilegalidades têm que ser expurgadas desse ambiente de qualquer forma, desde logo”, disse o secretário.
Sites autorizados
O governo já começou a dar aval para plataformas de apostas que querem se regularizar e espera que isso se intensifique no segundo semestre.
“Uma vez estando no ‘bet.br’, você tem certeza de que é uma empresa autorizada e que você vai poder recorrer, seja a Secretaria de Prêmios e Apostas, seja outros órgãos do poder público, contra esse agente, caso ele venha a desrespeitar ou a legislação e a regulamentação específica ou a legislação de outros setores”, explicou.
A partir de janeiro, vai ser colocado em prática também uma operação para derrubar os sites que não se regularizarem.
Uma forma é tirar os sites do ar e também seguir o rastro do dinheiro. A ideia é, numa parceria com o Banco Central, bloquear a transferência de dinheiro da empresa de apostas de operadores irregulares.

Mega-Sena pode pagar R$ 21 milhões nesta terça-feira

Governo avalia liberar Fortune Tiger no Brasil e bloquear acesso a sites do exterior
As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h
Marcelo Brandt/G1
O concurso 2.749 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 21 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (16), em São Paulo.
No concurso do último sábado (13), ninguém levou o prêmio máximo.
A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer.
A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados.
Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos.
É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

Primeiras notas do real vão sair de circulação; entenda por quê

Governo avalia liberar Fortune Tiger no Brasil e bloquear acesso a sites do exterior
Cédulas serão recolhidas por instituições financeiras, conforme instrução do Banco Central do Brasil. Apesar da medida, as notas seguem valendo e podem ser utilizadas normalmente. Nota de R$ 10 (primeira família do real).
Reprodução/Banco Central
As primeiras notas de real emitidas no país vão sair de circulação. A informação consta em uma instrução normativa publicada na última semana pelo Banco Central do Brasil (BC) e vale para a chamada "primeira família do real".
A orientação do BC é que os bancos recolham as cédulas antigas para que sejam substituídas por novas. Apesar da medida, as notas antigas não perdem validade e podem continuar sendo utilizadas normalmente.
"Considerando o tempo de vida útil destas cédulas, é de se supor que suas condições físicas não estejam adequadas à circulação", justificou o BC.
De acordo com a autoridade monetária, notas em condições não adequadas "geram dificuldades logísticas para toda a cadeia de execução dos serviços", incluindo caixas eletrônicos, máquinas contadoras, entre outros equipamentos.
"Cédulas desgastadas e em mau estado também dificultam o reconhecimento de seus elementos de segurança por parte da população", informou a instituição.
Ainda segundo o BC, as notas da primeira família do real (lançadas em 1994) representam, atualmente, 3% do dinheiro em circulação.
As novas cédulas — consideradas a "segunda família do real" — começaram a circular em 2010, com os valores de R$ 50 e R$ 100.
Em 2012, foi a vez da nova safra de R$ 10 e R$ 20 e, em 2013, de R$ 2 e R$ 5. A versão mais recente é a de R$ 200 — que não existia na primeira família do real —, lançada em 2020.

Governo avalia liberar Fortune Tiger no Brasil e bloquear acesso a sites do exterior

Governo avalia liberar Fortune Tiger no Brasil e bloquear acesso a sites do exterior
Segundo integrantes do Ministério da Fazenda, caça-níquel virtual precisa de alguns ajustes para estar adequado à categoria de jogos online prevista na lei das bets. Portaria que regulamenta o segmento deve ser publicada neste mês. Governo avalia se pode liberar o jogo do Tigrinho
O governo federal acredita que o Fortune Tiger pode ser oferecido pelas plataformas de apostas estabelecidas no Brasil e pretende bloquear sites que ofereçam esse jogo online a partir do exterior (entenda mais abaixo). A informação é de integrantes do Ministério da Fazenda ouvidos pelo g1.
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🐯 Um dos mais populares caça-níqueis online no Brasil atualmente, o Fortune Tiger foi criado por uma empresa com sede em Malta e é oferecido aos jogadores brasileiros por plataformas de apostas sediadas no exterior;
🐯 O Fortune Tiger é um tipo de caça-níquel, ou jogo de slots. Nesse tipo de jogo, os resultados devem ser definidos de forma aleatória e o prêmio deve depender exclusivamente da sorte. Os apostadores podem ganhar, mas, normalmente, a maior chance é de perder (semelhante ao que acontece, por exemplo, numa loteria.)
🐯 O setor das bets e alguns especialistas avaliam que o Fortune Tiger se enquadra no trecho da lei das bets. Isso porque ela trata jogos online baseados em aleatoriedade. Outros veem como ilegal em razão de um decreto-lei de 1946 que proíbe jogos dependentes exclusivamente da sorte;
🐯 Oficialmente, o Ministério da Fazenda diz que ainda está elaborando as normas sobre jogos online que vão definir se um determinado jogo cumpre ou não as regras para ser oferecido a partir das empresas sediadas no Brasil.
Em reservado, entretanto, integrantes do Ministério da Fazenda ouvidos pelo g1 dizem que o Fortune Tiger — conhecido popularmente como jogo do tigrinho – tem quase todas as características necessárias para se enquadrar na lei das bets, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Lula (PT) em dezembro de 2023.
Na visão dessas fontes, a lei que trata das apostas esportivas abriu a possibilidade de as plataformas oferecerem jogos online como o Fortune Tiger, definidos como aqueles em que:
a) há quota fixa, ou seja, o apostador sabe quanto ganhará a depender de quanto apostar e do resultado;
b) em que o resultado é determinado de forma aleatória, a partir de um gerador randômico de números, símbolos, figuras ou objetos.
Os integrantes da Fazenda ressaltam que, atualmente, outros jogos com características semelhantes ao Fortune Tiger, que também usam roletas e símbolos, podem não ter as condições para serem oferecidos legalmente no Brasil.
Para validar quais jogos atendem a essas condições, a lei das bets previu que todos os jogos passem por certificação de empresas credenciadas pelo Ministério da Fazenda. Até o momento, há quatro: Gaming Associates Europe Ltd, BMM Spain Testlabs, eCogra Limited e Gaming Laboratories International LLC.
SP teve mais de 500 registros de BOs contra o cassino online; suspeitos podem responder por quatro crimes
Bloqueio de acesso a sites hospedados no exterior
O mercado regulado de apostas no Brasil vai começar a funcionar em 1º de janeiro de 2025. A partir de então, as empresas que quiserem oferecer os serviços no Brasil vão precisar estar sediadas no país e cumprir as regras estabelecidas pelo Ministério da Fazenda, como a certificação de jogos e a abertura de um domínio bet.br.
Até hoje, duas empresas pediram autorização para operar no Brasil.
Para evitar que os jogadores sigam jogando em sites do exterior, o Ministério da Fazenda quer que o acesso a eles seja bloqueado, e para isso pretende acionar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que ficaria responsável por acionar as operadoras de internet.
Nesse sentido, nas últimas semanas, a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), que tem feito credenciamento de plataformas de apostas online, foi à Justiça para tentar impedir que sites de bets não credenciados por ela fossem impedidos de oferecer o serviço para apostadores do estado. A medida é vista na Fazenda como precipitada.
Fortune Tiger
Reprodução
Bets vão ter de fazer avaliação de risco de apostadores
Segundo o g1 apurou, o Ministério da Fazenda deve publicar ainda este mês 7 portarias para regulamentar o mercado de apostas.
Uma delas, publicada nesta sexta-feira (12), estabelece que as plataformas estabelecidas no Brasil terão que identificar, qualificar e fazer classificação de risco dos apostadores e comunicar transações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do governo federal que atua no combate à lavagem de dinheiro (leia mais).
Outras devem tratar de
Regras para os caça-níqueis virtuais e outros jogos online;
Direitos e deveres das casas de aposta com os apostadores;
Prevenção ao vício em jogos;
Promessas infundadas de lucro são proibidas
Nos últimos meses, operações policiais em vários estados do país têm mirado influenciadores que divulgam jogos tipo o Fortune Tiger.
Em Alagoas, por exemplo, a Polícia Civil descobriu que uma influenciadora usava uma conta de demonstração, que prometia um ganho rápido de R$ 500 que não acontece quando se joga de fato.
A suspeita, em casos como esses, é de estelionato, que é o crime de lucrar ilegalmente induzindo alguém a erro.
A lei das bets trata do assunto. Ela proíbe as plataformas de veicular informações infundadas sobre a probabilidade de ganhar ou de dar a entender que as apostas podem ser uma alternativa ao emprego, solução para problemas financeiros, fonte de renda adicional ou forma de investimento financeiro.
Além disso, a lei obriga empresas que ofertam publicidade na internet a excluir as propagandas que estejam em desacordo com as regras.
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