TCU abre processo que pode levar à suspensão de acordo entre governo e empresa de energia do grupo J&F

Corte atendeu a pedido do Ministério Público de Contas, que disse que o acordo pode beneficiar indevidamente a empresa Âmbar. Para o MP, medida seria contrária aos princípios de isonomia e moralidade, além de gerar insegurança jurídica e prejuízos aos consumidores de energia elétrica. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou a suspensão do acordo entre o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Âmbar Energia S.A., do grupo J&F. A representação baseia-se em possíveis irregularidades no procedimento, alegando que o acordo é lesivo ao interesse público.
Segundo o MP, o acordo, previsto para vigorar a partir de 22 de julho de 2024, poderia beneficiar indevidamente a Âmbar, contrariando princípios de isonomia e moralidade, além de gerar insegurança jurídica e prejuízos aos consumidores de energia elétrica.
O MP solicitou que o TCU:
Avalie as irregularidades dos contratos de energia de reserva.
Determine ao MME a rescisão dos contratos, caso seja comprovado descumprimento contratual pela Âmbar.
Suspenda cautelarmente o acordo até que o mérito da questão seja decidido.
Avalie se a medida provisória beneficia indevidamente a Âmbar.
A denúncia ocorre após revelações de que encontros entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e executivos da Âmbar Energia, não constaram na agenda oficial.
A medida provisória foi editada pouco após essas reuniões, favorecendo a Âmbar e repassando custos aos consumidores. A GloboNews confirmou que o presidente da Âmbar Energia, Marcelo Zanatta, esteve no MME pelo menos 20 vezes desde janeiro de 2023.
Em nota, a Âmbar disse que o novo acordo vai poupar dinheiro dos consumidores.
"As concessões feitas pela Âmbar no acordo trazem uma economia de mais de R$ 9 bilhões para os consumidores de energia em relação ao contrato original ao qual a empresa tem direito. Além de reduzir a receita pela metade, a Âmbar se compromete a manter a energia disponível pelo dobro do prazo original e desobriga o consumidor de pagar pela geração de energia quando ela não for necessária", afirma a nota.
O que dizem os envolvidos
O Ministério de Minas e Energia afirmou que a intenção de venda dos ativos da Eletrobras era pública desde julho de 2023 e que a medida provisória não foi discutida diretamente com a Âmbar.
A Âmbar Energia declarou que realizou um negócio privado após um processo competitivo e que nunca tratou do tema com o MME.
Afirmou ainda que a medida provisória visa o reequilíbrio econômico da Amazonas Energia, uma situação conhecida por todos os agentes do mercado elétrico.

Dólar abre em queda nesta sexta-feira, de olho no fiscal e em novos dados de inflação nos EUA

Ministério da Fazenda publica portaria sobre prevenção à lavagem de dinheiro em apostas esportivas e jogos online
Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,55%, cotada a R$ 5,4420. Já o principal índice de ações da bolsa subiu 0,85%, aos 128.294 pontos. Dólar
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O dólar abriu em queda nesta sexta-feira (12), conforme investidores seguem atentos ao cenário fiscal brasileiro e ao quadro de juros nos Estados Unidos.
Por aqui, há a expectativa do mercado por sinais mais concretos do governo para o contingenciamento de gastos públicos, após o Congresso ter adiado para a próxima semana a votação da desoneração da folha para 17 setores, uma vez que ainda não há consenso sobre as medidas para compensar seu custo fiscal. Na agenda, novos dados de serviços seguem no radar.
No exterior, o foco continua com os sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na condução da política monetária dos Estados Unidos, após a inflação do país ter vindo abaixo do esperado.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula
CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas
Dólar
Às 09h16, o dólar caía 0,37%, cotado em R$ 5,4220. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda subiu 0,55%, cotada em R$ 5,4420.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,36% na semana;
recuo de 2,62% no mês;
alta de 12,15% no ano.

Ibovespa
As negociações do Ibovespa, por sua vez, começam apenas às 10h.
Na véspera, o índice fechou em alta de 0,85%, aos 128.294 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 1,60% na semana;
ganhos de 3,54% no mês;
perdas de 4,39% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
As taxas de juros norte-americanas continuam no radar dos investidores nesta sexta-feira (12), principalmente após os bons resultados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), dos Estados Unidos, divulgados na véspera.
Segundo dados do Departamento de Trabalho, os preços caíram 0,1% em um mês, contrariando as previsões de analistas, que contavam com um ligeiro aumento de 0,1%, e de 3,1% em um ano.
Excluindo os preços da energia e dos alimentos, comumente mais voláteis, a chamada inflação subjacente aumentou ligeiramente em um mês, em 0,1%, mas este é o menor índice desde agosto de 2021. O mercado esperava um aumento de 0,2%, segundo o MarketWatch.
Com isso, os mercados aumentaram as apostas de que o Fed deve começar a cortar os juros por lá em setembro. Segundo dados da ferramenta FedWatch do CME Group, as chances de corte na reunião de setembro subiram de 72,2% para 88,1% em uma semana, de acordo com as estimativas dos analistas.
"A inflação ao consumidor benigna de junho vem na sequência de outros dados menos pressionados de inflação e atividade, o que levou os mercados a acreditar que o Federal Reserve começará a cortar os juros em setembro, após sinalizá-lo na sua próxima reunião de política monetária em julho", afirmaram analistas da XP.
Nesta semana, o presidente da instituição, Jerome Powell, já havia afirmado que a inflação do país “permanece acima” da meta de 2% do Fed, mas tem melhorado nos últimos meses. Ele acrescentou que novos dados positivos fortaleceriam o argumento para cortes na taxa de juros.
"Mais dados bons fortaleceriam nossa confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável em direção a 2%", disse Powell.
Ter uma inflação em direção à meta é um dos requisitos para a flexibilização da política monetária. Powell também comparou a falta de progresso nos primeiros meses do ano com a melhora recente nos dados. Na prática, o cenário mais positivo ajudou a construir uma base de confiança de que as pressões sobre os preços continuarão a diminuir.
Além disso, ele observou que o Fed agora está preocupado com os riscos para o mercado de trabalho e para a economia caso as taxas permaneçam altas durante muito tempo. “Após a falta de progresso em direção ao nosso objetivo de inflação de 2% no início deste ano, as leituras mensais mais recentes mostraram progressos adicionais modestos”, disse Powell.
Agora, a expectativa fica pelo índice de preços ao produtor norte-americano, outro indicador relevante de inflação do país que deve ser divulgado hoje.
Já no cenário doméstico, investidores continuam atentos a eventuais sinais sobre o quadro fiscal brasileiro. Além de o Congresso ter adiado a votação da desoneração da folha para 17 setores, também há expectativa pela aprovação da reforma tributária, que agora está nas mãos do Senado.
É importante lembrar que as regras da reforma tributária serão aplicadas de forma escalonada nos próximos anos, e todos seus efeitos serão sentidos ao longo do tempo.
Na agenda, o volume do setor de serviços do Brasil ficou estável em maio em relação a abril. Já em relação a igual mês do ano anterior, o indicador teve uma alta de 0,8%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Balanços corporativos do segundo trimestre e o noticiário corporativo também ficam sob os holofotes.
*Com informações da agência de notícias Reuters.

Governo avalia que Fortune Tiger pode ser liberado no Brasil e vai tentar bloquear acesso a sites do exterior

Ministério da Fazenda publica portaria sobre prevenção à lavagem de dinheiro em apostas esportivas e jogos online
Segundo integrantes do Ministério da Fazenda, caça-níquel virtual precisa de alguns ajustes para estar adequado à categoria de jogos online prevista na lei das bets. Portaria que regulamenta o segmento deve ser publicada neste mês. Fortune Tiger
Reprodução
O governo federal acredita que o Fortune Tiger pode ser oferecido pelas plataformas de apostas estabelecidas no Brasil e pretende bloquear sites que ofereçam esse jogo online a partir do exterior (entenda mais abaixo).
🐯Um dos mais populares caça-níqueis online no Brasil atualmente, o Fortune Tiger foi criado por uma empresa com sede em Malta e é oferecido aos jogadores brasileiros por plataformas de apostas sediadas no exterior.
A informação é de integrantes do Ministério da Fazenda ouvidos pelo g1.
Para eles, o Fortune Tiger — conhecido popularmente como jogo do tigrinho – tem quase todas as características necessárias para se enquadrar na lei das bets, aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Lula (PT) dezembro de 2023.
Na visão dessas fontes, a lei que trata das apostas esportivas, abriu a possibilidade de as plataformas oferecem jogos on-line como o Fortune Tiger, definidos como aqueles em que
a) há quota fixa, ou seja, o apostador sabe quanto ganhará a depender de quanto apostar e do resultado;
b) em que o resultado é determinado de forma aleatória, a partir de um gerador randômico de números, símbolos, figuras ou objetos.
Os integrantes da Fazenda ressaltam que, atualmente, outros jogos com características semelhantes ao Fortune Tiger, que também usam roletas e símbolos, podem não ter as condições para serem oferecidos legalmente no Brasil.
Para validar quais jogos atendem a essas condições, a lei das bets previu que todos o jogos passem por certificação de empresas credenciadas pelo Ministério da Fazenda. Até hoje, há quatro: Gaming Associates Europe Ltd, BMM Spain Testlabs, eCogra Limited e Gaming Laboratories International LLC.
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Bloqueio de acesso a sites hospedados no exterior
O mercado regulado de apostas no Brasil vai começar a funcionar em 1º de janeiro de 2025. A partir de então, as empresas que quiserem oferecer os serviços no Brasil vão precisar estar sediadas no país e cumprir as regras estabelecidas pelo Ministério da Fazenda, como a certificação de jogos e a abertura de um domínio bet.br.
Para evitar que os jogadores sigam jogando em sites do exterior, o Ministério da Fazenda quer que o acesso a eles seja bloqueado, e para isso pretende acionar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Nesse sentido, no início do mês, a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), que tem feito credenciamento de plataformas de apostas online, foi à Justiça para tentar impedir que sites de bets não credenciados por ela fossem impedidos de oferecer o serviço para apostadores do estado. A medida é vista na Fazenda como precipitada.
Ansiedade e promessa de lucro fácil levam apostadores a caça-níqueis on-line na madrugada

Bets vão ter de fazer classificação de risco dos apostadores e comunicar operações suspeitas ao Coaf

Ministério da Fazenda publica portaria sobre prevenção à lavagem de dinheiro em apostas esportivas e jogos online
Para operar no Brasil, as empresas de aposta deverão validar a identidade dos apostadores e fazer uma classificação de risco para clientes, funcionários e fornecedores. Apostas esportivas; jogos online
Joédson Alves/Agência Brasil
As plataformas de apostas (popularmente conhecida como bets) terão que identificar, qualificar e fazer classificação de risco dos apostadores e comunicar transações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do governo federal que atua no combate à lavagem de dinheiro.
As determinações constam de uma portaria da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda publicada nesta sexta-feira (12) no Diário Oficial da União.
A qualificação do apostador inclui avaliar a compatibilidade entre a capacidade econômico-financeira dele e a apostas que ele faz e checar se ele é uma pessoa exposta politicamente ou próxima de alguma.
De acordo com a portaria, devem ser objeto de especial atenção as apostas em que haja sinais de falta de fundamentação econômica ou legal, sejam incompatíveis com as práticas do mercado ou tenham indícios de lavagem de dinheiro ou de financiamento ou à proliferação de armas de destruição em massa.
Também devem ser objeto de atenção especial, entre outras:
Apostas esportivas na categoria bolsa de apostas – as bet exchange, nas quais o fator multiplicador da aposta, conhecido como odds, é definida não pela plataforma e sim pelos próprios apostadores – em que haja indício de arranjo entre os apostadores para resultados diferentes e, dividirem o dinheiro do prêmio entre si;
Movimentações atípicas de valores de forma que possa sugerir o uso de ferramenta automatizada;
Incompatibilidade entre as operações realizadas pelo apostador e sua profissão ou sua situação financeira aparente;
As informações devem ser preservadas pelas empresas de aposta por, no mínimo, cinco anos. Além de apostadores, as bets terão de fazer classificação de risco de funcionários e fornecedores.
As regras começam a valer em 1º de janeiro de 2025, quando começa a funcionar o mercado regulado de apostas no Brasil.
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A portaria é parte de uma série de normas que o Ministério da Fazenda deve publicar ainda neste mês sobre as bets. Como o g1 adiantou, uma delas deve tratar especificamente dos jogos on-line, nos quais se enquadram caça-níqueis on-line, como o Fortune Tiger (popularmente conhecido como jogo do tigrinho).
Jogo caça-níquel Fortune Tiger, conhecido como jogo do tigrinho
Matheus Moreira
Apostas esportivas x jogos online:
As apostas esportivas, conhecidas como bets, e os jogos online foram autorizados no Brasil pela lei 14.790/2023. Entenda a diferença entre as duas modalidades:
🎰 jogos on-line são aqueles em que o resultado é determinado de forma aleatória, a partir de um gerador randômico de números, símbolos, figuras ou objetos – definido por sistema de regras.
⚽ apostas esportivas envolvem o desempenho de atletas reais, portanto, não dependem da aleatoriedade.
Quem pode apostar?
A portaria diz que é responsabilidade da bet a implementação de mecanismos para impedir que as seguintes pessoas apostem:
❌menor de 18 (dezoito) anos de idade;
❌ proprietário, administrador, diretor, pessoa com influência significativa, gerente ou funcionário do agente operador;
❌agente público com atribuições diretamente relacionadas à regulação, ao controle e à fiscalização da atividade no âmbito do ente federativo em cujo quadro de pessoal exerça suas competências;
❌pessoa que tenha ou possa ter acesso aos sistemas informatizados de loteria de apostas de quota fixa;
❌pessoa que tenha ou possa ter qualquer influência no resultado de evento real de temática esportiva objeto de loteria de apostas de quota fixa, incluídos:
⚽ pessoa que exerça cargo de dirigente desportivo, técnico desportivo, treinador e integrante de comissão técnica;
⚽ árbitro de modalidade desportiva, assistente de árbitro de modalidade desportiva, ou equivalente, empresário desportivo, agente ou procurador de atletas e de técnicos, técnico ou membro de comissão técnica;
⚽ membro de órgão de administração ou de fiscalização de entidade de administração de organizadora de competição ou de prova desportiva;
⚽ atleta participante de competições organizadas pelas entidades integrantes do Sistema Nacional do Esporte;
🎰pessoa diagnosticada com ludopatia, por laudo de profissional de saúde mental habilitado; e
👤outras pessoas previstas na regulamentação do Ministério da Fazenda.
🎲 Ludopatia, ou vício em jogos de azar, é classificada pelos CID-10-Z72.6 (mania de jogo e apostas) e CID-10-F63.0 (jogo patológico).
Sistema de gestão
O Ministério da Fazenda lançou no mês passado o Sistema de Gestão de Apostas (Sigap) voltado par ao processo de regulação, o monitoramento e a fiscalização do mercado de apostas.
Segundo a pasta, por meio do sistema é possível realizar o processo de solicitação de autorização para exploração das apostas de quota fixa, além de monitorar o jogo responsável e a fiscalização dos sites de apostas.
Pelo endereço, qualquer pessoa pode consultar as solicitações das empresas e verificar se os site estão autorizados a operar no Brasil.

Ministério da Fazenda publica portaria sobre prevenção à lavagem de dinheiro em apostas esportivas e jogos online

Ministério da Fazenda publica portaria sobre prevenção à lavagem de dinheiro em apostas esportivas e jogos online
Apostas esportivas; jogos online
Joédson Alves/Agência Brasil
A Secretaria de Prêmios e Apostas, vinculada ao Ministério da Fazenda, publicou nesta sexta-feira (12) no Diário Oficial da União uma portaria com regras para controle interno das empresas que poderão explorar o mercado de apostas esportivas e os jogos on-line no Brasil.
Com as normas, as empresas que receberem a autorização para praticar a atividade deverão se enquadrar nas políticas, procedimentos e controles internos de prevenção à lavagem de dinheiro. Para isso, deverão cumprir uma série de exigências, como validar a identidade dos apostadores no momento do cadastramento.
O objetivo é proibir que ocorram, por exemplo, apostas de menores de idade, agentes que atuam no ramo esportivo e que possam influenciar nos resultados ou pessoas viciadas em jogos e diagnosticadas com ludopatia.
As informações coletadas de apostadores devem ser mantidas atualizadas e revista sempre que houver alteração no perfil de risco da pessoa classificada
A portaria também define que as empresas devem "implementar procedimentos destinados a conhecer seus funcionários, parceiros e prestadores de serviços terceirizados, incluindo procedimentos de identificação e qualificação para avaliação e mitigação de riscos".
De acordo as normas divulgadas pelo governo, devem ser objeto de especial atenção as apostas e operações a elas associadas que sinalizem:
Falta de fundamento econômico ou legal;
incompatibilidade com práticas usuais da atividade ou de mercado; e
possível indício de prática de LD/FTP ou outro delito correlato.
📌 LD/FTP é a sigla para Sistema de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo e da Proliferação de Armas de Destruição em Massa. Uma cooperação internacional de boas práticas que, no Brasil, é coordenada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Por seguir essa norma, as empresas têm a obrigação de analisar apostas que envolvam, entre outras coisas, pessoas envolvidas ou suspeitas de envolvimento em crimes de lavagem de dinheiro ou contra o sistema financeiro, além de pessoa com domicílio em paraísos fiscais.
Também devem ser analisados perfis com aporte de suspeito, indícios de manipulação de resultados e incompatibilidade de operações de acordo com o padrão habitual do apostador.
Outro ponto de atenção, segundo a portaria, é a movimentação atípica de valores de forma que possa sugerir o uso de ferramenta automatizada por parte do apostador. As informações devem ser preservadas pelas empresas de aposta por, no mínimo, cinco anos.
De acordo com o Ministério da Fazenda, as regras de fiscalização e monitoramento e sanção serão implementadas a partir de 1º de janeiro de 2025.
Sistema de gestão
O Ministério da Fazenda lançou no mês passado o Sistema de Gestão de Apostas (Sigap) voltado par ao processo de regulação, o monitoramento e a fiscalização do mercado de apostas.
Segundo a pasta, por meio do sistema é possível realizar o processo de solicitação de autorização para exploração das apostas de quota fixa, além de monitorar o jogo responsável e a fiscalização dos sites de apostas.
Pelo endereço, qualquer pessoa pode consultar as solicitações das empresas e verificar se os site estão autorizados a operar no Brasil.