+Milionária, concurso 165: é de R$ 247 milhões

‘Bug do milênio’ atrasado? Entenda medo global na virada dos anos 2000
Veja os números sorteados: 37 – 48 – 07 – 38 – 41 – 03 ; e trevos: 5 – 1. Próximo sorteio será no quarta-feira (24). Mais Milionária bilhete volante
Rafael Leal /g1
O sorteio do concurso 165 da +Milionária foi realizado na noite deste sábado (20), em São Paulo. O prêmio estimado é de R$ 247 milhões.
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Veja os números sorteados:
Dezenas: 37 – 48 – 07 – 38 – 41 – 03
Trevos: 5 -1
Concurso 165 da + Milionária
g1
+Milionária: veja como jogar na loteria da Caixa
Sobre a +Milionária
As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo)
O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis.
Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil.
A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui.
Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas:
6 acertos + 2 trevos
6 acertos + 1 ou nenhum trevo
5 acertos + 2 trevos
5 acertos + 1 ou nenhum trevo
4 acertos + 2 trevos
4 acertos + 1 ou nenhum trevo
3 acertos + 2 trevos
3 acertos + 1 trevo
2 acertos + 2 trevos
2 acertos + 1 trevo

Mega-Sena, concurso 2.751: prêmio é de R$ 51 milhões

‘Bug do milênio’ atrasado? Entenda medo global na virada dos anos 2000
Veja os números sorteados: 42 – 18 – 53 – 13 – 52 – 04. Bilhete volante loteria mega-sena mega sena versão 2018
Marcelo Brandt/G1
Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h do dia do sorteio
Marcelo Brandt/G1
O sorteio do concurso 2.751 da Mega-Sena foi realizado na noite deste sábado (20), em São Paulo. A estimativa do prêmio é de R$ 51 milhões.
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Veja os números sorteados: 42 – 18 – 53 – 13 – 52 – 04.
Concurso 2751 da Mega-sena
g1
O próximo sorteio da Mega será na terça-feira (23).
Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio
Para apostar na Mega-Sena
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal — acessível por celular, computador ou outros dispositivos.
É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito.
Probabilidades
A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa.
Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

Apagão global cibernético afetou 8,5 milhões de aparelhos com o Windows, diz a Microsoft

‘Bug do milênio’ atrasado? Entenda medo global na virada dos anos 2000
Ferramenta de segurança da empresa americana Crowdstrike afetou o funcionamento de clientes que usam o sistema operacional Windows em computadores. Falha não afetou usuários domésticos, mas é preciso estar alerta contra eventuais golpes. Por que o Brasil não foi tão afetado no apagão cibernético?
A pane cibernética que prejudicou o funcionamento de sistemas ao redor do mundo na sexta-feira (19) atingiu 8,5 milhões de aparelhos da Microsoft, informou a empresa neste sábado (20).
A falha em um dos sistemas de segurança da empresa norte-americana CrowdStrike tirou computadores do ar e causou atraso de voos, prejudicou serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo.
Uma ferramenta chamada Falcon, que serve para detectar possíveis invasões hacker, teve um problema na atualização (update) de software. A Microsoft é uma das clientes da CrowdStrike.
"Atualmente estimamos que a atualização da CrowdStrike afetou 8,5 milhões de dispositivos Windows, ou menos de 1% de todas as máquinas com Windows", disse a Microsoft em nota.
A empresa disse ainda que a CrowdStrike ajudou a desenvolver uma solução escalável que ajudará a infraestrutura Azure a acelerar uma correção. E diz também que trabalhou em parceria com a Amazon Web Services e a Google Cloud Platform para colaborar nas "abordagens mais eficazes".
'Tela azul' afetou empresas
A falha desta sexta-feira afetou apenas empresas e não trouxe impacto para os dispositivos de usuários domésticos.
Isso acontece porque o Falcon, plataforma de cibersegurança da empresa americana CrowdStrike que causou falhas após uma atualização, é oferecido exclusivamente para o ambiente corporativo.
A CrowdStrike diz em seu site que mais de 29 mil clientes usam seus serviços de cibersegurança, incluindo empresas dos setores de varejo, saúde, serviços financeiros.
Aeroporto de Atlanta neste sábado (20), um dia após pane cibernética global
Megan Varner/Getty Images via AFP
O Falcon inspeciona quase tudo que acontece no computador em que está instalado, mas, nesta atualização, passou a agir de forma destrutiva sobre Windows, explicou Thiago Ayub, diretor de tecnologia da empresa de telecomunicações Sage Networks.
"Como a falha é causada apenas num produto corporativo, usuários de empresas que não são clientes do produto em questão e usuários domésticos não precisam se preocupar nem tomar providências", afirmou.
O que poderia ter sido feito?
Para evitar o incidente, seria necessário ter tomado um cuidado maior com a liberação da nova versão da ferramenta, explicou Kleber Carriello, engenheiro de computação da empresa de soluções de rede Netscout.
"Softwares como este da CrowdStrike recebem atualizações em tempo real, pois a natureza deles é estar à frente do atacante. Porém, estas atualizações de versão deveriam seguir critérios rígidos de análise", afirmou.
A empresa deveria ter realizado testes mais intensivos em ambientes que simulem cenários reais antes de liberar a atualização, disse o presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, Hiago Kin.
"Essa situação destaca a importância de processos rigorosos de testes e validação em atualizações de software, especialmente em produtos de segurança cibernética com amplo uso global", avaliou.
Os setores de tecnologia da informação de empresas devem desabilitar atualizações automáticas de componentes complexos em sistemas críticos, analisou Gaidar Magdanurov, presidente da empresa de cibersegurança Acronis.
"Além disso, problemas dessa magnitude podem ser atenuados pelas empresas ao garantir que uma solução e estatégias robusta de backup e recuperação seja empregada e testada regularmente".
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Existe risco para usuários domésticos?
Apesar de não afetar diretamente usuários domésticos, é preciso estar alerta contra eventuais tentativas de golpes que usem a pane da CrowdStrike como gancho.
Cibercriminosos costumam aproveitar casos de grande repercussão para criar sites falsos e disparar mensagens com instruções enganosas que induzem as vítimas a instalarem arquivos mal-intencionados, diz Ayub.
"Não há uma ação generalizada que usuários domésticos e empresas que não são clientes desse produto devam tomar", disse o executivo.
"Qualquer orientação nesse sentido deve ser observada como suspeita de se tratar de um golpe."
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Inflação, dívida pública, receitas: o cenário por trás do congelamento de R$ 15 bilhões de gastos do governo

‘Bug do milênio’ atrasado? Entenda medo global na virada dos anos 2000
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, justificou que o corte é necessário para o governo se adequar às regras exigidas pelo arcabouço fiscal. País vive momento de atenção sobre o rumo das contas públicas. Haddad e Tebet
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
Na quinta-feira (18), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo decidiu congelar R$ 15 bilhões dos gastos previstos para o ano.
De acordo com Haddad, o congelamento é necessário para que o governo mantenha o controle das despesas, como prevê o arcabouço fiscal — a regra que impõe as diretrizes para o gasto público, aprovada pelo Congresso em 2023.
O arcabouço estabelece que as despesas só podem crescer em determinada proporção do aumento das receitas. E essa relação estava ficando desequilibrada.
Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão de consultoria ligado ao Senado, as receitas do governo cresceram 8,5% acima da inflação de janeiro a junho. Mas as despesas cresceram mais: 10,5%, sinal de os rumos precisavam ser corrigidos.
E por que as contas públicas às vezes precisam de uma readaptação? É que, quando o governo planeja o Orçamento do ano (e o Congresso aprova), são feitas previsões de receitas e de despesas.
E essas previsões podem não se concretizar, por uma série de fatores.
Entenda, abaixo, o cenário que obrigou o governo a congelar gastos:
Haddad anuncia congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024
Déficit orçamentário
A previsão de déficit para o Orçamento deste ano, tirando o pagamento de juros da dívida, é de zero. Ou seja, receitas e despesas devem empatar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem dando declarações que têm sido interpretadas como dúbias em relação a essa meta. Ora ele diz que está compromissado com o déficit zero, ora diz que essa é uma necessidade do mercado.
As declarações causam tensão no mercado, porque são vistas como um pouco compromisso de Lula com a responsabilidade fiscal.
💸 Se os gastos do governo se descontrolam em relação às receitas, os agentes econômicos começam a duvidar da capacidade do Brasil em honrar as suas dívidas. Os juros crescem, como uma forma de compensar os riscos dos papéis brasileiros. Os investimentos ficam mais escassos e menos dinheiro entra no país. A inflação sobe, o crescimento da economia desacelera.
Diante dessa pressão, o governo anunciou o congelamento. Lula disse que teria que ser convencido pelos seus ministros sobre o valor do corte. E deu anuência ao montante de R$ 15 bilhões.
Mas economistas entendem que esse congelamento ainda é tímido para zerar o déficit.
"Na minha avaliação, se vier um limite de gastos, um bloqueio de gastos menor do que R$ 23 bilhões — esse é o limite mínimo necessário — ficará sinalizado que o governo continua com a mesma intenção de empurrar com a barriga. Foi o que ele fez no ano passado", afirmou o economista Marcos Mendes,
"Ano passado, ele [o governo] prometeu no início do ano um déficit primário de 0,5% do PIB e entregou quase 2,5% do PIB", continuou. "Este ano, continua a mesma toada de empurrando a má notícia para o final do ano, mas o estresse está muito alto, e seria importante que o governo desse uma sinalização agora de que está efetivamente interessado em cumprir as metas fiscais", completou Mendes.
Dívida pública
Outro indicador que é afetado pela desorganização das contasé a dívida pública.
Em maio, a dívida do setor público consolidado (que abrange governos federal, estaduais e municipais e empresas públicas), chegou a R$ 8,5 trilhões. Isso significa 76,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
O patamar é considerado elevado para países emergentes do porte do Brasil.
Quanto mais o governo se endivida (acumulando déficits em vez de superávits), maior é a pressão em cima da moeda (o real tende a se desvalorizar) e em cima da inflação (produtos vão ficando mais caro). Isso porque surge no mercado uma dúvida se o país conseguirá honrar seus compromissos.
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Qual o caminho para equilibrar as contas públicas?
Inflação
Um dos maiores traumas da sociedade brasileira quando se fala em economia é a hiperinflação. O fenômeno foi debelado na década de 1990, com o Plano Real. Mas ainda é uma preocupação das famílias e de especialistas.
Um dos motivos para a taxa de juros básica no país estar em 10,5% é o controle da inflação. O Banco Central aponta que a falta de clareza do governo com o compromisso fiscal.
No Boletim Macrofiscal, divulgado nesta quinta (18), o Ministério da Fazenda elevou a previsão para a inflação deste ano de 3,7% para 3,9%.
A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Ou seja, começa a ficar mais perto do teto do que do centro da meta.
Qual é a alternativa?
Durante o primeiro ano do mandato, o governo buscou melhorar as contas públicas pela via das receitas. Ou seja, melhorar a arrecadação de impostos, através de um aquecimento na economia.
Mas, por mais que as receitas estejam melhorando, ainda não são suficientes. Especialistas alertam que é preciso cortar também gastos. E que o corte seja em gastos desnecessários.
O governo anunciou um "pente-fino" em benefícios sociais, em busca de pagamentos irregulares que podem ser cortados. A estimativa é economizar bilhões.
Como disse a ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao longo da semana, programas fundamentais para a sociedade e benefícios pagos a quem realmente tem direito não serão bloqueados:
“De forma objetiva, vamos ter de cortar gastos. Mas vamos cortar gastos naquilo que efetivamente está sobrando. Fraude, erros e irregularidades, ainda têm muito. Por isso, temos de fazer reformas estruturantes para poder ter [recursos] para aquilo que mais precisa. Onde mais precisa? Eu sou professora e sei. É na educação e na saúde”, disse Tebet.

‘Bug do milênio’ atrasado? Entenda medo global na virada dos anos 2000

‘Bug do milênio’ atrasado? Entenda medo global na virada dos anos 2000
Falha global não se concretizou. Empresas e governos gastaram bilhões de dólares para atualizar seus sistemas nas vésperas da virada do ano. Falha em computadores causa 'tela azul' em aeroporto de Newark, nos EUA, nesta sexta, 19 de julho de 2024
Bing Guan/Reuters
Era 31 de dezembro de 1999. A energia festiva da véspera de Ano Novo estava misturada a um medo que assombrava o mundo. À meia-noite, uma falha global poderia colapsar tudo que era comandado por computadores: bancos, aviação, sistemas de energia, telefonia e serviços básicos.
Poucas pessoas ousaram voar durante a virada do ano. Era o medo do chamado "bug do milênio", que não se concretizou.
Nesta sexta-feira (19), quando um apagão cibernético afetou vários lugares do mundo, diversas pessoas no X brincaram que ele chegou 24 anos atrasado. "Quem diria que o bug do milênio só estava atrasado", disse um usuário da rede social. "O bug do milênio chegou 24 anos atrasado, com isso podemos chamar de bug Rubens Barrichello?", brincou outro.
💻 A pane mundial foi causada por uma falha em uma atualização de uma ferramenta de segurança da empresa CrowdStrike. Ela funciona como uma espécie de antivírus para empresas. O problema cancelou voos e impactou bancos, serviços de saúde e serviços públicos em diversos países do mundo.
"Empresas entraram em pânico, porque seus sistemas de produção poderiam colapsar, e até pessoas com marcapassos estavam assustadas. A turma catastrofista dizia que era o apocalipse e o que mundo voltaria a Idade das Trevas. Sorte da humanidade que naquela época não existia redes sociais", disse o comentarista Ariel Palacios.
"A venda de armas nos Estados Unidos em dezembro de 1999 cresceu 20%. Alguns compraram galinhas para ter comida em casa, com ovos frescos, caso o caos se espalhasse nas ruas. E construíram bunkers em locais isolados", relembrou Palacios.
Central de operações contra o 'bug do milênio' em Los Angeles, nos EUA
Jim Ruymen/AFP/Arquivo
📆 O medo do "bug do milênio" tinha a ver com a virada da data. Os sistemas mais antigos de computadores registravam as datas com dois dígitos, inclusive para os anos – 98 e 99, por exemplo.
➡️ A grande falha iria acontece se, à meia-noite, os computadores lessem o "00" de 2000 como sendo de 1900.
💰 Para evitar o equívoco que supostamente levaria a uma hecatombe, empresas e governos gastaram bilhões de dólares para atualizar seus sistemas.
Na França, o Crédit Agricole gastou quase € 140 milhões, enquanto a France Telecom, agora rebatizada de Orange, gastou € 160 milhões.
A empresa de trens francesa SNCF voluntariamente parou todos os seus trens por 20 minutos entre 23h55 e 00h15, por simples precaução, o tempo para verificar se tudo estava funcionando.
Não se sabe o dinheiro investido ajudou a evitar o desastre. Fato é que o apagão cibernético desta sexta causou muito mais transtornos que o tão temido bug do milênio.
Duas décadas do "Bug do Milênio"