Dólar tem queda de 2,2% na semana e fecha em R$ 5,46; Ibovespa sobe

Nome sujo? Veja como saber se o CPF está negativado por dívidas — e como limpar
Moeda norte-americana teve nova queda nesta sexta-feira, de 0,46%, cotado a R$ 5,4618. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, fechou em alta de 0,08%, aos 126.267 pontos. Dólar
Karolina Grabowska/Pexels
O dólar voltou a fechar em queda nesta sexta-feira (5), após as fortes baixas registradas nos últimos dois pregões. Investidores continuam a repercutir o anúncio de que o governo está comprometido com a meta fiscal brasileira e monitoram dados norte-americanos.
Na noite de quarta-feira (3), depois de um dia inteiro de reuniões, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um corte de R$ 25 bilhões em despesas e disse que Lula determinou que seja cumprido o arcabouço fiscal.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em leve alta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
ENTENDA: A cronologia da disparada do dólar motivada pelos juros nos EUA, o cenário fiscal brasileiro e as declarações de Lula
CONSEQUÊNCIAS: Alta do dólar deve pressionar inflação e impactar consumo das famílias no 2º semestre, dizem especialistas
Dólar
O dólar fechou em queda de 0,46%, cotado a R$ 5,4618. Na mínima, foi a R$ 5,4588. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
queda de 2,27% na semana;
recuo de 2,27% no mês;
alta de 12,56% no ano.
No dia anterior, o dólar teve queda de 1,46%, cotado a R$ 5,4869.

Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de 0,08%, aos 126.267 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 1,91% na semana;
ganhos de 1,91% no mês;
perdas de 5,90% no ano.
Na véspera, o índice teve alta de 0,40%, aos 126.164 pontos.

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O que está mexendo com os mercados?
Em um dia de agenda econômica esvaziada no Brasil, o pregão segue ressoando os últimos acontecimentos políticos, que vão desde as críticas de Lula ao BC até o anúncio do corte de R$ 25 bilhões no Orçamento.
Relembre os principais acontecimentos da semana que mexeram com o mercado interno:
Nos últimos dias, críticas do presidente Lula reacenderam o temor no mercado de que o governo não estivesse comprometido com a responsabilidade fiscal. O alívio nas tensões políticas em torno do compromisso do governo com o fiscal brasileiro trouxe um tom mais positivo para os mercados, especialmente após falas de Haddad na noite de quarta-feira (3).
"Tivemos a oportunidade de nos reunirmos três vezes hoje. Lula me pediu que falasse para vocês. Primeira coisa que o presidente determinou é cumprir o arcabouço fiscal. Não se discute isso. São leis que regulam as finanças no Brasil e serão cumpridas. O arcabouço será preservado a todo custo", afirmou o ministro, em coletiva de imprensa.
Haddad ainda prometeu cortes no Orçamento de 2025, com algumas despesas obrigatórias. O ministro explicou que o governo fez um pente-fino para identificar gastos sociais que poderiam ser cortados e que essas medidas podem até ser antecipadas, a depender do relatório de receitas e despesas do governo federal.
"Serão R$ 25,9 bilhões que vão ser cortados. Foi feito com as equipes dos ministérios. Um trabalho com critérios com base em cadastro, nas leis aprovadas. Algumas dessas medidas do Orçamento de 2025 podem ser antecipadas à luz do que a Receita nos apresente no dia 22 de julho", disse.
Haddad: corte de R$ 25,9 bi de despesas obrigatórias
Também na quarta, durante o anúncio do Plano Safra voltado para a agricultura familiar, no Palácio do Planalto, Lula afirmou que "responsabilidade fiscal é compromisso" e que o governo "não joga dinheiro fora".
"Aqui, nesse governo, a gente aplica o dinheiro que é necessário, a gente gasta com educação e saúde, naquilo que é necessário. Mas a gente não joga dinheiro fora. Responsabilidade fiscal não é uma palavra, é um compromisso desse governo desde 2003. E a gente manterá ele à risca", disse Lula.
Na terça-feira (2), Lula disse que "não se pode inventar crises" e "jogar a culpa" da disparada do dólar nas últimas semanas nas declarações que ele deu.
"É um absurdo. Obviamente que me preocupa essa subida do dólar. Há uma especulação. Há um jogo de interesse especulativo contra o Real nesse país. Eu tenho conversado com as pessoas o que a gente vai fazer. Estou voltando quarta-feira, vou ter uma reunião. Não é normal o que está acontecendo", argumentou Lula.
Ele voltou a falar, também, sobre o comando do BC, defendendo que a instituição seja autônoma e que Campos Neto tem um viés político.
"A gente precisa manter o Banco Central funcionando de forma correta, com autonomia, para que o presidente do Banco Central não fiquei vulnerável às pressões políticas. (…) Quando você é autoritário você resolve fazer com que o mercado se apodere de uma instituição que deveria ser do Estado. Ele não pode estar à serviço do sistema financeiro, ele não pode estar à serviço do mercado".
Na segunda, Lula já havia dito que o próximo presidente do BC deve olhar para o Brasil "do jeito que ele é e não do jeito que o sistema financeiro fala".
"Eu estou há dois anos com o presidente do Banco Central do [ex-presidente Jair] Bolsonaro, não é correto isso", afirmou o presidente nesta segunda-feira, ponderando que a autonomia do BC foi aprovada pelo Congresso e será respeitada.
"Eu tenho que, com muita paciência, esperar a hora de indicar o outro candidato, e ver se a gente consegue… ter um presidente do Banco Central que olhe o país do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala", acrescentou, destacando que "quem quer BC autônomo é o mercado".
O mandato de Campos Neto acaba em 2024 e, desde 2021, a legislação brasileira determina a autonomia do BC, que deve tomar suas decisões sem interferência política. No entanto, Lula afirmou que vai indicar para a presidência da instituição alguém com "compromisso com o crescimento do país".
A legislação determina que o presidente e os diretores do BC terão mandatos de 4 anos não coincidentes com a presidência da República — um novo presidente assume o BC, então, no terceiro ano de mandato de cada presidente da República. Cabe ao presidente da república indicar nomes para o comando do BC, mas estes só serão aprovados com aval do Senado Federal.
Lula também disse que preza pela responsabilidade fiscal e que inflação baixa é sua obsessão, usando como exemplo a decisão do governo de manter a meta para a evolução dos preços em 3%. O presidente ainda afirmou, ontem à noite, que não tem que prestar contas "a nenhum ricaço desse país, a nenhum banqueiro".
"Tenho que prestar contas ao povo pobre, trabalhador deste país, que precisa que a gente tenha cuidado e que a gente cuide deles".
As falas recentes do presidente se juntam às críticas feitas por ele à instituição desde a semana passada. Lula disse que "a taxa de juros de 10,5% é irreal para uma inflação de 4%", reiterando que a Selic deve melhorar quando ele indicar o substituto de Campos Neto.
Na terça-feira, presidente do Banco Central deu uma resposta. Afirmou que a interrupção do ciclo de corte de juros pela instituição, em junho deste ano, "tem a ver muito mais com ruídos que nós criamos do que com os fundamentos [da economia]".
Ele não detalhou, na declaração, quem criou os ruídos citados. A declaração foi dada durante palestra no Forum on Central Banking, promovido pelo Banco Central Europeu (ECB), em Portugal (Sintra).
"Isso [interrupção dos cortes de juros] tem a ver muito mais com ruídos que nós criamos do que com os fundamentos [da economia]. E os ruídos estão relacionados com dois canais: um é a expectativa do caminho da política fiscal [arrecadação e gastos públicos], e o outro é a expectativa sobre o futuro da política monetária [decisões sobre a taxa de juros]", disse.
"Então, quando você tem esses dois [ruídos] ao mesmo tempo, criou-se uma incerteza suficiente que, para nós, precisávamos interromper e ver como podíamos arrumar esse canal, e como nós podemos nos comunicar melhor para eliminar esses ruídos", afirmou Campos Neto.
De acordo com ele, há uma "grande desconexão" entre os dados correntes da economia, como as informações sobre as contas públicas, e as informações sobre política monetária (inflação e seu impacto na taxa de juros) e as expectativas dos agentes do mercado financeiro.
"O que aconteceu no Brasil é que as expectativas começaram a subir apesar de os dados correntes [de inflação] estarem vindo conforme o esperado", explicou o presidente do BC.
Ambiente internacional
No exterior, o foco do mercado ficou com o relatório de emprego payroll, nos Estados Unidos, que é considerado um termômetro da economia no país. O documento ainda é uma das medidas utilizadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para determinar o direcionamento da política monetária.
Segundo o relatório, a criação de vagas de trabalho nos EUA desacelerou para um ritmo ainda mais saudável em junho, com a taxa de desemprego subindo para 4,1%. Foram abertos 206 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, segundo o Departamento do Trabalho norte-americano.
Os dados mais amenos no mercado de trabalho do país reforçam a perspectiva de que o Fed pode estar perto de começar a cortar os juros norte-americanos. Isso porque, quando somado à moderação dos preços em maio, o documento confirmou a tendência de que a inflação parece estar mais controlada.
O cenário também foi confirmado pelo último relatório de política monetária do Fed ao Congresso, divulgado nesta sexta. Segundo o documento, a inflação está diminuindo e o mercado de trabalho voltou à situação "apertada, mas não superaquecida" observada nos períodos pré-pandêmicos.
"A inflação diminuiu notavelmente no ano passado e mostrou um progresso modesto até agora neste ano", disse o Fed.
"A demanda por mão de obra diminuiu, já que as vagas de emprego recuaram em muitos setores da economia, e a oferta de mão de obra continuou a aumentar, apoiada por um forte ritmo de imigração", completou a instituição no documento.
*Com informações da agência de notícias Reuters

Extrato bancário muda nesta segunda-feira; entenda como identificar as operações

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Os extratos bancários passarão a ter nomenclaturas padronizadas para operações de saque e depósito a partir de hoje. Outras operações serão incluídas posteriormente. O trabalhador autônomo Pedro Geraldo Soares mostra extrato bancário em Ribeirão Preto, SP
Valdinei Malaguti/EPTV
Os extratos bancários vão mudar a partir desta segunda-feira (8). A partir de agora, os documentos terão nomenclaturas padronizadas. Clique aqui para saber como identificar a operação no extrato.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o objetivo é facilitar a compreensão pelos clientes, principalmente aqueles que possuem ou precisam acessar contas bancárias de mais de uma instituição.
O extrato bancário é o documento disponibilizado pelas instituições financeiras e que resume as transações realizadas pelo cliente em sua conta bancária.
Nesse primeiro momento, a mudança irá abranger apenas as denominações existentes para operações de saque e depósito. Depois, a estimativa é que a padronização se expanda para outras operações financeiras.
Segundo o diretor-adjunto de serviços da Febraban, Walter Faria, a iniciativa vai universalizar as informações e ampliar o acesso da população aos serviços bancários.
“Atualmente, os bancos usam mais de 4 mil tipos de nomenclaturas diferentes em suas operações, o que gera diferenças significativas entre os bancos para um mesmo tipo de operação financeira”, afirmou Faria em nota oficial.
Como identificar a operação no extrato?
Ainda de acordo com a federação, as operações tendem a ser mais claras para a população.
Operações como “depósito de cheque no ATM”, por exemplo, que englobam as situações em que o cliente deposita um cheque nos caixas eletrônicos da agência, passar a ser descritas no extrato sob a sigla “DEP CHEQUE ATM”.
Já as operações de saque de dinheiro em espécie no caixa convencional dentro da agência com cartão da conta, serão impressas nos extratos como “SAQUE DIN CARTAO AG”.
Veja abaixo as operações e como elas devem ser descritas no extrato a partir desta segunda-feira:

Entra em vigor padronização de nome em extratos bancários; entenda

Dólar abre em alta, à espera de novos dados de inflação nesta semana

Nome sujo? Veja como saber se o CPF está negativado por dívidas — e como limpar
Na última sexta-feira, a moeda norte-americana teve uma queda de 0,46%, cotada a R$ 5,4618. Já o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, fechou em alta de 0,08%, aos 126.267 pontos. Cédulas de dólar
John Guccione/Pexels
O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (8), à medida que investidores se preparam para uma semana recheada de indicadores.
Por aqui, a expectativa fica com os novos dados de inflação medidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve ser divulgado na quarta-feira (10). Já no exterior, o mercado aguarda novos indicadores de preços nos Estados Unidos, na China, no México e na Colômbia.
Além disso, eventuais falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e novos desdobramentos do quadro fiscal brasileiro também ficam no radar. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um corte de R$ 25 bilhões em despesas e disse que Lula determinou que seja cumprido o arcabouço fiscal.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h01, o dólar operava em alta de 0,06%, cotado em R$ 5,4650. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira, a moeda encerrou com uma queda de 0,46%, cotada a R$ 5,4618.
Com o resultado, acumulou:
queda de 2,27% na semana;
recuo de 2,27% no mês;
alta de 12,56% no ano.

Ibovespa
O início das negociações do Ibovespa, por sua vez, começam às 10h.
Na última sexta-feira, o índice teve alta de 0,08%, aos 126.267 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 1,91% na semana;
ganhos de 1,91% no mês;
perdas de 5,90% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?
Investidores iniciam os negócios desta segunda-feira (8) à espera de novos dados de inflação, em uma semana recheada de indicadores econômicos no Brasil e no mundo.
Por aqui, as atenções ficam com o IPCA (inflação oficial do país), que deve ser divulgado na próxima quarta-feira.
Segundo analistas da XP Investimentos, a expectativa é que o grupo Alimentação continue variando fortemente, ainda em reflexo da tragédia vista no Rio Grande do Sul. Já o grupo de serviços e monitorados devem recuar na margem — o primeiro por conta da deflação das passagens aéreas e o segundo pela desaceleração da energia elétrica e da gasolina.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda deve divulgar indicadores dos setores de comércio e serviços entre quinta e sexta-feira.
Além disso, novos desdobramentos do quadro fiscal brasileiro também devem ficar na mira dos investidores. Na semana passada, o anúncio de corte de R$ 25 bilhões no Orçamento trouxe alívio aos mercados, após um período turbulento em meio aos temores de que o governo não estaria comprometido com a responsabilidade fiscal.
"Tivemos a oportunidade de nos reunirmos três vezes hoje. Lula me pediu que falasse para vocês. Primeira coisa que o presidente determinou é cumprir o arcabouço fiscal. Não se discute isso. São leis que regulam as finanças no Brasil e serão cumpridas. O arcabouço será preservado a todo custo", falou Haddad na última quarta-feira.
Eventuais novas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à alta do dólar ou à atuação do Banco Central do Brasil (BC) também são monitoradas.
Já no exterior, o foco fica com os indicadores de preços dos Estados Unidos, em meio às expectativas dos investidores por novas sinalizações sobre os próximos passos do Fed na condução de política monetária.
Na sexta-feira, dados de empregos norte-americanos mostraram um mercado de trabalho que começa a se equilibrar, o que pode abrir espaço para que a instituição comece a cortar os juros na maior economia do mundo em breve.
Enquanto o índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI, na sigla em inglês) deve ser divulgado na quinta-feira, a inflação ao produtor dos EUA deve sair na sexta-feira. Eventuais falas de dirigentes do Fed também ficam no radar.

O aplicativo é confiável? Como saber se um programa para Android ou iPhone é seguro

Nome sujo? Veja como saber se o CPF está negativado por dívidas — e como limpar
Lojas de aplicativos tem várias camadas de segurança, mas suas barreiras podem deixar alguns escaparem. Para diminuir riscos de baixar ferramentas maliciosas, é possível verificar algumas informações na Play Store e na App Store. Play Store, loja de aplicativos do Google
Reprodução
Aplicativos baixados de fontes suspeitas podem trazer vírus para o celular e ter acesso indevido às suas informações. Para diminuir riscos com programas mal-intencionados, a dica é priorizar lojas como a Play Store, do Google, e a App Store, da Apple (veja outras recomendações abaixo).
No iPhone, o risco é um pouco menor, já que a Apple limita os downloads à sua loja. Já no Android, há várias formas de baixar um aplicativo, o que oferece mais opções aos usuários, mas diminui o controle sobre o que é oferecido a eles.
Para oferecer mais segurança, o Google começou a testar no Brasil uma ferramenta que impede a instalação de apps que foram baixados de fontes não confiáveis (navegadores, aplicativos de mensagens e gerenciadores de arquivos) e que pedem permissões muito excessivas.
O diretor de Estratégia de Segurança de Android, Eugene Liberman, afirmou que "esses aplicativos tentam solicitar permissões confidenciais comumente exploradas para fraudes financeiras".
"São quatro permissões frequentemente abusadas por golpistas para, por exemplo, interceptar senhas de uso único enviadas por SMS ou notificações e monitorar o conteúdo da tela", disse Liderman, ao g1.
Para aplicar golpes, criadores desses programas tentam convencer o usuário a conceder permissões sensíveis. "Nossos dados mostram que 95% desses ataques acontece por meio de aplicativos baixados por fontes não oficiais", afirmou.
Ainda que Google Play Store e App Store sejam confiáveis, é importante se atentar ao que está sendo baixado. As páginas dos aplicativos nessas lojas apresentam algumas informações que podem indicar se a ferramenta é legítima ou não. Confira abaixo.
Como identificar um aplicativo falso?
1) Verifique o desenvolvedor do aplicativo
Na Play Store e na App Store, a informação sobre o desenvolvedor aparece logo abaixo do nome do aplicativo. Em geral, esse espaço informa qual é a empresa responsável pelo serviço, como o banco que administra um app para acessar a conta corrente.
Se o nome desenvolvedor não tiver relação com a marca do aplicativo, é possível desconfiar que se trata de um aplicativo falso. Vale lembrar que, em alguns casos, o nome da empresa de informática que desenvolveu o aplicativo é exibido no lugar da empresa.
Como receber alerta se a busca do Google mostrar seus dados
Veja onde conferir o desenvolvedor dos aplicativos na Play Store
Reprodução
2) Verifique o contato do desenvolvedor
A seção "Contato do desenvolvedor" na página do aplicativo na Play Store mostra o e-mail e o site da empresa que criou o aplicativo. Na App Store, há o link chamado "Site dos desenvolvedores". É importante que esses dados sejam condizentes com o desenvolvedor.
No caso de aplicativos de governo, por exemplo, a maioria deles está registrada em e-mails com final ".gov.br" e ".jus.br".
E-mail de cadastro do aplicativo pode ajudar a encontrar um app oficial
Reprodução
3) Veja a data de lançamento do aplicativo
A seção "Sobre este app" na Play Store mostra detalhes sobre a data de publicação do aplicativo. Em geral, um aplicativo presente há muito tempo na loja é mais confiável do que um lançado há pouco tempo.
Ao mesmo tempo, desconfie de aplicativos antigos que usam o nome de ferramentas que surgiram recentemente, como um serviço criado pelo governo. Neste caso, o app pode ter mudado de nome na loja na tentativa de atrair vítimas.
Datas de cadastro e atualização do aplicativo podem ajudar a identificar um app legítimo
Reprodução
4) Confira as avaliações do aplicativo
As avaliações que usuários deixam sobre aplicativos podem ser úteis para identificar a legitimidade dessas ferramentas. Além da quantidade de estrelas, é importante ler alguns comentários e avaliar se vale a pena fazer o download.
Lembre-se que alguns apps maliciosos contam com avaliações falsas feitas para atrair confiança e fazer outras pessoas baixarem o serviço. Por isso, tente identificar também se esses comentários realmente foram escritos por humanos.
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Nome sujo? Veja como saber se o CPF está negativado por dívidas — e como limpar

Nome sujo? Veja como saber se o CPF está negativado por dívidas — e como limpar
Um dos principais cadastros de restrição ao crédito pode ser consultado gratuitamente. Para limpar o nome do cadastro, umas das opções é renegociar suas dívidas. Veja algumas possibilidades. Dívidas de cartão de crédito lidera
Fecomércio-MT/Divulgação
O percentual de famílias brasileiras endividadas chegou 78,8% em junho de 2024, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A inadimplência também atingiu níveis preocupantes. A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso passou para 28,8% no mês.
É com as contas em atraso que os brasileiros passam a sofrer com seus "nomes sujos" — o que significa ter o Cadastro de Pessoa Física (CPF) inscrito em um banco de dados de restrição ao crédito, como Serasa e SPC.
Com o CPF negativado, a pessoa tem dificuldade em conseguir crédito, e com isso, pode não conseguir comprar um produto a prazo, fazer um financiamento de imóvel ou até mesmo obter um cartão de crédito.
Antes de ter o CPF negativado, geralmente o consumidor recebe um comunicado da loja ou banco. A empresa também manda aviso de dívida para as entidades de proteção ao crédito (como Serasa, ou SPC Brasil), que enviam uma correspondência ao consumidor, alertando que seu nome será incluído no cadastro de inadimplentes, caso não quite o débito.
Algumas pessoas têm dúvidas se já estão num cadastro de inadimplentes com CPF negativado. O Serasa, Boa Vista SCPC e SPC Brasil são três dos principais órgãos de proteção ao crédito no país. Cada um deles possui informações sobre determinadas empresas. Isso quer dizer que, mesmo que você esteja regular em um deles, pode estar negativado em outro.
Confira abaixo como checar gratuitamente se está com nome sujo. Para as consultas por site ou aplicativos, é necessário um cadastro prévio.
▶️ SERASA
Pelo site da Serasa;
Pelo aplicativo para celular — disponível para download na Google Play e na Apple Store;
Por telefone, pelo número 0800 591 1222.
▶️ BOA VISTA SCPC
Pelo site do Boa Vista SCPC (Consumidor Positivo);
Pelo aplicativo para celular — na Google Play e na Apple Store.
▶️ SPC BRASIL
Pelo site do SPC Brasil;
Pelo aplicativo para celular — na Google Play e na Apple Store.
Como limpar o nome?
Com o nome incluído em um cadastro de proteção ao crédito, o consumidor dificilmente conseguirá ter acesso a crédito no mercado. Portanto, uma vez com o nome sujo, é preciso regularizar a situação.
A primeira coisa a fazer é checar se a dívida é legítima — se o cliente fez negócio com a empresa que negativou o nome, se o pagamento não foi efetuado etc.
Se a pessoa não fez nenhum negócio com a empresa que enviou seu CPF para o cadastro de restrição ao crédito, são grandes as chances de que ela tenha sido vítima de uma fraude, ou seja, alguém utilizou seus dados para ter acesso a crédito no mercado.
▶️ Neste caso, é preciso entrar em contato com a empresa para informar o ocorrido e solicitar a exclusão do cadastro.
▶️ O consumidor também pode acionar órgãos de defesa ao consumidor, bem como entrar em contato diretamente com a gestora do banco de dados. Ela também pode ingressar com uma ação judicial para pedir a regularização de seu cadastro e cobrar indenização por dano moral.
Se a pessoa de fato fez negócio com a empresa responsável pela restrição de seu nome ao crédito, mas não reconhece a dívida por já ter pagado o valor, terá que comprovar a quitação do débito. Para isso, deverá entrar em contato com a empresa, comunicar o pagamento e solicitar a exclusão de seu nome.
Quando a pessoa reconhece a dívida, no entanto, precisa negociar. Em caso de parcelamento da dívida, a retirada do CPF do cadastro deve ser feita logo após o pagamento da primeira parcela.
Começa a valer a portabilidade de dívidas do cartão de crédito
Renegociação da dívida
Um dos caminhos para limpar seu nome é o pagamento da dívida para regularização do débito. O consumidor pode procurar diretamente os estabelecimentos que estão devendo para fazer a negociação.
Um outro caminho é utilizar os chamados feirões de renegociação. A Serasa tem o Feirão Limpa Nome, que quita dívidas com descontos especiais.
Órgãos como o Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e Procons de todo o país costumam realizar feirões — inclusive online — com o intuito de promover a negociação dos consumidores com instituições.
O Procon-SP, inclusive, mantém o Programa de Apoio ao Superendividado (PAS – clique aqui para ver como recorrer ao serviço) com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), que tem como objetivo auxiliar os consumidores superendividados, orientando e promovendo a renegociação de dívidas com os seus credores.
Prescrição da dívida
Outra hipótese para a exclusão do nome do cadastro de restrição ao crédito é aguardar o término do prazo para prescrição da dívida, a partir do qual ela não poderá mais ser cobrada. Este prazo varia de acordo com o tipo de dívida.
Os prazos de prescrição para as principais dívidas do consumidor pessoa física são de:
3 anos: notas promissórias, letras de câmbio, aluguéis de imóveis, entre outros;
5 anos: Impostos como IPTU, IPVA e Imposto de Renda; multas de trânsito; contas de água, luz e telefone; boletos de condomínio, mensalidade escolar, plano de saúde e consórcio; cartão de crédito.
Uma vez prescrita, a dívida não pode mais ser cobrada e, por isso, a pessoa pode solicitar a exclusão de seu nome do cadastro de restrição ao crédito.
▶️ ATENÇÃO: Essas dívidas podem ainda ser inscritas nos cartórios de protesto e, no caso de dívidas com órgãos públicos ou governo, na dívida ativa do município, estado ou União.