Balança comercial tem superávit de US$ 6,7 bilhões em junho; saldo positivo cai no 1º semestre

PIX por aproximação deve começar em fevereiro de 2025, diz BC; veja datas e como vai funcionar
Números foram divulgados pelo governo federal nesta quinta. De janeiro a junho, saldo comercial positivo chegou a US$ 42,3 bi – abaixo dos US$ 44,6 bi do mesmo período em 2023. De janeiro a junho, as exportações totalizam US$ 167,6 bilhões e as importações, US$ 125,3 bilhões
Caminhos do Campo/RPC
A balança comercial registrou superávit de US$ 6,7 bilhões em junho de 2024, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços nesta quinta-feira (4).
O saldo ficou abaixo do registrado em junho do ano passado, que foi de US$ 10,1 bilhões. O resultado é o menor para meses de junho desde 2020, quando houve superávit de US$ 6,5 bilhões.
A balança comercial é superavitária quando as exportações superam as importações. Quando acontece o contrário, a balança é deficitária.
Segundo o governo, em junho deste ano:
as exportações somaram US$ 29 bilhões
as importações somaram US$ 22,3 bilhões
Saldo menor no primeiro semestre
Queda de exportações preocupa setor automobilístico
De janeiro a junho, as exportações totalizam US$ 167,6 bilhões e as importações, US$ 125,3 bilhões. Com isso, até agora foi registrado um superávit de US$ 42,3 bilhões.
Esse resultado é inferior ao mesmo período do ano passado, que foi de US$ 44,6 bilhões.
O saldo do primeiro semestre de 2024 é o pior desde 2022, quando o superávit dos primeiros seis meses foi de US$ 34,3 bilhões.

Entenda a diferença entre carne in natura e processada, que Lula sugeriu serem separadas na tributação

PIX por aproximação deve começar em fevereiro de 2025, diz BC; veja datas e como vai funcionar
Produtos in natura são obtidos diretamente dos animais, sem passar por qualquer alteração. Já os processados têm adição de sal, açúcar ou outro ingrediente que torne a comida mais durável, saborosa e atraente. Peça de carne em açougue.
LUCAS PRATES/HOJE EM DIA/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a isenção de imposto sobre carnes na discussão sobre a regulamentação da reforma tributária, na última quarta-feira (3). Devido às dificuldades para incluir o alimento na cesta básica, Lula sugeriu separar a tributação do produto in natura do processado ou industrializado. Entenda a diferença entre os dois mais abaixo.
O Congresso Nacional está debatendo a regulamentação da reforma tributária e vai definir os itens que farão parte da cesta básica. Para Lula, a carne deve integrar a lista, que terá uma tributação menor ou, até mesmo, zerada.
🥩In natura
Alimentos in natura são os obtidos diretamente de planta ou de animais, sem passar por qualquer alteração, segundo a regulamentação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
É o caso dos cortes de carnes, como o frango e suas partes (pé, pescoço, peito, coxa, entre outras); bovinos (coxão, bisteca, lombo, alcatra, etc.) e suínos (paleta, pernil, joelho, costela, etc.).
A lista de produtos apontados como in natura pelo ministério também inclui partes de outros animais, como emas, jacarés e avestruz. O detalhamento pode ser encontrado na Portaria N° 744 do Ministério da Agricultura, de 25 de janeiro de 2023, neste link.
Alimento minimamente processado
É comum os produtos in natura passarem por alguma alteração antes de irem para as prateleiras dos supermercados e açougues.
Quando houver remoção de partes não comestíveis, passar pela etapa de embalar ou congelamento, a comida passará a ser considerada "minimamente processada".
Esta categoria é diferente de quando o alimento é "processado", pois não há a adição de substâncias, como açúcares e gorduras.
Uma das razões para fazer o mínimo de processamento é aumentar a durabilidade do produto, que, in natura, tende a se deteriorar muito rapidamente. Com essa etapa, ele se torna mais apropriado para o armazenamento.
Além disso, as técnicas de processamento mínimo ajudam a agilizar a preparação em casa, já que antecipam a remoção de partes indesejadas da carne, aponta o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde.
🥓 Processados
Os alimentos processados são aqueles fabricados pela indústria com a adição de sal, açúcar ou outro ingrediente que torne a comida mais durável, saborosa e atraente.
É o caso da sardinha, do atum em lata, das carnes salgadas e defumadas, como a carne seca e o toucinho.
As técnicas de processamento desses produtos se assemelham a técnicas culinárias, podendo incluir cozimento, secagem, fermentação, acondicionamento da comida em latas ou vidros e uso de métodos de preservação, como salga, salmoura, cura e defumação, explica o Guia Alimentar para a População Brasileira.
Na fabricação, há ainda a perda de água e a adição de açúcar ou óleo, que deixam esses alimentos com maior densidade calórica.
Segundo o documento, os processados, em geral, são facilmente reconhecidos como versões modificadas dos alimentos originais.
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Reforma tributária: deputados propõem ampliar, para até R$ 150 mil, isenção para compra de carros por pessoas com deficiência

Parecer do grupo de trabalho mantém isenção de impostos para compra de carros novos por taxistas. Texto ainda precisa ser votado pelo Congresso e pode sofrer mais mudanças. O relatório divulgado pelo grupo de trabalho da Câmara que discute a regulamentação da reforma tributária prevê um novo teto de isenção de impostos para a compra de carros por pessoas com deficiência (PCDs).
O parecer divulgado nesta quinta-feira (4) estabelece que os PCDs terão direito à isenção dos dois novos impostos criados pela reforma — IBS e CBS — em veículos de até R$ 150 mil.
A isenção será aplicada a até R$ 70 mil do preço total do automóvel.
A proposta discutida pela Câmara regula o funcionamento e as aplicações dos diversos mecanismos introduzidos pela reforma tributária.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prevê levar o texto à votação do plenário da Casa já na próxima semana — antes do início do recesso parlamentar, programado para 18 de julho.
Após a análise da Câmara, o texto ainda terá de ser submetido à votação do Senado. Somente depois disso, poderá ser enviado à sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em Ponto entrevista: Bernard Appy sobre Reforma Tributária
Como ficou a proposta
Originalmente, a proposta encaminhada pelo governo ao Congresso estabelecia R$ 120 mil como teto para isenção de impostos na compra de carros por PCDs.
De acordo com o texto, a isenção valerá para a compra de carros de passageiros de fabricação nacional. O teto não inclui os custos de adaptação do veículo.
O benefício será concedido a partir de apresentação de um laudo de avaliação e para pessoas com:
deficiência física, visual ou auditiva
deficiência mental severa ou profunda
transtorno do espectro autista
Pelas regras atualmente em vigor, há isenção de IPI para automóveis adquiridos por PCDs de até R$ 200 mil. No caso do ICMS, o teto é de R$ 120 mil.
O IPI e o ICMS deixarão de existir com a reforma tributária.. Eles darão lugar à CBS e ao IBS:
Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): tributo de competência federal que unifica PIS, Cofins e IPI
Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): unificação do ICMS (estadual) e o ISS (municipal), que terá gestão compartilhada entre estados e municípios
O texto prevê que o valor do teto será atualizado anualmente, com base na variação do preço médio dos automóveis novos na Tabela Fipe.
Táxis ecológicos
Além da isenção para pessoas com deficiência, o texto também garante isenção — como já prevê a legislação em vigor — a taxistas.
Para eles, a alíquota zero do IBS e do CBS valerá na compra de carros novos:
elétricos
com motor 2.0 que sejam flex ou movidos a combustíveis renováveis.

Por que o Japão só vai parar de usar disquetes em 2024

PIX por aproximação deve começar em fevereiro de 2025, diz BC; veja datas e como vai funcionar
Até o mês passado, as pessoas ainda eram solicitadas a enviar documentos ao governo usando estes dispositivos de armazenamento ultrapassados. Os disquetes saíram de moda na década de 1990, à medida que soluções de armazenamento mais eficientes foram criadas
Getty Images via BBC
Demorou, mas o Japão finalmente disse adeus aos disquetes.
Até o mês passado, ainda se exigia que pessoas enviassem documentos ao governo usando dispositivos de armazenamento ultrapassados, com mais de mil regulamentações exigindo seu uso.
Mas estas regras foram finalmente eliminadas, segundo o ministro de Assuntos Digitais, Taro Kono.
Em 2021, Kono "declarou guerra" aos disquetes. E, na quarta-feira (3/7), quase três anos depois, ele anunciou: "Vencemos a guerra contra os disquetes!"
Kano estabeleceu como meta eliminar a tecnologia obsoleta desde que foi nomeado para o cargo. Ele também havia dito anteriormente que iria "se livrar do aparelho de fax".
Outrora visto como uma potência tecnológica, o Japão ficou para trás na onda global de transformação digital dos últimos anos, devido a uma profunda resistência à mudança.
Por exemplo, os locais de trabalho continuaram favorecendo os aparelhos de fax em vez dos e-mails — planos anteriores para remover estes aparelhos dos escritórios públicos foram cancelados devido à resistência.
O anúncio foi amplamente discutido nas redes sociais japonesas — um usuário do X (antigo Twitter) chamou os disquetes de "símbolo de uma gestão anacrônica".
"O governo ainda usa disquetes? Isso é tão ultrapassado… Acho que está cheio de pessoas idosas", dizia outro comentário no X.
Outras postagens foram mais nostálgicas.
"Me pergunto se os disquetes vão começar a aparecer em sites de leilão", escreveu um usuário.
Criados na década de 1960, os dispositivos quadrados saíram de moda na década de 1990, à medida que soluções de armazenamento mais eficientes foram criadas.
Um disquete de 3,5 polegadas (3 ½) é capaz de armazenar até 1,44 MB de dados. Seriam necessário mais de 22 mil destes discos para replicar um pendrive que armazena 32 GB de informação.
A Sony, última fabricante de disquetes, encerrou sua produção em 2011.
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Getty Images via BBC
Como parte da campanha tardia para digitalizar sua burocracia, o Japão lançou uma Agência Digital em setembro de 2021, liderada por Kono.
Mas as tentativas do Japão para se tornar digital podem não ser tão simples na prática.
Muitas empresas japonesas ainda exigem que os documentos oficiais sejam endossados ​​com carimbos que equivalem a uma assinatura oficial, chamados hanko, apesar dos esforços do governo para eliminá-los gradualmente.
As pessoas estão desapegando destes carimbos muito lentamente, segundo o jornal local The Japan Times.
E só em 2019 que o último fornecedor de pager do país fechou seu negócio. O último assinante privado do serviço explicou que era o método de comunicação preferido da mãe idosa.
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PIX por aproximação deve começar em fevereiro de 2025, diz BC; veja datas e como vai funcionar

PIX por aproximação deve começar em fevereiro de 2025, diz BC; veja datas e como vai funcionar
Banco Central também vai permitir que os clientes não precisem mais sair do ambiente de compras online, em e-commerces, para realizar o pagamento por PIX. As novas regras foram aprovadas pelo BC e o Conselho Monetário Nacional (CMN). Pedidos de pix e transferências por celular são feitos por criminosos no Espírito Santo.
Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Banco Central do Brasil (BC) e o Conselho Monetário Nacional decidiram criar novas regras para o sistema Open Finance que vão permitir o pagamento por aproximação utilizando o PIX, anunciaram as instituições nesta quinta-feira (4).
As novas funcionalidades devem estar disponíveis para a população geral a partir de fevereiro de 2025.
O cronograma é o seguinte:
31 de julho de 2024: Regulamentação específica para a Jornada de Pagamentos Sem Redirecionamento (JSR);
14 de novembro de 2024: Testes em produção;
28 de fevereiro de 2025: Lançamento do produto para a população.
Além do PIX por aproximação, as novas regras também visam permitir que os clientes não precisem mais sair do ambiente de compras online, em e-commerces, para realizar o pagamento pelo sistema.
No fim de julho, o BC deve publicar normas mais detalhadas de como as instituições financeiras devem trabalhar para possibilitar os serviços. Depois, em novembro, as instituições já precisarão estar testando as funcionalidades, para garantir a segurança das operações.
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Como habilitar
Segundo Janaína Pimenta Attie, chefe de subunidade do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro (Denor), o cliente terá ambos os recursos à disposição depois de fazer um cadastro em uma instituição que esteja no Open Finance e liberar as funções nas carteiras digitais.
O primeiro passo do processo, em julho, trará mais elementos em relação às responsabilidades de cada instituição participante nesse novo processo de pagamento, além de informações sobre obrigação de participação e detalhes sobre o fluxo de segurança dessa nova jornada.
"O que precisa ser testado é esse novo modelo, justamente para garantir uma experiência fluída para os clientes quando for lançado em fevereiro", afirmou a executiva.
Janaína diz que um dos pilares dessa nova funcionalidade foi criar novos protocolos de comunicação entre as instituições para garantir mais segurança nos processos, sobretudo na identificação dos clientes.
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O que visam as novas regras
As novas regras têm três principais objetivos:
Simplificar a jornada de iniciação de pagamentos com PIX;
Ampliar o número de instituições que serão obrigadas a participar do Open Finance;
Estabelecer a estrutura definitiva de governança do Open Finance.
Sobre o PIX por aproximação, o BC explica que a mudança será possível porque as novas regras do Open Finance vão diminuir etapas nos pagamentos por plataformas online e oferecerão o PIX nas carteiras digitais.
"A mudança abrirá espaço para a realização de pagamentos por aproximação com o PIX, permitindo que o usuário realize a transação sem a necessidade de acessar o aplicativo de sua instituição financeira", diz o BC, em nota.
As normas também tornam obrigatória a participação de mais instituições financeiras no Open Finance. Agora, todas as instituições individuais ou conglomerados com mais de 5 milhões de clientes serão obrigadas a aderir, o que vai ampliar a base de clientes que podem optar por compartilhar seus dados entre as instituições de 75% para 95%.
"O Open Finance já é uma realidade. Daqui 10 anos, vamos olhar para trás e ver como esse ecossistema mudou a realidade de pagamentos", garante o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Damaso.
Especialista explica o que é e como funciona na pratica o "Open Finance"
Veja a nota do BC na íntegra
"O Banco Central e o Conselho Monetário Nacional decidiram criar novas regras do Open Finance visando (a) simplificar a jornada de iniciação de pagamentos com Pix, inclusive a para a realização de pagamentos por aproximação, (b) ampliar o escopo de instituições que serão obrigadas a participar do ecossistema do Open Finance e (c) estabelecer a estrutura definitiva de governança do Open Finance.
Em relação à simplificação da jornada de iniciação de pagamentos, as novas regras do Open Finance irão diminuir etapas nos pagamentos online e possibilitarão a oferta de Pix nas carteiras digitais, as chamadas wallets. A mudança abrirá espaço para a realização de pagamentos por aproximação com o Pix, permitindo que o usuário realize a transação sem a necessidade de acessar o aplicativo de sua instituição financeira.
As novas regras ampliam o escopo de instituições que participam do ecossistema do Open Finance, passando a abranger instituições financeiras que são relevantes em segmentos, como por exemplo investimento e operações de câmbio. Com isso, a base de potenciais clientes beneficiados pelo Open Finance vai alcançar 95% dos usuários do SFN.
O Banco Central também aprovou a estrutura definitiva de governança do Open Finance pavimentando o seu desenvolvimento mais rápido. Essa governança definitiva passará a ter personalidade jurídica e estrutura organizacional próprias.
O Open Finance já permite que os consumidores brasileiros tenham acesso a múltiplos benefícios advindos de soluções criadas pelas instituições participantes, a exemplo de agregadores e gerenciadores financeiros; oferta de crédito mais barato; maior facilidade para portabilidade de crédito e de salário; economia com cheque especial; oferta de melhores oportunidades de investimentos.
A partir do Open Finance, as instituições financeiras irão criar Super Apps, consolidando todas essas soluções e informações em um único aplicativo, facilitando ainda mais a experiência do cliente e a oferta de novos produtos e serviços financeiros.
O Open Finance é um ecossistema que funciona em prol do empoderamento do cliente, do aumento da competição, da eficiência e da inclusão financeira."